COMUNICAÇÃO 7.3
COMUNICAÇÃO 7.3
ATIVIDADES LABORATORIAIS NO ENSINO DAS CIÊNCIAS – QUANDO E COMO DEVEM SER APLICADAS PARA PROMOVER UMA APRENDIZAGEM EFICAZ
Ana Rainho, FPCEUC, ana.rita.rainho@gmail.com
Isabel Festas, FPCEUC, ifestas@fpce.uc.pt
A aprendizagem baseada na resolução de problemas assume uma grande importância nos documentos curriculares das Ciências em Portugal, que valorizam o trabalho laboratorial como um recurso importante para atingir este fim, numa lógica construtivista. Contudo, a Teoria da Sobrecarga Cognitiva preconiza que a instrução direta favorece a aprendizagem em alunos iniciantes, ao contrário das estratégias baseadas na descoberta. O objetivo deste trabalho foi testar a melhor forma de utilizar o trabalho laboratorial em sala de aula. Pretendeu-se saber se é mais eficaz ensinar ciências partindo de atividades práticas laboratoriais ou da instrução pelo professor (sendo as atividades laboratoriais, neste caso, aplicadas como forma de consolidação da instrução), e se as atividades laboratoriais contribuem de forma mais eficaz para a realização das aprendizagens se forem baseadas em instruções ou aplicadas de forma mais livre pelos alunos, numa lógica de investigação baseada na resolução de problemas. Realizou-se um estudo quase experimental que teve como variáveis de estudo o momento de realização da atividade laboratorial relativamente à apresentação de conceitos (antes e depois) e o grau de instrução dado aos alunos na realização das atividades experimentais. A evolução das aprendizagens foi analisada com recurso a um pré e um pós teste. Reforçando a Teoria da Carga Cognitiva, verificámos que um maior grau de instrução favorece a aprendizagem e que a instrução direta é mais eficaz em alunos com menos pré-requisitos. Concluímos que as atividades laboratoriais favorecem a aprendizagem quando utilizadas como forma de consolidação de conhecimento e que a instrução prévia é importante para que os alunos possam dar significado aos resultados da investigação por eles realizada.
Palavras-chave: ensino das ciências, design instrucional, atividades laboratoriais, teoria da sobrecarga cognitiva, arquitetura cognitiva