COMUNICAÇÃO 7.2
COMUNICAÇÃO 7.2
POLÍTICAS DE CURRÍCULO NO RIO DE JANEIRO: REGULAÇÕES E EFEITOS NO ENSINO DE MÚSICA
Eliete Gonçalves, FPCEUC, UFRJ, elietevg@gmail.com
Helena Damião, FPCEUC, hdamiao@fpce.uc.pt
Maria do Amparo Carvas Monteiro, CIEC/UC, amparo.carvas@gmail.com
Marcia Serra Ferreira, UFRJ, marciaserraferreira@gmail.com
No Brasil, a música, como saber disciplinar, passou a constar no currículo, a partir da constituição do sistema escolar, no início do século XX, não estando isso desligado do modo de pensar os conhecimentos a integrar e de conceber a sociedade como um todo. O projecto de tese de doutoramento que se apresenta, desenvolvido em regime de cotutela e subordinado ao título “Políticas de currículo no Rio de Janeiro: regulações e efeitos no ensino de música”, visa compreender, a partir da História do presente, a emergência de certos discursos (e não de outros) sobre o ensino de música, que se tem sido institucionalizado. Integrado em duas linhas de investigação – Organização de ensino, aprendizagem e formação de professores, da Universidade de Coimbra, e Currículo, Ensino e Diferença, da Universidade Federal do Rio de Janeiro – baseia-se, sobretudo, nos estudos de Michel Foucault, Thomas Popkewitz e Reinhart Koselleck. Recorre a uma abordagem teórico-empírica que perspetiva o ensino, o currículo e a formação de professores atravessados por jogos de saber e poder.
Entendendo que parte da história do ensino de música no Brasil constituiu um reflexo do ensino português, estes “jogos” serão analisados, em alguns momentos, nos dois países. Para isso serão explorados documentos legislativos e estudos que incidem no contexto escolar.
Palavras-chave: música, currículo, organização de ensino, educação musical, escola pública.