COMUNICAÇÃO 4.3
COMUNICAÇÃO 4.3
“DESEMPAREDAR A INFÂNCIA: A EDUCAÇÃO ARTICULADA A ESPAÇOS ABERTOS”
Dulce Pomilio, FPCEUC, ducosan@gmail.com
Carlos Reis, FPCEUC, csreis@uc.pt
Lea Tiriba, Unirio, leatiriba@gmail.com
Na urgência de preocupações com a sustentabilidade planetária, propomos a defesa da educação eco-justa (Martusewicz & Johnson, 2016), e dos valores de vida. Especialmente, o direito de crianças terem infâncias: brincarem livremente, aprenderem, e intervirem no mundo. Cremos que tais experiências contribuam para torná-las adultos ecosóficos (Guatarri, 1989), cuidadosos, alteritários, menos consumistas. Mais que buscar utilidades, defendemos a vida plena como direito de todos. Inspirados em Ordine (2016) e Krenak (2020), quanto a não conceber redutoramente a vida sob a função do útil, buscamos práticas que rompam com o modelo de escola hipotecada à produtividade (Foucault, 1987), e que resgatem a Educação Infantil como “direito à alegria” (TIRIBA, 2018). Partimos de estudos e experiências que apontam o desemparedamento como preservador da biofilia, oportunizando o livre brincar, o aprender na natureza, a educação como prática da liberdade (Freire, 1967). A investigação-ação conta com 4 professoras da Rede Municipal de Campinas, que atendem crianças de 0 a 6 anos, de 4 a 10 horas diárias. Questionamos “Quais as possibilidades de compreender, construir e praticar um plano de ensino biofílico, desemparedador e lúdico, que seja promotor de aprendizagens significativas, para crianças de 1 a 6 anos, em escolas urbanas?” Objetivamos revelar possibilidades, através de estudo, planeamento, aplicação e divulgação dessas práticas com o coletivo das participantes.
Palavras-chave: educação infantil, brincar na natureza, desemparedamento, biofilia, eco-justiça.