Minifoguetes
e Foguetemodelismo
Minifoguetes
e Foguetemodelismo
O que são Minifoguetes ou foguetes
acadêmicos?
Minifoguetes são modelos simplificados de foguetes reais em pequena escala projetados e construídos por estudantes universitários, de ensino fundamental, de ensino médio ou mesmo por hobbistas em tecnologias espaciais. Esses modelos têm aplicações diversas, podendo ser usados para fins educacionais, científicos, comerciais ou até como um hobby. Além de despertarem o interesse por carreiras nas áreas STEAM (Ciência, Tecnologia, Engenharia, Artes e Matemática), os minifoguetes são poderosas ferramentas de aprendizado, promovendo metodologias dinâmicas e colaborativas.
No geral, um minifoguete é um conjunto de subsistemas, sendo eles: aerodinâmica e estabilidade, mecânica e estruturas, química e propulsão, eletrônica embarcada e recuperação.
De acordo com a Norma BAR-2/2020 - "Nomenclatura Básica de Foguetemodelismo":
Minifoguete (MF): É um foguete real de pequenas dimensões, ou seja, é um veículo propulsado por motor-foguete e que atinge apogeu inferior a 12 km. O Minifoguete pode ser:
Foguetemodelo: Minifoguete constituído por motor-foguete comercial até a classe G (160 N.s de impulso total) e que usa apenas materiais de densidade baixa como papel, papelão, madeira leve como balsa, plásticos, borracha, isopor, fibra de vidro, fibra de carbono etc, e pequena quantidade de metal como em altímetros. Não deve conter grandes componentes metálicos nem usar motor-foguete experimental.
Minifoguete Experimental (MFE): Minifoguete sem restrições quanto aos materiais empregados e que usa motor-foguete experimental (não-comercial). Também é considerado um MFE o minifoguete que usa motor-foguete comercial da classe H ou superior.
Minifoguetes são foguetes reais de pequenas dimensões
Podendo servir à uma vasta gama de missões que podem ser educacionais, científicas ou até mesmo hobby, os minifoguetes são uma excelente ferramenta de ensino e de divulgação da ciência. Como ferramenta de aprendizado os minifoguetes são excelentes plataformas de metodologias ativas para geração de conhecimento multidiciplinar, permitindo que diversas áreas interajam entre si e que, por meio do trabalho conjunto, os projetistas possam ter vivência em pesquisa, projeto e desenvolvimento de sistemas aeroespaciais em escala.
Fonte: Associação Brasileira de Minifoguetes (ABMF/BAR). Verificar em: SiteBAR
Conheça os minifoguetes das equipes que compõem a FAERNE
Sirius Rockets
Nome: Sirius I
Altura: 1 metro e 10 centímetros
Apogeu: 500 metros
Conquista: 1º Lugar no II Festival Regional de Minifoguetes do Nordeste
Foguetemodelismo
Definido como o conjunto de atividades que envolvem projetar, testar, construir e lançar minifoguetes, além de conceber ações em prol da educação, ciência e tecnologia. Em geral, as atividades desenvolvidas incluem cálculos de esforços, testes estáticos de motor propulsivo, estabilidade do aeromodelo, recuperação e, principalmente, estudos e aplicação de protocolos de segurança bem estabelecidos.
O praticante do foguetemodelismo é intitulado como Fogueteiro.
A ciência que estuda os minifoguetes é a Aeroespaçonáutica
A Aeroespaçonáutica é a parte da ciência que estuda os minifoguetes. Este termo já consta no Dicionário Enciclopédico de Astronomia e Astronáutica, bem como no Dicionário Aurélio.
Como é feito o lançamento de um minifoguete
Todo minifoguete precisa decolar com seu próprio motor, e para ganhar estabilidade para voar na trajetória desejada pelos projetistas no lançamento é guiado por um trilho, o que chamamos de Rampa de Lançamento.
O voo de um minifoguete pode ser dividido em fases:
Montagem na Rampa de Lançamento.
Ignição: Após os checks de segurança e a autorização para decolagem, os motores do minifoguete são acionados à distância através de ignitores elétricos.
Voo Balístico Ascendente Propulsado: O Minifoguete decola da rampa, subindo sempre contra o vento e impulsionado por seu motor. Nessa fase o motor do projétil o faz vencer seu peso e seu arrasto, acelerando-o rumo aos céus.
Voo Balístico Ascendente Por Inércia: Após o motor terminar de queimar todo o propelente e parar de funcionar, o minifoguete continua a subir, porém, desta vez, contando apenas com sua inércia para continuar o voo até atingir o apogeu-alvo para o qual foi projetado. O maior desafio de todo o voo está nas fases 3 e 4, pois é fazer com que cada projeto consiga alcançar a altura mais próxima do determinado como alvo utilizando um motor que forneça uma quantidade de força que esteja dentro do limite de cada categoria da competição.
Apogeu: É a altura máxima alcançada pelo minifoguete. Os projetos vencedores de cada categoria são os que atingirem apogeus mais próximos do alvo (50, 100, 200, 300 ou 500 m, a depender da categoria).
Voo Balístico Descendente e Ejeção do Paraquedas: Como já dizia nosso grande amigo Sir Isaac Newton, "Tudo que sobe precisa descer"; É nessa hora que o minifoguete, após atingir seu apogeu, inicia o voo de volta ao solo. Essa descida precisa ser freada por um dispositivo que pode ser um paraquedas. Esses dispositivos que farão o foguete pousar em segurança são chamados de Sistema de Recuperação.
Abertura do Paraquedas: É aqui que vemos o sistema de recuperação atuar, ou seja, o paraquedas do minifoguete deverá se inflar para que foguete comece a desacelerar, iniciando o voo sustentado.
Fase Terminal: É a última etapa do voo, na qual o paraquedas já está atuante e freando o minifoguete para que ele pouse em baixa velocidade e não se degrade, nem ofereça riscos aos participantes. O paraquedas é o principal elemento do sistema de recuperação, mas este precisa conta também com dispositivos que façam com que o paraquedas, que até antes estava guardado dentro do minifoguete, seja ejetado de seu compartimento e realize seu trabalho.
Toque no solo: Fim do voo. Nesse momento o foguete deve ser encontrado pela equipe, que não pode tocá-lo até que um fiscal venha coletar o apogeu alcançado pelo projeto. O apogeu e outras medidas são gravadas pela eletrônica embarcada no veículo durante o voo.
Adaptado de Glenn Research Center/Imagens públicas da NASA.
Fonte: Associação Brasileira de Minifoguetes (ABMF/BAR). Verificar em: SiteBAR
Segurança envolvida nos lançamentos de minifoguetes
O foguetemodelismo é uma atividade com diversos riscos inerentes, por isso é de suma importância a garantia da segurança em todas as etapas de operação.
A FAERNE, juntamente com a BAR, se responsabiliza pelo treinamento de seus membros e fiscais para que todos os eventos promovidos pela Federação sejam seguros.
Normas e regulamentos com protocolos de segurança foram desenvolvidos e aprimorados durante mais de 8 anos de eventos pela Associação Brasileira de Minifoguetes, e contam com a participação de pessoas que já atuam em testes e lançamentos de minifoguetes há mais de 30 anos. Dessa forma, a FAERNE encoraja que todos os envolvidos com essas atividades tenham conhecimento e estudem as normas e protocolos de segurança redigidos pela BAR.
Conheça as Normas BAR e o SGSO dos Eventos.