Resumos de Trabalhos

A desconstrução do modelo de masculinidade nos livros “A bolsa amarela” e “Os colegas” de Lygia Bojunga

Ademilson Filocreão Veiga

Graduando do Curso de Letras Língua Portuguesa da UFPA

Resumo: Este trabalho investiga, na literatura infanto-juvenil de Lygia Bojunga, dois personagens que desconstroem a ideia estabelecida de masculinidade, a citar, o urso Voz de Cristal e o galo Afonso. Presentes, respectivamente, em “Os colegas” e “A bolsa amarela”, tais animais humanizados surgem nas devidas narrações como forças que vão contra as expectativas sociais. O conceito de masculinidade é historicamente naturalizado e construído de maneira a estabelecer uma série de determinantes no comportamento do homem para afirmá-lo de fato como tal. Porém, quando nos debruçamos nos estudos de Robert Connell, percebemos que há uma masculinidade hegemônica que invisibiliza demais tipos de masculinidade. De modo excludente e massacrante, isso é feito para fins de oferecimento de privilégios ao homem, para colocá-lo em um molde de ser socialmente aceitável e submeter mulheres a mais desigualdades e falsas simetrias. Os livros já citados da autora Lygia Bojunga apresentam sutis críticas a esse problema social instituído, em plena literatura infantil, numa realidade onde a criança muitas vezes é vista como incapaz e passiva de entender os acontecimentos ao seu redor. Através dos animais humanizados, podemos notar onde somos influenciados por formas prontas sem ao mesmo perceber ou questionar, concluindo, enfim, que as pessoas são múltiplas, e que essa multiplicidade não significa exclusão ou superioridade de uma pela outra, mas sim respeito e convivência com o que é diferente.

Palavras-chave: Lygia Bojunga. Masculinidade. Literatura Infantil. Animais humanizados.

O romance de Amadis e as influências das cantigas

Andressa Cristina Gonzales Lopes

Rodinilson Gonçalves Soares

Resumo: O presente trabalho visa retratar características da sociedade do período medieval, assim como a sua cultura sob a perspectiva da novela de cavalaria o Romance de Amadis, sendo esta de suma importância tendo em vista este ser um marco inicial nas novelas de cavalarias. “O autor do Amadis fez alguma coisa mais que um livro de cavalaria à imitação do ciclo Bretã: escreveu a primeira novela idealista moderna e a epopeia da fidelidade amorosa, o código da honra e da cortesia, que disciplinou muitas gerações.” (Minéndez e Pelayo). Para melhor compressão abordaremos o seu contexto histórico tendo em vista que incoerente dissocia uma obra do período que foi escrita, a poesia palaciana, o humanismo como movimento literário da época, o perfil do autor, faremos analise da uma numa perspectiva voltada para trazer a evidencia a influência das cantigas trovadorescas em especial as de amor, essa correspondência e correlação de sentimentos análogos ocorre em ambos momentos da literatura, há uma beleza neste olhar sobre o amor que permanece a todo custo e em diversas situações. Percebe-se assim que o autor de Amadis faz uso dessa visão de relacionamento e transcreve de forma perspicaz e relevante para o estudante e amante das obras essa relação de influências.

Palavras-chave: Influência. Cantigas. Romance. Amor.

Drummond, o poeta-filósofo: confluências em Poesia e Filosofia na obra “Sentimento do Mundo”

Christiane Costa Lira

Licenciada Plena em Letras- Língua Portuguesa, UFPA, Bolsista SAEST e graduanda em Pedagogia

Ângela Maria Vasconcelos Sampaio Góes

Professora da UFPA

Resumo: Este trabalho objetiva construir um diálogo filosófico-poético nas teias que emaranham as confluências em poesia e filosofia a partir da análise de poemas na obra “Sentimento do Mundo” (1973), que retratam as mazelas sociais da classe trabalhadora daquela época em tempos de incerteza, na ditadura do Governo Vargas. O mundo estava sofrendo com os efeitos deixados pela I Guerra Mundial. Carlos Drummond de Andrade, o poeta-filósofo na obra Sentimento do Mundo, revela-se um ser limitado e impotente perante o mundo, porque não ignorou tais acontecimentos da II Guerra Mundial, apesar da censura rígida e grande perseguição política, pelo contrário externou seu pensamento com seus escritos poéticos que são verdadeiros testemunhos históricos. Os poemas de Drummond surgem em oposição ao silêncio da ditadura de forma discreto. Usando o referencial filosófico Arendt (2002; 2007; 2008), Nunes (2007) e outras referências. Para melhor compreensão deste estudo, realizamos uma pesquisa de cunho bibliográfico que discorre no confronto entre poesia e a filosofia presente no livro do pensador Benedito Nunes, Hermenêutica e Poesia: O Pensamento Poético (2007). No entanto, considero a grande importância do poeta modernista para a produção literária da época por desenvolver temas tão relevantes na sua arte para reflexão filosófica sobre o ser, a saber, que a pior proibição instaurada no mundo foi a de pensamento.

Palavras-chave: Pensamento. Poeta. Poesia. Filosofia.

Memória e resistência: A (re) construção da identidade a partir de dizeres dos sujeitos da Amazônia Tocantina

Gabriele Maria Muniz da Silva

Graduanda em Letras-língua portuguesa pela UFPA.

Tassia Mayara Tavares Sanches

Graduanda em Letras-língua portuguesa pela UFPA

Resumo: O trabalho apresenta os resultados iniciais levantados a partir da realização de uma entrevista semiestrutura para analisar, de modo geral, os processos de (re)construção de identidade de sujeitos participantes de movimentos sociais na Amazônia tocantina. E especificamente: a) traçar o perfil dos sujeitos entrevistados; b) verificar as aproximações e distanciamentos entre os conceitos de diversidades e identidade; e c) traçar os processos formativos de identidade na Amazônia Tocantina. O estudo fundamenta-se em Hall (2006), Silva (2000) Caldart (2006) entre outros. O estudo foi aportado em uma pesquisa de abordagem perfil dos entrevistados, aproximações e distanciamentos entre diversidade na Amazônia tocantina: a (re)construção dos sujeitos. As conclusões referentes ao trabalho versam sobre a concepção de identidade por parte dos sujeitos participantes da pesquisa, em consonância com as memorias e resistências de movimentos sociais, bem como entender como estas definições se configuram no processo formativo na Amazônia tocantina.

Palavra-chave: Memória. Resistência. Identidade. Amazônia tocantina

O novo século: “O travesso e irrequieto filhinho do jornal O Commercial”

Fernanda Batista Wanzeler

Graduanda da UFPA

Maria Lucilena Gonzaga Costa (Orientadora)

Professora UFPA-Cametá

Resumo: O presente trabalho objetiva falar do periódico O Commercial, publicado no decorrer do ano de 1882, finalizando em março de 1901. Este contou com inúmeras publicações políticas, sociais e culturais. O seu público leitor era basicamente os homens, uma vez que o jornal vinha cheio de notícias destinadas à política do Partido Republicano. No decorrer dos anos, o seu proprietário resolveu criar dentro do jornal, um pequeno “jornalzinho”, destinado a todos os públicos, seria um novo entretenimento aos seus assinantes, com notícias engraçadas, poemas, fofocas, narrativas e críticas. Esse “filhinho do jornal”, inserido no periódico, foi uma forma de diversificar os leitores, pois a assinatura era gratuita. A publicação desse “pequeno” se dava uma vez na semana, geralmente, se podia encontrar esse número avulso do periódico na segunda página dO Comercial. Podemos aventar a ideia de que o seu proprietário queria alcançar o público feminino, quebrando a rotina do jornal se voltar somente para política, bastante comum no século XIX. O Novo Século conseguiu cativar, de modo especial, as leitoras com os poemas que vinham juntamente com as amenidades. Esta pesquisa materializa o entendimento dos jornais como locais de memórias (BARBOSA, 2003), sendo O Commercial um forte aliado na expansão do público leitor, bem como na caracterização de traços históricos referente à cidade de Cametá.

Palavras-chave: Novo Século. Jornal. Entretenimento.

Menina e moça: a condição feminina na novelística portuguesa

Jéssica Benedita Gonçalves Alves

Graduanda da UFPA

Larissa Serrão Ribeiro

Graduanda da UFPA

Mairle Cordeiro Farias

Graduanda da UFPA

Wanessa Suely Cardoso Rodrigues

Resumo: O presente trabalho referente à obra Menina Moça, de Bernardim Ribeiro, – primeira novelística portuguesa, publicada no ano de 1554, – ressalta um contexto referente aos valores modernos que começavam a surgir, bem como: modos de ser, expressar e agir no quinhentismo lusitano. Nesse sentido, buscamos, com essa comunicação, apresentar a condição feminina em um período em que as transformações passavam a ser apresentadas nas páginas literárias, a exemplo do teatro de Gil Vicente. Sob esse aspecto, discorreremos sobre a história da “menina dos rouxinóis” que foi levada à revelia da casa de seus pais, para um local que se tornou seu refúgio, palco de lamentações, angústias, dores, solidões, perdas e frustrações acerca da separação que teve entre ela e o amigo, devido às ações do destino. O enredo apresenta uma reviravolta quando ela, coincidentemente, encontra uma senhora trajada de luto, ambas, carregadas de perdas, confidenciam suas tristezas. O fato de a narrativa não possuir fim, traz uma incógnita para os seus leitores, pois, como é a primeira novela sentimental da literatura portuguesa, esta é mesclada de ações e sentimentalismos, características comuns às narrativas cavalheirescas da época. A obra, apesar de ser clássica, apresenta particularidades das cantigas de amigo, tais como: o sentimentalismo, o bucolismo, eu-lírico feminino e principalmente a coita amorosa, temas recorrentes da lírica medieval.

Palavras-chave: Menina e Moça. Novelística. Sentimentalismo. Lírica.

Performances e experimentações na poética de Manoel de Barros: percursos no livro-rizoma na formação do leitor no espaço escolar

Jônatas de Jesus Tavares Farias

Resumo: O presente artigo traz em seu corpus as construções possibilitadas pelo contato do livro-rizoma Manoel de Barros com o texto-leitor no âmbito escolar, onde as ressonâncias propuseram, por meio de performances e experimentações da palavra literária, o caminhar constituído de múltiplas possibilidades de conexão de viveres, de devires-outro, de expansão de vivências. As relações presentes neste trabalho baseiam-se nos resultados obtidos no trabalho de pesquisa de campo, de cunho cartográfico, realizado na EEEM Abraão Simão Jatene na cidade de Cametá. Tomamos por suporte teórico os estudos filosóficos-literários sobre leitura, experimentação e sentidos, como os de Deleuze e Guattari (2003), em sua concepção de rizoma, Blanchot (2005), com os estudos sobre experiência da obra e da literatura, como também os estudos sobre cartografia e subjetividade de Passos e Kastrup (2009). Nos caminhos da literatura como palavra viva, as vivências e construções foram produzidas através de ações que possibilitaram a participação e interação dos envolvidos com o autor e suas obras, permitindo uma dança entre os mesmos, criando um movimento de dual devir e saber, contribuindo também com o crescimento da literatura como uma que fluida. A análise das ressonâncias estimuladas pelo contato com o livro-rizoma Manoel de Barros contribui para um olhar distinto quanto à presença da literatura no âmbito escolar. A literatura como muito mais que componente curricular, como uma abertura à potencialização de formação mais que sistemática, uma formação que se valha dos recursos literários como caminhos para a discussão aberta sobre assuntos relevantes, atuais e carentes de diálogo.

Palavras-chave: Experiências. Literatura. Manoel de Barros. Rizoma.

Ensaio sobre memórias: um passeio de mãos dadas com Saramago

Jonivado Souza de Melo

Graduando em Letras- Língua Portuguesa-UFPA

Maria Lucilena Gonzaga Costa (Orientadora)

Professora da UFPA Cametá

Resumo: A memória e a ficção são temáticas que podemos, de início, indicar como temáticas divergentes e contrárias uma a outra, no entanto, a relação entre elas, mesmo que seja uma linha tênue, quase que imperceptível, é forte o suficiente para criar um elo. Nossa pesquisa tem como foco descrever essa relação, demonstrando como a ficção pode incorporar traços de memórias em sua construção, em contrapartida, como a memória pode conter traços de ficção. Para isso, usamos como base a escrita de José Saramago, especificamente em duas obras, As pequenas memórias (2006), obra autobiográfica que são recordações de sua infância e Ensaio sobre a Cegueira (1995), uma de suas mais icônicas obras romanescas. Essa pesquisa é justificada por seu caráter investigativo e relevância no meio acadêmico, além de sua contribuição com outros trabalhos que estudam, em específico, a estética de Saramago e aprovam o seu caráter intelectual e genialidade dentro do mundo da literatura. Para isso, usamos como base teórica trabalhos de Ecléa Bosi (1994); Jonathan Culler (1999); Benjamim Abdala Junior (1995); Fernando Gomes Aguilera (2008); Salma Ferraz (2012) entre outros estudos biográficos de Saramago, além de relatos e entrevistas do próprio autor. Espera-se que, ao final, cheguemos a conclusão de que, como o próprio autor relata, não se pode separar sua vida e obra, pois, como ele afirmou várias vezes, elas se amalgamam e se entrelaçam em cada linha de suas produções, relacionando a construção do enredo e de personagens com suas memórias.

Palavras-chave: Saramago; Memória; Ficção.

Do hino à canção: perspectivas de subserviência indígena em obras cametaenses

Luiz Fernando Siqueira Muniz

Maria Lucilena Gonzaga Costa Tavares (Orientadora)

Professora da UFPA Cametá

Resumo: Essa comunicação objetiva problematizar duas perspectivas sobre a imagem do indígena no Hino de Cametá (1971), composto pelo padre Manuel Albuquerque, e no poema “Canção Cametaú” (2012), do autor cametaense Miguel Ângelo Martins Mocbel, ambos abordam visões díspares do nativo que, com sua cultura, nomeou o município. Cametá é a mais antiga e tradicional cidade do Baixo-Tocantins, no estado do Pará, possuindo sua origem na aldeia indígena caamutá. Historicamente marcada pelo colonialismo português, com as primeiras incursões dos padres jesuítas que com seu trabalho de catequização adentraram os mais distantes recantos da região, por volta de 1617. Ademais, o sacerdote Frei Cristovão de São José aportou na primeira margem de terra firme do rio Tocantins, sendo esse o primeiro choque com os indígenas da localidade (TAMER, 2012). Em 1635, Feliciano Coelho de Carvalho ancora na região e encontra a tribo dos caamutás já “pacificada”, e em 24 dezembro funda a vila Viçosa de Santa Cruz do Camutá. Nesse sentido, o propósito dessa comunicação é apontar no Hino de Cametá elementos da subserviência indígena, bem como discorrer sobre a visão conservadora com que o nativo Camutá é retratado perante o colonizador, além de correlacionar os elementos presentes na “Canção Cametaú” aos seus aspectos críticos sobre a exploração e dominação das terras “conquistadas”. Para tanto, valemo-nos dos aportes teóricos de Alfredo Bosi (2002) e Benjamim Abdala Júnior (2007), cuja perspectiva incide pela área da Literatura e Resistência.

Palavras-chave: Poesia. Resistência. Submissão.

A estética do soneto na obra camoniana

Patrícia Silva Costa

Resumo: Este trabalho aborda a valorização formal do poema “O tempo acaba o ano, o mês e a hora”, de Luiz Vaz de Camões, e objetiva analisar a importância e valorização do soneto na sua forma fixa, no que diz respeito ao uso da metrificação, esquema de rimas e demais aspectos estruturais do poema. Visa, também, apesentar as influências recebidas por Camões no período clássico, em relação aos escritores da antiguidade e seus contemporâneos, abordando o perfil literário do autor, com ênfase nas características neoplatônicas, para a obtenção da análise semântica. Silveira (1993) diz que os estudos acerca da literatura clássica portuguesa são importantes traços de se compreender a forma e o conteúdo dos sonetos escritos por Camões. Abordaremos a forma da estética do soneto camoniano, a fim de perceber como se dá a construção da visão do leitor acerca dos elementos presentes, e como esses aspectos camonianos têm importância no ensino da literatura contemporânea, a partir das bases filosóficas. A fim de ser uma visão ampliada sobre o humanismo e sobre a importância do soneto camoniano nos estudos atuais. É uma leitura sempre um movimento particular que pretende se tornar público. Faz uma mescla de emoção, razão e memória, antes de ser tocada pelas teorias ou aparatos históricos e culturais (GONZAGA, 2016).

Palavras-chave: Camões. Poema lírico. Aspectos formais. Valorização.

Literatura: chave para formação de futuros leitores

Thalia Alves Lago

Suzana do Espírito Santo Oliveira Furtado

Resumo: O principal objetivo deste trabalho é compreender de que forma a literatura infantil pode ser a chave para a criação de futuros leitores , pautadas por Coelho em seu livro literatura infantil: teoria analise, didática, que diz “[...] a literatura infantil é a mais importante das artes, pois sua matéria é a palavra [...]”, sendo assim a Literatura tem um papel de suma importância, haja vista que a contribuição da mesma é essencial para o desenvolvimento do educando, pois ela ajuda na construção do conhecimento e desenvolvimento da linguagem oral e escrita, sendo bastante prodigiosa em acender a imaginação ao mundo das aventuras. Além de ser um dos aspectos mais importantes para a criança, como ponto de partida para obtenção de conhecimentos, meio de comunicação e socialização. Uma vez que a literatura pode ser a chave para a formação de possíveis leitores, pois se trabalhada de forma correta, faz com que o educando desperte para o mundo da leitura , não apenas como algo mecânico, mas prazeroso, capaz de trabalhar as emoções e capacidade de interação humana, proporcionando ao espaço escolar um melhor conviveu com outros modos de expressão que forma a bagagem comunicativa da criança desde seus primeiros anos, isto é na educação infantil. A infância é a ocasião mais apropriada para ter maior concentração e preocupação no alargamento da leitura, onde o leitor realiza trabalho de construção de conceitos a partir de objetivos e conhecimentos.

Palavras-chave: Literatura. Infantil. Leitores. Chave.

Um olhar sociolinguístico sobre o falar cametaense

Cintia Gonçalves Miranda

UFPA Cametá, Graduanda do Curso de Letras-Língua Portuguesa

Mariane Daysa de Castro Gomes

UFPA Cametá, Graduanda do Curso de Letras-Língua Portuguesa

Resumo: O presente trabalho tem como objetivo analisar o modo de falar de pessoas do município de Cametá, do qual levou-se em consideração: sexo, idade, classe social e escolaridade de cada um dos informantes. Procurando descreve-los a partir de um contexto de fala cotidiana através das transcrições fonéticas, verificou-se também os vocábulos fonológicos de cada entrevistado. A pesquisa foi desenvolvida através do Questionário Fonético e Fonológico (QFF) em que pegamos um total de oito falantes, quatro do gênero feminino e quatro do gênero masculino, da faixa etária de 18 a 25 e 26 a 60 anos. Dividindo-se em não escolarizados e escolarizados. Embasando-se nos pressupostos da Sociolinguística Variacionista, essa pesquisa de caráter quali-quantitativo procurou conhecer a dinâmica linguística existente na cidade de Cametá no Nordeste do Pará. Corroborando com este trabalho, utilizamos Labov (2011), pois ressalta que a Sociolinguística é a abordagem da pesquisa linguística que se concentra na língua em uso dentro da comunidade de fala. Foi possível constatar diversos fenômenos linguísticos presentes na fala de cada entrevistado a partir da comparação entre a transcrição fonética e vocábulos fonológicos, no qual obteve-se como resultado que essas variações ocorreram a partir do contexto em que o falante está inserido, bem como as influências de ser escolarizado ou não.

Palavras-chave: Sociolinguística. Fenômenos Linguísticos. Variações. Cametaense.

O preconceito linguístico e suas múltiplas consequências para a sociedade

Douglas do Nascimento Borges

UFPA Cametá, graduando do curso de Letras-Língua Portuguesa

Resumo: O presente trabalho visa primordialmente despertar a reflexão a partir do fenômeno do preconceito linguístico, disseminado no âmbito escolar e impregnado na sociedade definindo a língua padrão como “legítima e homogênea”, tornando a linguagem popular inferior e desprezível à língua padrão. Por trás dessa inferioridade, há a ideologia de dominação simbólica que sustenta essa visão elitista da língua legítima fazendo com que a sociedade, juntamente com a comunidade escolar acreditem que o acesso à norma padrão é difícil, e que escrever de acordo com essa norma é quase impossível, fazendo com que o aluno internalize essa incapacidade de aprendizagem. Corroborando com Simka (2000), a ideologia da inferioridade internalizada na vida do indivíduo, faz com que após a vida escolar, o indivíduo sofra as “consequências” da inferioridade no mercado de trabalho, pois para que se possa exercer um cargo nos mais diversos setores do mercado de trabalho, exige-se o domínio da norma culta ou padrão. Dessa forma, o indivíduo que saiu da escola desconhecendo de fato a norma culta, pode sofrer dificuldades para encontrar um emprego por exemplo. A partir da análise desse fenômeno, pretende-se tomar vista de como ele pode ser extinguido, tomando como ponto de partida métodos pedagógicos para desfazer essa ideologia internalizada na percepção dos alunos, envolvendo toda a comunidade escolar desde a formação dos professores, até às metodologias das aulas, possibilitando o acesso à norma culta, mas sem discriminar o falar regional, e suas particularidades enquanto parte social de uma determinada região ou cultura. Faz-se necessário levar esse assunto à escola, pois até os dias atuais há um preconceito presente na sociedade no que tange ao falar regional, que é tido como “incorreto” e elevando a norma culta à um patamar de prestígio social onde poucos conseguem ter o acesso.

Palavras-chave: Preconceito. Sociedade. Língua. Regionalismo.

A representação escrita do alteamento da vogal (ô) para a vogal (u) nas obras das regiões Norte e Nordeste

Gleno dos Santos Batista

Gissandra Diovana Dias Teixeira

Josiane Fonseca Pantoja

Resumo: Este trabalho objetiva identificar as evidências de variação linguística nas obras escritas nas regiões Norte e Nordeste, para isto analisamos as ocorrências de alteamento da vogal posterior, média alta, fechada (ô) > vogal posterior, alta, fechada (u ), nas seguintes obras. “Zé do povo” , “batendo papo com a saudade”, do escritor cametaense Alberto Mocbel; “Patativa do Assaré: cante lá que eu canto cá” do escritor cearense Antônio Gonçalves da Silva Filho e “bravuras e bravatas de um caipira” de wulcino Teixeira de Carvalho. A partir da leitura das obras citadas e pautados pela teoria laboviana de que não existe uma fala homogênea, pelo contrario, há existência de variações e de estruturas heterogêneas, apresentada em seu livro “Padrões Sociolinguísticos”, sendo assim identificamos as palavras e constatamos mudança da vogal posterior, média alta, fechada (ô) > vogal posterior, alta, fechada (u) na qual tivemos um total de 416 dados coletados, deste Total 224 correspondem a 53,8% para presença de aumento e 192 equivale a 46,2%, para ausência de alteamento. Essas variações encontradas nas obras das regiões norte e nordeste representam as expressões e marca da oralidade de povos que não deixa de ter uma língua com características próprias que escritor representa com veracidade.

Palavras-chave: Linguística. vogal. Alteamento. Obras.

A variação das formas nominais no português falado entre os estudantes jovens do Ensino Médio no município de Cametá

Karina Pereira Castro

Graduanda, UFPA

Resumo: Este estudo aborda sobre as formas Mano (a), amiga (miga), Moça, Cara e querido (a), em discursos conversacionais do português falado entre os estudantes jovens do ensino médio no município de Cametá-PA. O objetivo consiste em analisar o comportamento variável dessas formas nominais, considerando fatores linguísticos/pragmáticos e extralinguísticos e estilísticos, utilizadas pelos estudantes do ensino médio no município de Cametá. Este trabalho insere-se no campo da Sociolinguística Variacionista, tomando por base a Teoria da Variação Linguística ou Sociolinguística Quantitativa (cf. WEINREICH; LABOV; HERZOG, 2004), que apresenta a língua como um sistema heterogêneo, e postula que a variação linguística, não ocorre de forma aleatória, mas que o ambiente social assim como o linguístico são fatores decisivos para tais variações passiveis de serem descritas. O corpus da pesquisa é constituído por uma amostra de 8 (oito) informantes para análise da variação entre as formas nominais, estratificados de acordo com a faixa etária (04 de 13-17 anos e 04 de 20-25 anos de idade); sexo (04 do sexo masculino e 04 do sexo feminino), e procedência (04 zonas urbanas e 04 zonas rurais), a partir de 8 (oito) gravações de situações interacionais. A coleta dos dados foi realizada por meio da técnica do grupo focal. Cada grupo foi constituído tanto por informantes que possuem maior intimidade e contato entre si, como por aqueles de maior distanciamento social e contato linguístico. Submetidos os nossos dados ao GOLDVARB, obtivemos 167 ocorrências, distribuídas assim: 76 para a forma mano (a) (45%), 47 para a forma amiga-miga (28%), 21 para a cara (12%), 12 para a forma rapaz (7%), e apenas 6 para a forma querido (4%) e 5 para a forma zinha (3%). Todas as formas nominais ocorreram somente em função de vocativo.

Palavras-chave: Formas de tratamentos nominais. Comunidade de prática. Redes sociais. Sociolinguística variacionista.

O fenômeno da supressão consonantal na fala de uma falante

Raquel Assunção Pantoja

Graduanda em Letras, Campus de Cametá-UFPA

Jorge Domingues Lopes (Orientador)

Professor do Curso de Letras, Campus de Cametá-UFPA

Resumo: Este trabalho traz uma abordagem sobre o fenômeno da supressão consonantal na fala de uma falante afásica, propondo uma análise sobre a omissão de consoante em dada posição da sílaba, ou em que posição da sílaba tal fenômeno ocorre. Sendo a sílaba uma unidade fonológica constituída em termos e interpretada como um movimento de força muscular. Em termos teóricos, fundamenta-se nas definições de Morato (2012), trabalha-se com o conceito de afasia, tradicionalmente como alterações de linguagem oral ou escrita causada por lesão cerebral. Marchal e Reis (2012) propõem que a fala é uma atividade coordenada e da mente e do corpo, assim desejos, pensamentos, expressões e emoções do indivíduo se materializam, através de eventos neurofisiológicos. Coudry (2008) a afasia provoca uma perda familiaridade do sujeito com a língua e com o exercício da linguagem, entretanto a forma de dizer ao outro, ocorre de forma diferente. Portanto, o presente trabalho analisa um aspecto de língua real dentro de um contexto de distúrbio: o fenômeno da supressão de consoante é uma forma de conhecimento linguístico que se verifica em dada posição da sílaba, na qual essas ocorrências são dotadas de significados para o falante afásico no seu meio de interação.

Palavras-chave: Supressão. Consoante. Afasia. Fala.

As variações linguísticas presentes na língua Pajubá nos estados do Pará e Amapá

Sidne Farias Costa

Estudante de graduação em Letras, Campus de Cametá-UFPA

Resumo: Este trabalho tem como objetivo abordar de forma específica e atual o uso e as variações presentes na língua Pajubá referentes aos estados do Pará e Amapá. Tal abordagem será feita a partir das noções sociolinguísticas presentes nos estudos primeiros de Labov (2008). Os dados referentes à análise do corpus foram coletados por meio de pesquisas em rede sociais, bem como entrevistas de informantes entre as faixas etárias de 15 a 29 anos e de 35 a 45 anos, de ambos os sexos, que fazem parte da comunidade LGBT e utilizam a referida língua. Ressalta-se que o nascimento e uso desta língua é, deveras, um ato de resistência, de um grupo marginalizado que vem cada vez mais tomando importância no cenário linguístico, cultural e social, de maneira que se torna de grande relevância os estudos relacionados a essa forma de comunicação e resistência.

Palavras-chave: Pajubá. Variação. Resistência. Sociolinguística.

Oralidade e ensino: a ocorrência de marcadores conversacionais em contextos formais

Vinicius da Silva Pinto

Resumo: O presente trabalho tem por objetivo investigar a oralidade com base na relação do seu uso dentro do contexto formal da sala de aula, dentro das interações entre professor e aluno, verificando o uso dos marcadores conversacionais em suas interações. Assim, o trabalho dá destaque à oralidade e mostra o uso dos marcadores conversacionais dentro do contexto formal nas atividades interacionais durante as aulas. O local da pesquisa foi uma escola da zona urbana de Cametá, onde foi escolhida uma turma para a realização das gravações, dentro dos contextos e condições de produção espontânea das aulas. Esse trabalho está inserido nos estudos de alguns teóricos, como Bagno (2014), Fávero (2007), Kerbrat-Orecchioni (2006), Rodrigues (2003) e Urbano (1995). Os dados analisados foram com base nas concepções teóricas da análise da conversação, bem como demonstrado que a oralidade ainda precisa melhorar no que diz respeito à participação dos alunos, e verificou-se com a descrição e a identificação de marcadores usados pelos alunos, comprovando que seus usos são muito frequentes nesse contexto formal, estando presentes na fala dos alunos.

Palavras-chave: Oralidade. Ensino. Marcador Conversacional.

Análise morfossintática da terminologia do futebol em Mocajuba

Cristiane Borges Martins

Graduanda de Letras Língua Portuguesa Faculdade de Linguagem Língua Portuguesa Polo Universitário Sergio Maneschy – Mocajuba/PA

Erlem Maria Pereira Lopes

Graduanda de Letras Língua Portuguesa Faculdade de Linguagem Língua Portuguesa Polo Universitário Sergio Maneschy – Mocajuba/PA

Jocelia dos Santos Rodrigues

Graduanda de Letras Língua Portuguesa Faculdade de Linguagem Língua Portuguesa Polo Universitário Sergio Maneschy – Mocajuba/PA

Josielma Barradas da Cruz

Graduanda de Letras Língua Portuguesa Faculdade de Linguagem Língua Portuguesa Polo Universitário Sergio Maneschy – Mocajuba/PA

Raquel Cristina Xavier Migueli

Graduanda de Letras Língua Portuguesa Faculdade de Linguagem Língua Portuguesa Polo Universitário Sergio Maneschy – Mocajuba/PA

Resumo: O presente estudo pertence a um dos ramos da linguística, a terminologia, disciplina que estuda o léxico específico de uma determinada atividade. Sendo que a atividade escolhida para a pesquisa foi a prática esportiva do futebol, especificamente referente ao município de Mocajuba-PA . A escolha por essa temática se deu a partir do interesse em conhecer os termos específicos utilizados por esse grupo. Neste sentido o objetivo geral foi registrar o léxico dessa atividade e analisar a nível morfossintático os termos específicos da prática futebolística. O corpus desta pesquisa é constituído de entrevistas orais realizadas com o auxílio de um questionário composto de 23 (vinte e três) perguntas referentes à prática do futebol, os dados coletados foram analisados morfossintaticamente, constatando a diversidade lexical específica e os processos mais recorrentes na formação das palavras e dos sintagmas.

Palavras-chave: Léxico. Termo. Morfossintaxe


Lendas regionais como instrumento educacional

Andreza Prazeres Gaia

UFPA, Estudante de Letras

Ebenezaide Cristina Nunes de Sá

UFPA, Estudante de Letras

Resumo: O presente trabalho objetiva evidenciar e abordar alguns diretos de aprendizagens sobre o lugar que os mitos e lendas regionais, sejam orais ou escritos, ocupam na educação infantil. Propor uma reflexão sobre o ensino relacionado as origens da cultura, com foco nos mitos e lendas regionais, pois é importante que os alunos sejam capazes de expor suas ideias a respeito da diversidade cultural da nossa região e se relacionarem com os colegas. A criança, dessa forma, garantiria o acesso e a apropriação de seu próprio patrimônio cultural, sendo que para a inserir nesse universo precisa ser leitora de muitas linguagens, ser crítica e consciente, e para isso precisa ter esse contato com a história, aproximando-se o passado com o presente e compreendendo parte da produção humana e de suas transformações. Valorizar os textos de tradição oral os reconhecendo como manifestação cultural regional de todo um povo é privilegiar a diversidade.

Palavras-chave: Mitos e lendas. Educação infantil. Patrimônio cultural. Cultura regional.


O uso das lendas como recurso didático para o ensino das classes morfológicas das palavras

Iris Andrade Torres

Graduanda em Licenciatura em Letras-Língua Espanhola, UFPA-Campus Abaetetuba, Estudante

Adrielle Sena Branco

Graduanda em Licenciatura em Letras-Língua Espanhola, UFPA-Campus Abaetetuba, Estudante

Resumo: Em qualquer língua as palavras são organizadas em classes gramaticais, de acordo com as formas que são apresentadas, ou funções que podem realizar em um contexto, ou mesmo os sentidos que são expressos por elas (SAUTCHUK, 2004, p.11). Desta forma ensinar as classes de palavras exige muito mais do que as classificações antigas, haja vista que as palavras devem ser classificadas de acordo com sua natureza morfológica e/ou sintática. Deste modo, esta pesquisa pretende apresentar o gênero narrativo “lendas” como um mecanismo para o ensino das classes gramaticais, de acordo com sua classificação morfológica, pois é um instrumento que ativa no aluno/aprendiz o interesse e a vontade de aprender as classes gramaticais, porque apresenta elementos capazes de construir um aprendizado significativo, pois faz parte da vida diária do aluno. Em relação aos procedimentos metodológicos, a pesquisa será realizada através de uma revisão bibliográfica. Esta investigação permitiu observar que o uso das lendas, além de contribuir e facilitar o processo de aprendizagem, também permite ao aluno aprender as classes morfológicas de palavras através do gênero textual. Foram utilizados os autores como Platero (2011), Sautchuk (2004) e Sierra(2009).

Palavras-chave: Lendas. Classes de Palavras. Ensino. Aprendizagem significativa.

Gênero textual lenda e a formação de leitores

Fernanda Ribeiro Soares

Maria Durcilene Freitas Corrêa

Docente do Curso de Letras, Campus de Cametá-UFPA

Resumo: O presente trabalho propôs-se a investigar a formação de leitores na EMEF de Cametá Tapera na turma do 6° ano do ensino fundamental. Através desse trabalho, objetivou-se contribuir com as metodologias utilizadas nas aulas de Língua Portuguesa, utilizando-se de gêneros textuais, em especifico o gênero Lenda para incentivo do habito de leitura, visto que, a leitura é um mecanismo para o ser humano se destaque na vida em sociedade. Para a discussão deste trabalho nos embasamos nos seguintes autores: Antunes (2003), Kleiman (1995), Marcuschi (2008), Soares (2000) e Schneuwly, B. e Dolz (2004). Foi realizada uma intervenção na referida turma e constatou-se o elevado grau de dificuldades cokm relação a leitura e escrita, em função dessas dificuldades aponbtamos aqui algumas sugestões metodológicas com intuito de incentivar o interesse desses alunos pela leitura.

Palavra-chave: Leitura, Escrita, Gênero textual, Lendas.

Cartografias da educação de surdos: formação de professores voltada para o ensino de Libras

Jeovan Queiroz Carvalho

Bolsista PROEX/UFPA-Baião

José Orlando Ferreira de Miranda Júnior (Orientador)

Professor da UFPA/Cametá

Resumo: Este trabalho foi elaborado a partir do Projeto de Extensão 2018 intitulado: “Cartografias da Educação de Surdos: Por práticas bilíngues na Educação Básica” que está sendo desenvolvido nos municípios de Mocajuba e Baião. O projeto constitui-se a partir de diálogos existentes sobre o processo da Educação de Surdos e a formação continuada dos professores envolvidos na Educação Inclusiva nos referidos municípios, e tem como objetivos cartografar propostas bilíngues presentes nas Escolas dos municípios supracitados, realizar Oficinas e Diálogos sobre Educação Inclusiva, especificamente a educação de surdos, com a intenção de ampliar a inserção dessa temática na prática cotidiana da escola e contribuir com a formação dos professores e estudantes envolvidos nas ações do projeto, verificando articulações necessárias entre as práticas extensionistas do Campus do Tocantins/Cametá, nos polos de Mocajuba e Baião, e as Escolas de Educação Básica dos municípios. Para isso, estão sendo desenvolvidas ações metodológicas como estudo bibliográfico e de campo, realização de oficinas e diálogos com a comunidade escolar: alunos, professores, funcionários e pais de alunos, informando sobre a temática e como tornar a escola um ambiente mais inclusivo, visto a demanda de alunos surdos matriculados nas Escolas Municipais; realização de eventos científicos, promoção de encontros pedagógicos, a fim de possibilitar a integração entre professores dos Municípios de Mocajuba e Baião, assim como possibilitar a participação de estudantes de cursos de licenciaturas da UFPA nas atividades de pesquisa, ensino e extensão que ocorrerão durante o período de execução das atividades do referido projeto. Espera-se alcançar como resultados a formação de professores e estudantes no sentido de que possam cada vez mais realizar atividades bilíngues que tenham como metas instrumentalizar os estudantes surdos a adquirirem conhecimentos e habilidades em ambas as línguas (Libras e Língua Portuguesa).

Palavras-chave: Formação Continuada. Libras. Cartografia.

Teorias da aprendizagem: contibuições para as práticas docentes

Merian de Cristo Lobato

UFPA/Campus Cametá. Servidora Pública

Resumo: O presente trabalho destaca a importância da aprendizagem como um processo contínuo e dinâmico e vislumbra a contribuição dos teóricos que se preocuparam com o desenvolvimento da aprendizagem e desenvolveram estudos que alicerçam os trabalhos no âmbito educacional no processo de aquisição do saber. A partir do estudo de diversas teorias cognitivas e comportamentais é possível aos profissionais da educação criarem estratégias de ensino que intermedeiem o aprendizado, e tais possibilidades só são possíveis porque foram muitos os estudos que embasam as reflexões das práticas docentes. Tais estudos permitem ao docente ser capaz de identificar e utilizar estratégias de ensino condizentes com as necessidades dos alunos para estimular o processo de aprendizagem e o desenvolvimento cognitivo de modo mais dinâmico e produtivo.

Palavras-chave: Teorias de aprendizagem. Práticas pedagógicas. Metodologias de Ensino. Formação humana.

O uso da música no processo de aprendizagem da língua espanhola

Milene Castro de Vilhena

Graduanda, UFPA, Estudante

Resumo: O presente trabalho é direcionado para evidenciar a contribuição da utilização da música para a aprendizagem de uma segunda língua, especificamente, a língua espanhola. A música é bom recurso didático para aprendizagem devido sua crescente difusão no mundo e ritmos variados, aliado a isso as aulas tomam proporções agradáveis que além de contribuir para aquisição de destrezas como falar, ouvir, ler e escrever. Também podem ser utilizadas para discutir temas sociais em diversos contextos. Porém, neste trabalho objetivamos destacar a compreensão auditiva e expressão oral que são de extrema importância para o desenvolvimento do aprendiz, contribuindo assim para o desenvolvimento destas habilidades comunicativas na língua. A partir de uma abordagem qualitativa com pesquisa bibliográfica, buscamos pesquisas de relevância sobre o uso da música em aulas de línguas estrangeiras. O trabalho está estruturado metodologicamente em tópicos como: técnicas fundamentais para a estratégia do ensino com uso da música; classificações de estratégias; critérios de habilidades que podem ser explorados e auxiliar na aquisição da língua estrangeira. Para fundamentações teóricas dos xtópicos usamos as concepções dos seguintes autores: Brown (1994), Oxford (1990), Kanel (1996). De acordo com os autores e pesquisas estudadas, o uso da música trabalhada em metodologias citadas desenvolve principalmente a pronunciação, a capacidade auditiva de distinguir e conhecer variedades linguísticas, desempenho em sala de aula. O trabalho estuda essas fundamentações que apresentam práticas com resultados para estimular educadores a utilizarem a estratégia de ensino apresentada.

Resumo: Música. Ensino aprendizagem de línguas. Ensino de língua espanhola.

Experimentações pedagógicas nas aulas de Libras na EMEF Dinorá Tavares

Sheila Cardoso Aires

Estudante de Letras-Língua Portuguesa na UFPA

José Orlando Ferreira de Miranda Junior (Orientador)

Docente da faculdade de Letras na UFPA

Resumo: Este trabalho constitui-se a partir de práticas pedagógicas existentes na Escola Dinorá Tavares, vinculadas às ações do Projeto de Extensão cujas atividades são desenvolvidas na referida Escola e a partir destas experimentamos um fazer pedagógico na perspectiva de uma educação mais inclusiva aos alunos surdos matriculados na Escola, bem como a inserção da disciplina de Libras para todas as turmas nos dois turnos (manhã e tarde), com a intenção de possibilitar a inserção dessa temática na prática cotidiana e contribuir com a formação dos alunos envolvidos nas ações do projeto. O método escolhido para melhor desenvolver tais experimentações foi a Pesquisa-Ação, pois, além de compreender a necessidade existente, visa intervir na situação através de métodos de ensino que melhor desenvolva o interesse e aptidão por aprender a língua, sendo estes de forma prática e interativa, adquirindo assim mudanças e um aprimoramento dos sujeitos envolvidos. Durante o processo de ensino, buscamos utilizar diversas ferramentas afim de desenvolver a aptidão linguística do maior número de sujeitos possíveis e contribuir na interação entre surdos e ouvintes existente no espaço escolar, aulas dialogadas em libras, materiais adaptados e ensino de músicas voltadas para o ensino de Libras. Podemos inferir resultados parciais, que as relações entre alunos surdos e ouvintes, melhorou no decorrer das ações do projeto, bem como as relações entre professores e alunos, a partir desses resultados toda a comunidade escolar buscou se comunicar em Libras com os 04 alunos surdos matriculados, as atividades propostas em sala oportunizaram a participação efetiva dos alunos surdos e o fortalecimento da comunidade surda existente naquele ambiente escolar, bem como a melhoria do rendimento escolar dos alunos surdos, pois tais aspectos se tornam relevantes na perspectiva da educação inclusiva, voltada para práticas bilíngues que oportunizem aos alunos surdos o processo de ensino-aprendizagem em libras nas atividades escolares.

Palavras-chave: Inclusão.Experimentações Pedagógicas.Educação de Surdos. Libras.