PROCESSO DE MUDANÇA E TRANSFORMAÇÃO DE PRÁTICAS PROFISSIONAIS DE ENFERMAGEM: CONTRIBUTOS DE UM MODELO TEÓRICO

Joana Bernardo, UICISA: E, ESEnfC, joana_bernardo@live.com.pt

Ricardo Loureiro, UICISA: E, ESEnfC, ricardo_loureiro_1@hotmail.com

Rosa Silva, ESENFC, rosacgsilva@esenfc.pt

Anabela Salgueiro Oliveira, ESENFC, anabela@esenfc.pt

Luís Alcoforado, FPCEUC, lalcoforado@fpce.uc.pt

Numa sociedade em constante mudança e desenvolvimento, influenciada por contínuas inovações tecnológicas, os problemas enfrentados pelas pessoas e pelas organizações, requerem análises e soluções que, com frequência, precisam de ser (re)pensadas e transformadas pelas próprias. Procurando estabilizar uma problemática que ajude a suportar mudanças desejáveis em práticas profissionais, desenvolvemos um trabalho com o objetivo de compreender de que forma a 3ª Geração da Teoria da Atividade, em particular através dos contributos de Yrjö Engeström, se pode constituir como um modelo teórico robusto de suporte às transformações pretendidas. Para isso, foi realizada uma revisão orientada da literatura, que possibilitou uma análise crítica de autores considerados com contributos pertinentes para a aplicação da referida teoria a experiências profissionais (trans)formadoras. A pesquisa decorreu entre fevereiro e abril de 2022, com recurso às bases de dados MEDLINE (via PubMed) e Proquest, tendo sido incluídos estudos com um desenho metodológico quantitativo, qualitativo ou misto, bem como revisões sistemáticas. Da pesquisa realizada, constatamos que a 3ª Geração da Teoria da Atividade se centra na explicação do desenvolvimento de processos em que o sujeito (indivíduo ou organização) adquire conhecimentos e habilidades, de forma a observar mudanças conscientes e duradouras, nas suas ações profissionais. Realçando que, segundo a 3ª Geração da Teoria da Atividade, a aprendizagem é definida como um processo de mudança ou transformação que inclui, tanto a criação de conhecimento, quanto o desenvolvimento de habilidades e capacidades, que envolvem a formação coletiva, através da partilha e da mobilização de novos adquiridos, entre diferentes indivíduos, que seguem as mesmas regras e valores. Estabilizamos e apresentamos as orientações teóricas que servirão de base a uma proposta formativa de uma equipa de enfermagem de hospitalização domiciliária, da otimização das tecnologias utilizadas, bem como transformação das relações entre a equipa e as pessoas que com ela interagem, visando a melhoria contínua das práticas profissionais e dos resultados que elas devem alcançar.

Palavras-chave: práticas profissionais, teoria da atividade, aprendizagem; desenvolvimento pessoal.