--GEPEMUV--

Grupo de Estudos e Pesquisas

em Educação Matemática

da Universidade Federal de Viçosa


O GEPEMUV surgiu da vontade de criação de um espaço de estudo, reflexão e pesquisa em Educação Matemática no Departamento de Matemática da Universidade de Viçosa. As professoras Caroline Mendes dos Passos e Marli Duffles Donato Moreira levaram à frente este desejo e criaram o grupo em junho de 2017. O GEPEMUV está registrado no Diretório de Grupos de Pesquisa no Brasil do CNPq e pode ser acessado no link: dgp.cnpq.br/dgp/espelhogrupo/4257775012226390.

Nossos objetivos:

(i) realizar encontros periódicos de estudo sobre temas relevantes para a Educação Matemática;

(ii) publicar trabalhos e artigos de seus membros;

(iii) promover ciclos de debates, mesas redondas, semanas comemorativas, encontros e seminários de interesse da Educação Matemática;

(iv) criar materiais pedagógicos, físicos e/ou digitais, para utilização na prática docente da escola básica;

(v) apoiar a formação inicial e continuada dos professores que ensinam matemática;

(vi) estreitar os laços de colaboração entre pesquisadores, professores e licenciandos na área de Educação Matemática de Brasil e Portugal.

O GEPEMUV está aberto a professores, pesquisadores, alunos e técnicos que tenham interesse em colaborar neste campo de estudos e pesquisa.

Nossos princípios:

(i) a Educação Matemática deve pautar-se por um caráter inclusivo: todos os alunos podem aprender independentemente das suas habilidades e desempenhos;

(ii) a atividade no ambiente educativo tece o vínculo entre o aluno (sujeito) e os conteúdos matemáticos (objeto);

(iii) a matemática deve ser aprendida de maneira interdisciplinar;

(iv) a aprendizagem não é uma questão meramente cognitiva, a afetividade desempenha um papel de extrema relevância neste processo; além das competências cognitivas, há que se desenvolver as competências e habilidades socioemocionais dos alunos;

(v) as novas tecnologias digitais podem potencializar e ampliar as ações educativas;

(vi) a matemática é um bem sociocultural que tem um papel importante na escolarização básica de todos os estudantes; desta forma, os objetos matemáticos devem ser apropriados por cada aluno num processo social interativo e colaborativo em vista à educação integral do educando contribuindo para o desenvolvimento de pessoas reflexivas, críticas, autônomas, solidárias e colaborativas.

Nossas linhas de pesquisa:

  • Relações entre Matemática e Cultura;

Bishop (1991) distingue cinco níveis de apropriação social da matemática: (i) cultural, (ii) social, (iii) institucional, (iv) pedagógico e (v) individual. Estes diferentes níveis de apropriação se entrelaçam na construção da compreensão da matemática, respectivamente como: (i) um fenômeno cultural, suprassocial, presente nas diversas civilizações; (ii) uma resultante das forças políticas e ideológicas das diferentes sociedades; (iii) a disciplina presente nas instituições educacionais, nos seus currículos, recursos, exames; (iv) aquela matemática praticada nas salas de aula, com alunos e professores reais; e (v) a matemática de cada aluno, na sua perspectiva pessoal. Desta forma, cada aluno apropria-se da cultura matemática partilhada de uma maneira muito particular, inserido num contexto mais amplo que envolve sua classe, sua escola e sua realidade sociocultural. A aprendizagem é um processo individual e marcado pela realidade pessoal de cada aluno. Estudar este fenômeno sociocultural de construção da matemática é o objetivo geral desta linha de pesquisa.

Bishop, A. J. (1991). Mathematical Enculturation, A Cultural Perspective on Mathematics Education. Kluwer Academic Publishers: Netherlands.

  • Tecnologias e Educação Matemática;

As tecnologias digitais de informação e de comunicação (TIC) caracterizam e influenciam fortemente a maneira de viver da sociedade dos nossos dias. De fato, as novas tecnologias modificaram as nossas atividades cotidianas, desde as mais simples – como uma compra de mercado – até às mais complexas – como a adesão a petições públicas de natureza política. Assim, as tecnologias digitais inauguraram novos modos de ser e estar no mundo; as práticas quotidianas dos sujeitos alteraram-se e, de igual modo, devem modificar-se os fazeres da escola, numa perspectiva de ecologia escolar. O advento destas novas tecnologias imprimiu um ritmo veloz, online, ao quotidiano assim como um encurtamento de distâncias e a derrubada de fronteiras. O mundo tornou-se uma aldeia global onde os fatos, acontecimentos, informações e conhecimento estão disponíveis, a partir de um acesso à internet, quase que instantaneamente. Estudar a interação das tecnologias digitais e a educação matemática é o objetivo geral desta linha de pesquisa.

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