METODOLOGIAS DIRETIVAS E DE DESCOBERTA NO ENSINO-APRENDIZAGEM DA HISTÓRIA. ESTUDO COM PROFESSORES E ALUNOS DO ENSINO BÁSICO E SECUNDÁRIO

Alda Santos, FPCEUC, aldasnts@gmail.com

Isabel Festas, FPCEUC, ifestas@fpce.uc.pt

Albertina Oliveira, FPCEUC, aolima@fpce.uc.pt

O presente estudo teve por objetivos conhecer as perceções dos docentes de História e de História e Geografia sobre os métodos de ensino-aprendizagem, os fatores determinantes das práticas e o valor atribuído ao conhecimento no ensino da História. Parte-se dos referenciais teóricos construtivista e cognitivista como suporte, respetivamente, dos métodos da descoberta/ativos e dos métodos mais diretivos/instrução direta. Neste enquadramento, dá-se especial destaque à Teoria da Carga Cognitiva. Seguindo uma metodologia mista, a investigação incluiu dois estudos: 1) aplicação de um questionário a uma amostra alargada de professores de História e de História e de Geografia; 2) estudo de caso, com dois professores que se afirmavam, respetivamente, defensores de métodos ativos e diretivos. Neste estudo, fez-se uma entrevista aos professores e foram observadas as suas práticas letivas. Os resultados do estudo 1) demonstraram que os professores valorizam os métodos ativos e o valor do conhecimento nas suas práticas letivas. Em início de carreira tendem a perceber-se como mais diretivos. A partir do momento em que o seu saber especializado está consolidado defendem a utilização de metodologias menos diretivas. O mesmo acontece com os professores com maiores graus académicos que se consideram menos diretivos. Os resultados do estudo 2) mostraram que embora os professores valorizem, no seu discurso, os métodos que decorrem das suas convicções (um defendendo o recurso a métodos ativos e outro a métodos diretivos), em sala de aula, embora tendam a seguir a sua perspectiva, recorrem a ambas as abordagens: mais e menos diretiva.

Palavras-chave: instrução direta, aprendizagem pela descoberta, teoria da carga cognitiva, ensino-aprendizagem de história