“Hoje eu trabalho muito com jovens, minorias, inovação e criatividade. É o que me motiva e é pelo que me apaixonei quando era jovem”
Por Karen Reis - 22/10/2021
Nascida em Brasília, Márcia é neta de japoneses que imigraram para o Brasil buscando oportunidades. Fez o ensino fundamental na rede pública, mas teve a oportunidade de fazer o ensino médio na rede particular de ensino, o que a ajudou a fazer intercâmbio e a despertou para sua paixão por culturas estrangeiras. Ao voltar para o Brasil, decidiu cursar letras com habilitação em língua inglesa na Universidade de Brasília, se casou e teve dois filhos. Trabalhou com a ONU em um projeto social e, logo em seguida, aos 23 anos, começou a trabalhar na Embaixada dos Estados Unidos no Brasil como secretária do departamento de recursos humanos, onde atua até hoje como Especialista Sênior em Assuntos Educacionais e Culturais da organização.
IFB em Pauta: Quando você descobriu que gostava de trabalhar com o que faz hoje?
Márcia: Quando eu cheguei a embaixada, concorri a uma vaga dentro do departamento cultural e fui para lá depois de um ano, comecei como assistente, me tornei assessora e agora sou uma assessora sênior. Nesse meio tempo, aproveitei que meus filhos já estavam maiores e fiz uma pós-graduação na minha área dentro da Universidade de Brasília e foi ali que eu me apaixonei pelo terceiro setor, pelas responsabilidades sociais, pelas oportunidades e pela possibilidade de transformação usando meu trabalho. Embora eu tenha trabalhado 30 anos para o governo americano, eu trabalho para ajudar a melhorar a relação Brasil-Estados Unidos e os brasileiros de maneira geral. Para mim é uma satisfação muito grande porque no meu trabalho tive contato com pessoas maravilhosas que confiaram muito no meu trabalho e tive a chance de criar projetos! Mais que implementar iniciativas que vêm dos Estados Unidos eu gosto muito de criar. Por isso, já trabalhei em muitas ações de comunicação e acordos bilaterais, com muitas pessoas, como a presidente do INEP, fazendo vários intercâmbios com especialistas em constante trânsito para fortalecer muitas áreas. Então, um dia meu chefe e eu fomos chamados pela embaixadora que nos contou que assistiu uma matéria na televisão sobre jovens da América Latina que queimaram a bandeira americana, aparentemente sem motivo, aquilo despertou nela uma vontade de fazer algo pelos jovens e para o futuro deles.
Desse modo, surgiu o programa de jovens embaixadores oferecido todos os anos pela Embaixada dos Estados Unidos no Brasil, uma iniciativa que já levou vários jovens para visitar e fazer trabalho voluntário como líderes nos Estados Unidos. A embaixada apoia muitos projetos, como a FEBRACE - Feira Brasileira de Ciência e Engenharia. Quer saber mais sobre o trabalho de Márcia Mizuno? Confira o vídeo da entrevista na Íntegra: