Para todos os garotos
Por: Beatriz, Ellen e Martha - 05/03/2021
Para Todos os Garotos que Já Amei. Este é o título de um filme que narra os devaneios de uma adolescente que, assim como milhões de outras, acredita num encontro mágico que torne os seus sonhos uma realidade. Não por menos, o livro entrou na lista de mais vendidos do The New York Times, em 2014, e foi considerado um dos 15 melhores do ano pela Teen Vogue.
Para Todos os Garotos que Já Amei é o primeiro longa-metragem de uma trilogia composta pelos filmes: P.S.:Ainda Amo Você (parte 2) e Agora e Para Sempre, Lara Jean (parte 3). Essa história empolgante baseia-se na vida de quatro mulheres que se apresentam no desenrolar das tramas, deixando claro que suas características e personalidades têm muito a nos ensinar.
A estudante Ellen Castro conta-nos um pouco da história: “Margot é o perfeito exemplo de uma mulher que se doa para aqueles que ama, porém não abre mão dos seus sonhos e objetivos por ninguém. Ela é forte, determinada e ama muito sua família. Primogênita, ela se sente responsável pelas irmãs Lara Jean e Kitty e faz de tudo para cuidar e protegê-las desde a morte de sua mãe. Logo no primeiro filme, sua força e determinação ficam evidentes quando ela abre mão de um relacionamento de anos para realizar o sonho de ir para a faculdade fora do país que tanto desejava. Em seguida, quando volta para passar o Natal, descobre que Lara Jean sempre gostou de seu agora ex-namorado, mas mesmo assim, passa por cima disso para ajudar a irmã, que teve um vídeo íntimo vazado. Sempre incentivando Lara Jean a ir para a faculdade e ser independente, ela prova mais uma vez que se preocupa com o futuro e com o bem estar de sua família nesse último filme.”
Sobre a protagonista, a estudante Beatriz Luz traz algumas considerações: “A Lara Jean, nossa personagem principal, mostra uma evolução muito interessante de acompanhar. Depois de buscar seu primeiro amor, ter a experiência de viver um triângulo amoroso e passar por diversos conflitos, no terceiro e último filme da trilogia, o foco muda para as decisões que a Lara Jean precisa tomar sobre seu futuro. Ela percebe que precisa seguir seu coração e “tomar as rédeas” de sua própria vida, fazendo o que realmente quer, independente das expectativas que Peter, seu namorado, tem sobre ela. Trilhando o caminho do autoconhecimento e amadurecimento e com o incentivo de sua irmã mais velha Margot, a Lara Jean sai da sua zona de conforto, se desprende das expectativas externas, vai para outro estado fazer a faculdade que ela realmente queria e nos ensina que não devemos ter medo de seguir nossos próprios sonhos e caminhos. Assim como a Lara Jean, espero que cada mulher possa estar realizando seus sonhos e pertencendo ao lugar que realmente a faz feliz.”
Beatriz traz também a história das personagens secundárias, mas de suma importância para a narrativa: “Kitty, para os íntimos, é ‘peça chave’ para o romance de Peter e Lara Jean acontecer. Uma menina ousada, corajosa, destemida e direta. Com um estilo diferente das suas duas irmãs, a Kitty tem uma personalidade forte e não tem medo de falar suas opiniões. Da sua forma, ela demonstra o quanto ama sua família e com Margot e Lara Jean, Kitty aprende sobre amor familiar, perdão, amizade, cumplicidade e união. Christine ou Chris, melhor amiga de Lara Jean, é uma personagem que está sempre saindo de sua zona de conforto e se aventurando por aí. Determinada a fazer o que realmente quer e sem se importar com o que vão pensar, Chris, nesse último filme, continua construindo sua própria trajetória com a sua forma despojada e corajosa de ser. Além disso, ela sempre está incentivando Lara Jean a ter experiências novas e isso torna fundamental a amizade que as duas tem, mesmo sendo tão diferentes, e o apoio que elas dão uma à outra é uma coisa linda de se ver.”
Já a professora Martha Montenegro aborda um aspecto relevante sobre as experiências da jovem personagem: “Para além dos destaques das personagens femininas que foi o motivador desta reflexão, Lara Jean chama a atenção por acreditar que os sentimentos de cunho amoroso experimentados até então, dizem respeito a um universo que inclui TODOS os garotos que já amou, a quem dedica uma carta exclusiva com suas mais íntimas confissões. Cinco cartas ao todo! E ela ainda nem completou a maioridade. Ao final, ao que tudo parece, a profecia se confirma e, dentre todos esses garotos, Lara Jean encontra o amor verdadeiro, Peter, agora e para sempre. Um final feliz recheado de diversos momentos bonitos e conflituosos, típicos das dúvidas, dores, desejos, alegrias e expectativas da adolescência. O sonho realizado: o encontro fofo, lindo, maravilhoso, que dura a eternidade e seja o todo: “começo, meio e fim; como diz a música, que se torna a eleita para representar o casal.”
Martha assinala ainda um contraponto entre as duas irmãs: “Entretanto, diferente de sua irmã mais velha que abre mão do namorado para seguir o sonho de uma faculdade longe de casa, Lara Jean, usa a sua doçura e sinceridade para conseguir conciliar a faculdade longe de casa e um namoro à distância. Porém, ambas trazem o mesmo desejo de alcançar um final feliz e a coragem de enfrentar as mais temíveis dificuldades para conseguir o que se sonha. Lara Jean, apesar de inseguranças, mostra firmeza no desejo de construir e trilhar o seu próprio caminho, mesmo correndo riscos. Ao final, fica claro que mesmo que as promessas não se cumpram, sempre haverá outras muitas possibilidades e, assim, é possível viver não somente uma, mas várias vidas inteiras de começo, meio e fim.”
Ellen, Beatriz e Martha deixam uma mensagem final para todas as meninas e mulheres: “Como as personagens do filme, desejamos que todas vocês possam seguir seus corações e tornem os seus sonhos realidade. Não desejamos um único final feliz, mas sim a felicidade permanente e uma vida repleta de conquistas em um mundo com mais igualdade e justiça.”