Gravuras de animais do período Paleolítico com vestígios de pintura e imagens pintadas a vermelho do período Neolítico ou do Calcolítico.
Foto da Faia (Cidadelhe), na margem esquerda do rio Côa. Figura humana pintada a vermelho do período Neolítico ou do Calcolítico.
Há aproximadamente 10 000 anos a temperatura aumentou e o clima tornou-se mais quente e seco, muito parecido ao atual.
Os gelos derreteram dando origem a grandes lagos e provocando a subida da água dos oceanos em quase 100 metros.
Na Península Ibérica surgiram zonas mais secas e muitas plantas e animais, habituados ao clima frio, extinguiram-se.
As primeiras comunidades agropastoris do período Neolítico e do Calcolítico
Com o aquecimento do clima, as comunidades humanas, apesar de continuarem a praticar a recoleção, começaram a aperceber-se de que podiam produzir alimentos através do cultivo da terra e da domesticação de animais iniciando-se assim a agricultura e a pastorícia.
Criavam animais de pequeno porte como a ovelha, a cabra e o porco, que utilizavam na alimentação e nos trabalhos agrícolas.
Iniciou-se assim o período Neolítico.
Para proteger a produção e os animais domesticados e vigiar o crescimento dos cereais, os seres humanos começaram a fixar-se em determinados locais, tornando-se sedentários. Como já não tinham de se deslocar constantemente para encontrar alimento, começaram a construir habitações com materiais mais permanentes, como a pedra e o adobe (tijolos de terra, água e barro), surgindo os primeiros aldeamentos.
A necessidade de transportar e armazenar os excedentes, como cereais, fez surgir a cestaria e a olaria. Desenvolveu-se a tecelagem do linho e da lã. Surgiram novos artefactos em pedra relacionados com a atividade agrícola, como machados de pedra polida, mós, enxadas e foices.
Conceitos:
Agricultura – cultivo da terra para obtenção de alimentos
Pastorícia - criação de animais
Neolítico – período da pedra polida. Começa por volta de 7000 anos e termina por volta de 5000 anos.
Fotografia dos machados de pedra polida expostos no Museu de Pinhel
Para proteger a produção e os animais domesticados e vigiar o crescimento dos cereais, os seres humanos começaram a fixar-se em determinados locais, tornando-se sedentários. Como já não tinham de se deslocar constantemente para encontrar alimento, começaram a construir habitações com materiais mais resistentes, como a pedra e o adobe (tijolos de terra, água e barro), surgindo os primeiros aldeamentos.
A necessidade de transportar e armazenar os excedentes, como cereais, fez surgir a cestaria e a olaria. Desenvolveu-se a tecelagem do linho e da lã. Surgiram novos artefactos em pedra relacionados com a atividade agrícola, como machados de pedra polida, mós, enxadas e foices.
Sabe-se que nesta região do Vale do Côa as populações do Neolítico viviam em zonas planas, propícias à prática da agricultura primitiva. Começaram a utilizar vasos de cerâmica e fabricaram pequenos machados de pedra polida. No entanto, continuaram a utilizar lâminas de sílex e de quartzo. Os cereais que colhiam eram triturados em moinhos de granito com formas ovais alongadas e uma superfície extremamente polida.
Em diversos locais desta região foram realizadas escavações arqueológicas que forneceram muitas informações sobre o modo de vida das populações do Neolítico e do Calcolítico (Idade do Cobre). Um desses locais situa-se junto à povoação de Chãs, no concelho de Vila Nova de Foz Côa.
As comunidades do Neolítico desenvolveram construções megalíticas, feitas com grandes pedras, nomeadamente menires, cromeleques e antas.
As antas ou dólmenes serviam para enterrar os mortos mais importantes da comunidade, o que leva a crer que estes povos acreditavam na vida para além da morte. Em muitos locais as antas são popularmente conhecidos como “casa dos mouros”.
Em Pera do Moço, no concelho de Guarda, ainda existe uma anta do Neolítico ou do Calcolítico bem conservada. Os arqueólogos dataram a anta de Pera do Moço de cerca de 3000 a.C.
Por seu turno, os menires e os cromeleques teriam funções religiosas, podendo alguns assinalar locais de culto dos astros.
Conceitos:
Calcolítico – Idade do cobre. Neste período surgem os primeiros artefactos de cobre (metal).
Megalíticas – Estruturas de pedras de grandes dimensões.
Menir – pedra de grandes dimensões cravada no solo.
Cromeleque – círculo de grandes pedras cravadas no chão
1. Proposta de atividade (alunos do 5º e do 7ºano):
Clique aqui para organizar um puzzle de uma figura humana pintada a vermelho em Cidadelhe.
No período Calcolítico começou-se a utilizar os metais para produzir instrumentos e armas. O primeiro metal a ser transformado em armas e objetos utilitários foi o cobre. Por isso, se chama a esta época o período Calcolítico ou Idade do Cobre.
No concelho de Pinhel foram reconhecidos dois locais onde há vestígios da época Calcolítica. Um deles está localizado no local chamado Alto do Castelo, em Bogalhal. O outro está situado na colina onde se construiu o castelo de Pinhel.
Os estudos arqueológicos demonstraram que estas populações da Idade do Cobre viviam em cabanas construídas com madeira, nomeadamente ramos de árvores, coberta com argila seca ao sol.
Pinturas de cor vermelha descobertas no sítio da Faia, Cidadelhe (Pinhel). Rocha 1- Painel central