Grande parte dos herbicidas aplicados nas áreas agrícolas atingem o solo e em alguns casos os lençóis freáticos, portanto, estudar o comportamento desses produtos no ambiente é muito importante.
A retenção dos herbicidas por materiais orgânicos ou minerais do solo, a lixiviação para camadas além da rizosfera e intensa degradação são processos responsáveis por deixar o herbicida indisponível para absorção pelas plantas alvo.
Os projetos com herbicidas, no geral, estudam o comportamento desses produtos no contexto da segurança ambiental e também procura entender como os fatores ambientais afetam a eficácia desses herbicidas.
Projetos em desenvolvimento
Comportamento de herbicidas pré-emergentes em diferentes tipos de palhadas.
Interação palhada-herbicida em sistema de plantio direto: efeitos de herbicidas pré-emergentes no controle de caruru.
Efeito de materiais orgânicos na persistência de herbicidas aplicados no solo
Como consequência ao uso desenfreado e ao manejo inadequado desses de materiais plásticos, partículas inferiores a 5 mm, denominadas microplásticos (MP), têm atingido diferentes matrizes ambientais em escala global.
No ambiente, os MP podem liberar aditivos químicos (como corantes, bisfenol A, ftalatos), são capazes de atuar como vetores de poluentes orgânicos (por exemplo, POP, HPA e fármacos) de metais e até mesmo de microrganismos.
Os MP podem alterar funções, biodiversidade e características físicas do solo, como densidade, porosidade e dinâmica da água, impactando direta e indiretamente no desenvolvimento de diferentes organismos.
Os projetos que estão sendo desenvolvidos nessa temática buscam avaliar a presença e a dinâmica de MP em ambientes de água doce e no solo, compreender os mecanismos de sorção de poluentes orgânicos e determinar o potencial de toxicidade de tais partículas para organismos aquáticos e terrestres.
Projetos em desenvolvimento
Análise de microplásticos no Rio Tietê: Identificação, caracterização e quantificação de poluentes orgânicos persistentes adsorvidos.
Efeitos de microplásticos no comportamento ambiental de contaminantes emergentes em matrizes aquáticas.
Ensaios de sorção, lixiviação e biodegradação para análise do comportamento de pesticidas em solo sob influência de MP.
Avaliação da ingestão de MP e do potencial ecotoxicológico dessas partículas para diferentes organismos, tais como peixes e minhocas.
Análise da capacidade de adsorção de MPs por diferentes contaminantes orgânicos em condição de água doce e dessorção em condição fisiológica simulada de fluído gástrico.
Os fármacos (uso humano e veterinário) podem chegar ao meio ambiente por meio do descarte de efluentes domésticos e industriais, atingindo corpos d'água e ocasionando impactos nos organismos.
Devido ao uso de fármacos em larga escala pela população, uma alta quantidade e variedade desses produtos atingem os corpos d'água, podendo ser bioacumulados pelos organismos e propagados para outros níveis tróficos. Além de serem tóxicos mesmo em baixas concentrações.
Projetos em desenvolvimento
Identificação de traçadores químicos da pandemia de COVID-19 em esgotos: vigilância em saúde e impactos ambientais.
Determinação da presença e avaliação da ecotoxicidade de antidepressivos residuais no Rio Piracicaba (SP)
Investigating Agrochemical Contamination of Water Sediments and Fish in Fish Farms and Studying the Depletion of Antimicrobials in Fish Tissue in Lab Conditions Using Radiolabeled Antibiotics as Well as Related Antimicrobial Resistance (Cooperação Internacional com mais de 15 países pela Agência Internacional de Energia Atômica)
A agricultura tem enfrentado diversos desafios na busca pela segurança alimentar e sustentabilidade. A nanotecnologia aplicada a agricultura pode então ajudar a reduzir o uso de pesticidas, assim como tornar estas moléculas mais seguras para o ambiente e aos organismos não-alvo.
Nanopartículas poliméricas utilizadas como carreadores de pesticidas tem demostrado promissores resultados na proteção dos ingredientes ativos no ambiente, melhoria da eficácia de controle dos alvos, incremento na absorção pelas plantas, redução de doses, liberação controlada e responsiva, além da redução dos efeitos em organismos não-alvo.
Nosso laboratório, em parceria com o Laboratório de Nanotecnologia Ambiental (ICT-UNESP, Sorocaba-SP), vem desenvolvendo novas formulações, utilizando nanopartículas poliméricas, para pesticidas e estudando o comportamento ambiental (solo e plantas), eficácia de controle e outros aspectos relacionados ao uso seguro desta tecnologia em expansão na agricultura.
Projetos em desenvolvimento
Nanopartículas poliméricas como carreadoras de herbicidas: dinâmica no solo e nas plantas.
Nanopesticidas à base de tiametoxam: uma potencial alternativa para o controle de pragas em agricultura.
Veja também:
www.sorocaba.unesp.br/#!/graduacao/engenharia-ambiental/paginas-docentes/leonardo/