No prefácio ao Relatório Mundial da Educação de 1998, assinado por Frederico Mayor, então Diretor-Geral da UNESCO, podemos ler:

“O mundo que deixamos às nossas crianças depende em grande parte das crianças que deixamos ao nosso mundo. As esperanças que o mundo deposita no futuro residem nos jovens de hoje e na sua disposição para aceitar os desafios do próximo século. No miliar do século vinte e um, a educação da juventude nunca teve tanta necessidade do nosso empenho e recursos”

Já estamos no século enunciado e a educação das crianças e jovens (e também dos adultos, ao longo da vida) continua a requerer toda a nossa atenção, empenho e recursos. Isso mesmo é dito, de uma maneira muito lúcida, pelo Papa Francisco na Encíclica Laudato si’ (2015): “A consciência da gravidade da crise cultural e ecológica precisa de traduzir-se em novos hábitos. [...]. Por isso, estamos perante um desafio educativo. (Nº 209)

Sabemos que os âmbitos educativos convocados para responder a este desafio são diversos, mas sabemos também como a família e a escola ocupam, nesse contexto, um lugar absolutamente central.

Na história há momentos em que é urgente tomar decisões que imprimam mudanças na maneira de viver e de preparar o futuro.

Estamos certamente a viver um desses momentos em que é necessário fazer uma ampla aliança, que permita investir as melhores energias, com criatividade e responsabilidade, comprometendo as famílias, as comunidades, as escolas e as universidades, as instituições, as religiões e os governantes, na formação de pessoas mais maduras, e disponíveis para se colocarem ao serviço do bem-comum.

O Pacto Educativo Global e o Pacto Global pela Família são iniciativas lançadas pelo Papa Francisco, com as quais se pretende dar um contributo na resposta aos grandes desafios que enfrentamos como humanidade e que, inevitavelmente, terá impacto no agir social das comunidades cristãs.

Prof. Juan Ambrósio