Por Karoline Freire - 24/05/22
Lá estava eu, bem tranquilo da vida, coitado, mal sabia que minha vida mudaria. Tudo começou no início de 2020 quando uma fera que estava enjaulada na China se infiltrou em todos os países, e assim minha vida foi de mal a pior.
Antes eu nem trabalhava tanto, nem precisava me alimentar tantas vezes pelo "carregador de comida", que me traz comida e me deixa "100% cheio". Mas a fera a solta foi a culpada da minha exaustão extrema, e o principal motivo do meu "colapso digital" foi o chamado IF e através dele passei a conviver com os ambientes virtuais de aprendizagem.
Foi em agosto de 2020 que fiquei louco e, mal chegou dezembro, eu já precisava de terapia. De segunda à sexta, principalmente segunda e quarta, eu me irritava a beça, pois o serviço era o dia todo, com intervalo de apenas uma hora e meia, um absurdo. E haja me alimentar do carregador!
imagem retirada de <gartic.com.br>
Os loucos impacientes, chamados também como alunos, achavam que eu era tipo o Flash, o super-herói, só que eu pareço mais o computador da época dos dinossauros.
Além disso, eu era o culpado de tudo, era tudo eu no tal do IF, pois segundo os estudantes, eu era lerdo demais, e por isso, me revoltei. Foi a gota d'água e, como consequência, entreguei minha carta de demissão e eles enlouqueceram com isso, e assim retomaram 100% presencialmente o convívio no manicômio.
Fiquei aliviado, pois, antes eu nem tinha tempo para respirar, a minha "vida virtual" era inexistente, só existia para eles. Após eu me retirar, eu me desliguei, para finalmente ter o meu merecido recesso e ficar em paz.