Seção de Fundição de Metais não Ferrosos

Funcionários da Seção de Metais não Ferrosos

Os fornos que compunham a Seção de Fundição de Metais não Ferrosos funcionavam a óleo e carvão coque (também conhecido como “carvão betuminoso”, que podia alcançar temperaturas mais altas), possuindo todos grande capacidade de produção.

Contando com 40 operários na década de 1960, a seção de Fundição de Metais não Ferrosos foi uma das primeiras a ser instalada na Metalúrgica Abramo Eberle. Seu surgimento se deu pela necessidade de produção de itens como estribos, freios, esporas, fivelas, argolas, florões, serrilhas, bombas, passadores e demais produtos para montaria, na época em que o principal meio de transporte utilizado pelos moradores da região eram animais de montaria.

Posteriormente, também em razão das necessidades regionais, passou-se a fabricar nesta seção peças de latão para equipamentos militares e outros artigos que foram utilizados pelo Exército Brasileiro, bem como artigos religiosos, em bronze e latão, tais como ostensórios e candelabros.

Funcionários trabalhando no vazamento de uma peça de bronze

Seção de Linhagem Artigos Fundidos

A Seção de Linhagem de Artigos Fundidos começou seu funcionamento junto ao início da empresa. A esta seção estava ligada a Seção de Solda, onde era dado o acabamento fino aos artigos. Contava 65 máquinas, entre mecânicas e manuais. A secção era responsável por diversos produtos, desde artigos de montaria a variadas séries de escovas e pincéis.

Operários da seção.
Setor de limagem.
Setor de Solda a Oxigênio.
Trabalho em máquinas de tornos.

Seção de Fundição de Ferro

A Seção de Fundição de Ferro surgiu no ano de 1944, e contava, nos anos de 1950, com 19 operários para o desenvolvimento das atividades. A seção possuía máquinas a ar comprimido, e também fazia parte desta seção o Laboratório Químico da Metalúrgica, que desenvolvia análises e possibilitava que a fundição fosse realizada dentro das normas e especificações de qualidade do período.

Grupo de operários da Seção de Fundição de Ferro.
Forno rotativo (Fulmina) para a fusão de ferros fundidos, equipado com recuperação de ar quente.
Vasamento de uma máquina operatriz. Vê-se a panela do forno (Fulmina) suspensa por uma ponte rolante de 10t de capacidade.
Vista da Seção de Fundição de Ferro na Fábrica 2.

Secção de Fundição Artística

A Seção de Fundição Artística foi inaugurada em 1952. A esta seção foi confiada a fundição das estátuas do Monumento Nacional ao Imigrante. Para este trabalho de fundição, foi contratado o mestre Tito Bettini. Muitas outras obras foram feitas por este setor, destacando-se o Negrinho do Pastoreio, obra de Vasco Prado, e a porta da Basílica de Nossa Senhora de Nazaré, em Belém do Pará.

Negrinho do Pastoreio, obra do consagrado escultor gaúcho Vasco Prado.
Vista de parte da Seção de Fundição Artística, onde eram executados os trabalhos de fundição em bronze. Na foto, Tito Bettini e seu auxiliar.
Tito Bettini retocando a cera de um busto.

Fundição de uma das peças das estátuas do Monumento Nacional ao Imigrante. Vê-se Tito Bettini (à esquerda). Local: Fábrica 2. Data: 1953.