Aprisionada numa gaiola frágil, uma personagem de olhos enormes e boca minúscula, cabeça crivada de flores, contempla uma outra flor em liberdade. A gaiola, óbvio símbolo de ausência de liberdade, aprisiona as bonitas ideias que povoam a cabeça da personagem e para que os prisioneiros não julguem que essas condição de aprisionamento é a única realidade, outra flor, essa fora da gaiola, estabelece o termo de comparação. Acentuando o conceito de falta de liberdade de expressão, a personagem exibe uma desproporção intencional entre o tamanho dos olhos e da boca, alguém que pode ver muito mas falar muito pouco.