Quando falamos em imunização geralmente pedimos para as pessoas imaginarem uma doença que se alastra rapidamente e não tem tratamento, muito menos prevenção. Esse é o resumo do que estamos vivendo, devido a um vírus que não preocupava a espécie humana, agora consigamos perfeitamente saber como é o mundo sem apenas uma vacina.
A vacina surgiu em 1796 com Edward Jenner na Inglaterra. Na época em que Jenner vivia uma pandemia também se alastrava e preocupava autoridades em todo o mundo, era a varíola que provocava vários sintomas como febre, dores de cabeça, lesões na pele, pus, entre outros. O médico inglês com poucos recursos tecnológicos e científicos conseguiu através de observações empíricas, isto é, uma experiência sensorial por meio de observações e experimentações, notar que trabalhadores rurais que se contaminavam com uma espécie de varíola bovina adquiriam imunidade sobre a varíola humana. Daí então se tem o grande segredo da vacina: para ficar protegido contra o vírus basta usá-lo de forma atenuada ou inativada, ou seja, uma dose tão pequena capaz apenas de garantir a produção de anticorpos e células de memória contra o agente causador.
O tempo se passou e o processo de produção e criação de vacinas também foi atualizado. Hoje se tem um longo caminho para uma vacina ficar pronta, desde estudos mais completos possíveis sobre o agente causador de doença até seguir protocolos clínicos e de ética.
A vacina contra a gripe (Influenza) leva aproximadamente 18 meses, a do tétano por volta de 10 meses e da difteria cerca de 11 meses e a da Covid-19 ainda não sabemos, fato é que temos muitos laboratórios tentando apressar a criação de uma vacina, é a ciência usando tudo que está a disposição para dá uma resposta de que a vacina é mais que importante em qualquer momento, mas principalmente em momentos que todo o mundo sofre com uma doença totalmente nova sem tratamento clínico. Quando você se perguntar qual a importância de uma vacina, lembre-se de que esse é o mundo com falta de apenas uma vacina.
Marcos de Sousa Rocha, escritor.