Antes mesmo dos cientistas descobrirem o DNA e os genes na formação dos traços hereditários, o monge biólogo Gregor Mendel apresentou uma teoria baseada na observação de pés de ervilha, como assim? Ervilhas, DNA, monges e Genética, o que isso tem a ver?
Em 1866, em seu livro "Experimentos em Hibridação de Plantas", Mendel demonstrou como fatores hereditários são transferidos de uma geração a outra. Antecessores de sua teoria, acreditavam que as características de um organismo, como um ser humano, eram formadas a partir de uma "mistura". Veja a ilustração abaixo:
Todavia, após o monge cruzar ervilhas de grãos verdes com ervilhas de grãos amarelos, não resultou em um pé de ervilhas de grãos verde-amarelados mas, em todas as ervilhas sendo amarelas.
O que ocorreu foi que o gene transmissor da cor amarela é dominante sobre o gene transmissor da cor verde, tornando este último um gene recessivo.
Sendo assim, Gregor Mendel formula as primeiras leis da hereditariedade:
I) Quando dois fatores dominantes são cruzados, o gene resultante herdará traços dominantes;
II) Quando dois fatores recessivos são cruzados, o gene resultante herdará traços recessivos;
III) Por último, quando um gene dominante e um gene recessivo são cruzados, resultarão em um gene com traços dominantes.
Confira a ilustração das 3 leis aplicadas nos experimentos com ervilhas de Mendel:
No ano de lançamento de suas teorias, Mendel não recebeu o reconhecimento esperado porém, após quatro anos, cientistas ampliaram suas proposições a partir das pesquisas do biólogo.
Hoje sabemos que o processo de herança genética é bem mais complexo que pés de ervilha, mas as contribuições de Gregor Mendel foram essenciais para o desenvolvimento científico da Biologia Moderna, sendo considerado o fundador da Genética Contemporânea.