Dubai - oásis de cor

© Ernesto Matos

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Sabem onde fica o deserto? Fica nos confins da matéria, também da que sou impregnado, nesta conjuntura polarizadora que une as forças da minha dimensão. Procuro-o, todavia no interior de um mundo, para o qual me desloco, e lá, tal como cá permanece a essência da construção dos ventos que movem o mundo que no exterior floresce no sentido da encenação das pétalas coloridas, abastecidas pelos caules condutores do alimento à matéria que não descansa.

O que é o deserto, senão o epicentro do pó da floresta onde agora nada cresce mas onde tudo espera para crescer para colorir a atmosfera, onde a areia, pó e pedra estilhaçada aguardam o vento para se juntar à montanha e a montanha aguarda o vento para se fragmentar em areia.

O deserto, bem neste coração do mundo aguarda-me nessa longa espera, nessa rapidez que não consigo acompanhar, nessa velocidade que me embriaga e me dá laivos de sensações momentâneas, das ilusões temporárias que aos poucos memorizo por entre colagens de impulsos que teimam ficar em quietude numa bolsa que guardo num deserto longínquo que transporto na agregação de outros tantos desertos que vacilam na dimensão das distâncias inexistentes, das descargas em viagem que se espiaram sobre as extremidades... dos meus braços no vento e nos ventos que me levam também em viagem pelo ar comunicante. Er


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