Patrocínio: Consulado-Geral do Brasil em Nova York
Prazo para a submissão de trabalhos: 15 de janeiro de 2025
Prazo para a notificação de aceite: 15 de fevereiro de 2025
Data do Congresso: 25 e 26 de abril de 2025
Dia 1
Dia 2
Leandro Rodrigues Alves Diniz é professor associado da Faculdade de Letras da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), onde atua na graduação e na pós-graduação, e bolsista de produtividade do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq). Doutor em Linguística pela Universidade Estadual de Campinas, foi pesquisador visitante na Ohio State University, com apoio da Fulbright, e professor visitante na Université Grenoble Alpes (programa CAPES/Print). É vice-líder do grupo de pesquisa IndisciPLAr: Português como Língua Adicional em uma perspectiva indisciplinar (CNPq). Sua produção bibliográfica compreende livros teóricos, livros didáticos, artigos e capítulos nas áreas de Português como Língua Adicional e Políticas Linguísticas.
Luana Reis é poeta, educadora, tradutora e feminista negra. Luana é professora de português na Universidade de Princeton e pesquisa a literatura de mulheres negras e o profundo legado dos quilombos. Além de sua atuação acadêmica, Luana é a fundadora da organização poética "AddVerse". Ela também é uma das coordenadoras do "Kilomba Collective", uma iniciativa inovadora que reúne mulheres negras brasileiras que residem nos Estados Unidos.
Palestras
Direitos e deveres linguísticos de migrantes de crise no Brasil: uma discussão a partir de instrumentos de política linguística
Diante de diversas crises que assolam o cenário geopolítico contemporâneo, o Brasil tem recebido migrantes de diferentes origens, passando a figurar como um importante destino das migrações Sul-Sul (Baeninger et al., 2018). Nesse cenário, abordarei algumas políticas concernentes a direitos e deveres linguísticos (Sigales-Gonçalves, 2020) de migrantes e refugiados no Brasil, examinando o papel desempenhado por instrumentos linguísticos. Especificamente, analisarei documentos legais referentes às exigências de proficiência em português para fins de naturalização, bem como materiais didáticos de Português como Língua de Acolhimento. Ao longo dessa análise, discutirei em que medida tais instrumentos reforçam ou problematizam ideologias de linguagem (Woolard, 2021) hegemônicas.
Ser Quilombo, Aquilombar: Aulas de PLE como
Espaços de Criatividade e Confluências
O Quilombo, com toda a sua riqueza de histórias, possibilidades criativas e significados, pode constituir um recurso didático-metodológico valioso nas aulas de português língua estrangeira (PLE). Práticas de aquilombamento podem fomentar o desenvolvimento de materiais de ensino que extrapolam o ensino de formas e estruturas linguísticas e possibilitar reflexões sobre a diversidade de manifestações culturais em língua portuguesa. Nesta apresentação, vamos dialogar sobre propostas de desenvolvimento de materiais de ensino e estratégias pedagógicas que se baseiam no uso da poética do quilombo no processo de ensino-aprendizagem de PLE. O objetivo é fomentar a utilização de textos orais e escritos alinhados ao conceito de quilombo nas aulas de português e apontar indicativos para uma ação docente transformadora que permita produzir, além de conhecimentos, atitudes que nos permitam ser e agir interculturalmente em um ambiente de sala de aula motivador e agradável. Nesse sentido, buscaremos promover experiências de leitura, escrita, escuta e produção oral sócio culturalmente enriquecedoras e crítico-reflexivas.