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Boletim 04 –(16/04/2020)

Boletim 04 – Comitê Científico do Consórcio Nordeste

Nordeste, 16 de abril de 2020

Brigada Emergencial de Saúde pode levar médicos

à frente de batalha contra coronavírus


O Comitê Científico do Nordeste para o enfrentamento da COVID-19 se reuniu nesta quintafeira, dia 16, para analisar dados dos órgãos de saúde dos Estados e projeções matemáticas que permitam maior sustentação para a tomada de decisões por parte dos governadores. As ações aprovadas foram:

1 - Brigada emergencial de saúde

É preciso criar com urgência uma Brigada Emergencial de Saúde no Nordeste ampliando o contingente de médicos e demais profissionais de saúde no atendimento à população. Esta iniciativa deve servir para levar médicos aos municípios atingidos pela pandemia e a todos os serviços de saúde mobilizados para este enfrentamento.

O Brasil ainda tem apenas 2,2 médicos por mil habitantes, sendo que, na região Nordeste, esse número era, em 2018, de 1,55 médicos por mil habitantes. É preciso reconhecer que no interior dos Estados a vulnerabilidade social e a escassez de atendimento médico são ainda maiores.

Experiências nacionais e internacionais12 recomendadas pela OMS devem ser seguidas, sobretudo se considerarmos que há vasta literatura científica da área que atesta os efeitos positivos na ampliação do acesso com equidade aos serviços de saúde.

Vale destacar que há grande contingente de médicos brasileiros formados no exterior que, neste momento, não podem atuar porque não tiveram a oportunidade de ter seus diplomas revalidados. Com o fim da realização regular do Revalida, estima-se que 15 mil médicos brasileiros formados no exterior estão à espera de uma oportunidade de validar o diploma e atuar no país.

Considerando a necessidade imediata de provimento de profissionais em decorrência da pandemia, o Comitê recomenda aos governadores a criação de programa de adaptação formativa, com complementação curricular, na modalidade ensino-serviço, que assegure um processo rígido de avaliação ao longo do tempo a ser realizado pelas Universidades Públicas na região, e permita, ao final, a validação dos diplomas daqueles que vierem a ser aprovados.

Tal programa poderá ser parte da Brigada emergencial de saúde, tornando possível que os profissionais nele inscritos possam atuar sob supervisão, somando-se, assim, à luta contra o Coronavírus.

Nesse sentido, a recomendação de criação de programa de complementação curricular e de avaliação na modalidade ensino-serviço, atendem às normas legais (§2º, do art. 48, da Lei de Diretrizes e Bases da Educação - LDB, Lei nº 9.394/96 e na Resolução do Conselho Nacional de Educação nº 3, de 22 de junho de 2016) e, mais do que isso, viabilizam o regular funcionamento dos serviços de saúde em tempos de guerra, preservando, com isso, grande número de vidas humanas.

2 - Restrição de tráfego nas rodovias do Nordeste

Considerando todas as projeções de ampliação do número de infectados e da já conhecida velocidade de contágio desse vírus, o que desafia a capacidade de qualquer sistema de saúde do mundo em atender de maneira adequada sua população, recomendamos que as medidas de restrição de mobilidade sejam ainda mais rígidas, devendo-se proibir, em todos os Estados do Nordeste, o tráfego intermunicipal e interestadual, garantindo, porém, a segurança dos profissionais de serviços essenciais, com destaque para o transporte de alimentos e materiais de saúde.

3 - Proteção às equipes de saúde

Seja pelo adoecimento de profissionais de saúde, seja pelos novos serviços criados e ainda em processo de expansão, a pandemia exige que os Estados invistam no fornecimento de EPI’s a todos os profissionais de saúde que estejam na frente de batalha desta guerra e, sobretudo, canalizar o contingente dos chamados testes PCR a eles.

4 – Monitora Covid-19

É preciso garantir, em todos os Estados da região, a implantação imediata do aplicativo Monitora Covid-19, disponibilizado pelo Consórcio Nordeste, e a realização de ampla campanha de comunicação para o envolvimento da população. Este aplicativo nos dará melhores condições para atendimento remoto, ampliação das possibilidades de diagnóstico precoce, isolamento dos casos confirmados e monitoramento da cartografia do contágio.

Assim, também é necessário buscar soluções tecnológicas para que, por meio do aplicativo, se produza mapas de calor e se conheça, em tempo real, dados do fluxo rodoviário e urbano. Deve-se buscar, com isso, identificar como vírus está se espalhando e quais cidades e bairros tornaram-se hubs de disseminação.


Comitê científico do Nordeste

Coordenação Miguel Nicolelis e Sérgio Rezende.

Membros: Adélia Carvalho de Melo Pinheiro (BA); Antônio Silva Lima Neto (CE); José Noronha (PI); Ricardo Valentim (RN); Luiz Cláudio Arraes de Alencar (PE); Sinval Brandão Filho (PE); Marco Aurélio Góes (SE) Marcos Pacheco (MA); Maurício Lima Barreto (BA); Priscilla Karen de Oliveira Sá (PB); Roberto Badaró (BA); e Fábio Guedes Gomes (AL).

Informações: (11) 98442-2114

flavia.gianini@consorcionordeste.com


Boletim 03 – (09/03/2020)

Nordeste, 09 de abril de 2020

Flexibilização de distanciamento social pode gerar

tragédia humana sem precedentes no Brasil


O Comitê Científico do Consórcio Nordeste para o COVID-19, integrado por representantes de todos Estados da região e assessorados por cientistas e médicos de outras regiões do país e do exterior, está estudando todos aspectos da pandemia através de 9 subcomitês. As recomendações de hoje são:

1 - Distanciamento social

As determinações de distanciamento social e medidas restritivas correlatas são, no momento, as medidas mais eficientes de combate à pandemia.

Assim sendo, o Comitê Científico do Consórcio do Nordeste ratifica nos mais fortes termos e sem hesitação que, baseados em todas evidências disponíveis no Brasil e em todo mundo, não há justificativa alguma para qualquer tipo de relaxamento no distanciamento social. Reafirma, portanto, que qualquer flexibilização agora vai gerar tragédia humana sem precedentes no país.

Como resultado da medida, o isolamento social reduziu a velocidade de contaminação por coronavírus em Fortaleza e no Estado do Ceará. Estudo realizado pelo Grupo de Sistemas Complexos, do Departamento de Física, da Universidade Federal do Ceará (UFC), com apoio da Secretaria de Saúde do Estado (SESA-CE) e da Vigilância Epidemiológica da Prefeitura de Fortaleza, concluiu que em 24 de março Fortaleza registrava 542, e o estado do Ceará, na mesma data, 607. Sem o isolamento determinado pelo governo estadual o número seria 1.194 para a capital e 1.349 para o estado.

2 - Uso de máscaras

No caso de pessoas que necessitem sair de suas residências, o Comitê recomenda o uso de máscaras, mesmo que sejam de fabricação caseira, seguindo orientações da Organização Mundial de Saúde(OMS), Centro de Prevenção e Controle de Doenças dos EUA (CDC), Ministério da Saúde e Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).

O Comitê, entretanto, alerta que especificações mínimas devem ser seguidas para a confecção das mesmas, conforme nota técnica a ser divulgada em breve, contendo informações sobre os tecidos indicados, os procedimentos de confecção, o tempo máximo de uso diário e o processo de higienização das mesmas.

3 – Hidroxicloroquina e Cloroquina

Em vista das notícias veiculadas na mídia e nas redes sociais, o Comitê Científico enfatiza que, neste momento, não existe nenhum embasamento científico ou clínico que justifique o uso da hidroxicloroquina no tratamento de pacientes em qualquer fase da infecção produzida pelo coronavírus.

Artigos publicados nos últimos dias em diversas revistas científicas de grande relevância, corroboram esta compreensão e indicam os graves riscos, inclusive de morte súbita, que o uso indiscriminado desde medicamento pode acarretar.

Em meio a uma pandemia, não se justifica aumentar ainda mais o risco a que estão submetidos pacientes infectados, com a possibilidade de submetê-los a graves efeitos colaterais de uma droga que não foi devidamente testada neste tipo de infecção.

O artigo apresentado pelo governo Trump com a justificativa para a defesa da hidroxicloroquina como tratamento para a infecção pelo novo coronavírus recebeu uma declaração de preocupação da sociedade responsável pela revista onde ele foi publicado.

No dia 3 de abril de 2020, o International Journal of Antimicrobial Agents, afirmou que o artigo de 20 de março, “Hidroxicloroquina e azitromicina como tratamento de Covid-19: resultados de um ensaio clínico não randomizado de rótulo aberto” não atende ao padrão esperado da Sociedade Internacional de Quimioterapia Antimicrobiana, especialmente relacionado à falta de melhores explicações sobre os critérios de inclusão e a triagem de pacientes para garantir a segurança do paciente. [1].

Uma equipe da Universidade de Paris e do Hospital Saint-Louis, também na capital francesa, avaliaram 11 pacientes consecutivos internados com o mesmo curso de tratamento que o grupo criticado. Um paciente morreu (e outros dois foram para a UTI) e, dos dez sobreviventes, 8 ainda eram positivos para o vírus 5/6 dias após o tratamento. Um paciente teve que interromper a terapia no dia 4 por causa do prolongamento do intervalo QT, efeito colateral conhecido da hidroxicloroquina que pode levar à arritmia cardíaca fatal.

Outro ponto potencialmente importante e levantado na toxicologia de ratos relata interação com metformina, com cerca de 30% de mortalidade. Se isso se traduzir em seres humanos, pode ser uma má notícia, porque os diabéticos parecem um grupo de alto risco e muitos pacientes podem estar tomando metformina quando se apresentam no hospital. [2]

Os resultados com a Hidroxicloroquina são tão erráticos que há hospital deixando de usar HcQ.

1 https://blogs.sciencemag.org/pipeline/archives/2020/04/06/hydroxychloroquine-update-forapril-6

2 https://retractionwatch.com/2020/04/06/hydroxychlorine-covid-19-study-did-not-meetpublishing-societys-expected-standard/


4 - Monitora Covid-19

Foi lançado nesta quinta-feira, 9, o app Monitora Covid-19, aplicativo ratificado por este comitê e desenvolvido por instituições privadas, em parceria com o Consórcio Nordeste, a Secretaria de Ciência, Tecnologia e Inovação da Bahia (Secti), a

Secretaria de Saúde do Estado da Bahia (SESAB) e a Fundação Estatal Saúde da Família (Fesf-SUS/FESF-tech).

A ferramenta pode ser baixada gratuitamente no Google Play, marca que detém 92% do mercado de aplicativo das plataformas Android, será uma das principais ferramentas no combate da pandemia da região. A expectativa é que o Monitora Covid-19 esteja também disponível na Apple Store nos próximos dias.

O Monitora Covid-19 será viabilizado progressivamente pelo Consórcio Nordeste para os 57 milhões de habitantes dos nove estados que compõe o grupo e visa suprir falta de testes no mercado, evitar aglomerações em hospitais, orientar recursos médicos para cada localidade, além de garantir a fiscalização adequada do distanciamento social em locais com índices elevados de contaminação.

Os dados vão gerar informações e mapas sobre como a pandemia desloca-se no território, locais que possam ter contaminação mesmo sem que haja testes confirmando pessoas com covid19, tempo de quarentena, dentre outras informações que servirão de base para tomada de decisões em saúde pública e de atendimento.

Buscar MonitoraCorona em https://play.google.com/store/apps/details?id=br.com.novetech.monitoracorona e baixar o app.


5 - Site do Comitê Científico

Entrou no ar também nesta quinta-feira, 9, o site operacional do Comitê Científico do Consórcio Nordeste https://www.comitecientifico-ne.com.br. O espaço irá reunir toda a produção do grupo que orienta as decisões de combate à pandemia mundial de coronavírus a partir do conhecimento científico.

Em uma área virtual do site há espaço para organizar colaborações com pesquisadores e redes de cientistas do Brasil e do exterior. Em votação no Twitter, a funcionalidade, que será um verdadeiro “instituto virtual de pesquisa” ganhou o nome de Projeto Mandacaru e terá como trilha sonora O Xote da Meninas, de Luiz Gonzaga. Até sua completa estruturação, as colaborações para o projeto podem ser enviadas para o endereço eletrônico: nicolelis@isd.org.br


Comitê científico do Nordeste

Coordenação Miguel Nicolelis e Sérgio Rezende.

Membros: Adélia Carvalho de Melo Pinheiro (BA); Antônio Silva Lima Neto (CE); José Noronha (PI); Ricardo Valentim (RN); Luiz Cláudio Arraes de Alencar (PE); Sinval Brandão Filho (PE); Marco Aurélio Góes (SE) Marcos Pacheco (MA); Maurício Lima Barreto (BA); Priscilla Karen de Oliveira Sá (PB); Roberto Badaró (BA); e Fábio Guedes Gomes (AL).

Informações: (11) 98442-2114

flavia.gianini@consorcionordeste.com


Comunicado – (08/04/2020)

Comitê Científico reforça necessidade de manter o distanciamento social e o uso de máscaras caseiras

Grupo defende que população utilize os itens de confecção caseira quando estiverem em ambientes públicos

Em nota técnica em breve, o Comitê fará as recomendações técnicas para confecção dos itens e o processo de higienização adequado

Salvador, 8 de abril 2020 – O Comitê Científico do Consórcio Nordeste recomendou nesta quarta-feira, 8, o uso de máscara caseiras pela população em geral, de forma a liberar a pressão no mercado sobre as descartáveis, cujo uso deve ser prioritário para os profissionais de saúde.

A orientação segue diretrizes internacionais adotadas pela Organização Mundial de Saúde(OMS) , Centro de Prevenção e Controle de Doenças dos EUA (CDC), Ministério da Saúde e Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).

O Comitê, entretanto, alerta que especificações mínimas devem ser seguidas para a confecção das mesmas e afirma que a nota técnica a ser divulgada em breve vai conter informações sobre os tecidos indicados, os procedimentos de confecção, o tempo máximo de uso diário e o processo adequado de higienização das mesmas

Enfatiza ainda o comitê que a adoção da máscara, seja ela de qualquer tipo, não flexibiliza a importância do distanciamento social, que deve ser mantido, a higienização correta das mãos com água e sabão e, quando necessário, o uso do álcool em gel.

Os membros do comitê sugeriram aos governadores do Consórcio que costureiras e artesãos espalhados por toda a região Nordeste sejam contratados para a tarefa de produzir máscaras caseiras em grande quantidade para suprir a necessidade da população e que se siga rigidamente as recomendações técnicas para tal.

Sugeriram eles também que acordos sejam feitos com os parques têxteis da região para que estes procedam com a iniciativa da reorganização da sua linha de produção para suprir, de forma emergencial, a enorme demanda de itens necessários para o combate do coronavírus, como máscaras, aventais, entre outros.

A falta de máscaras de produção industrial para compra no mercado está atingindo diretamente os profissionais da linha de frente do combate a pandemia nas unidades de saúde por todo o país. Esta indicação de cunho científico, econômico e social também visa gerar renda emergencial para as família nordestinas.

Os cientistas reforçam a tese de que a Ciência é um agente de mudança social e econômico, especialmente quando se luta em um guerra contra um inimigo invisível e ainda muito desconhecido como o coronavírus.

O Comitê Científico do Consórcio Nordeste é formado por cientistas, pesquisadores e médicos representantes dos nove estados, sob a coordenação do neurocientista Miguel Nicolelis e do físico e ex-ministro de Ciência e Tecnologia, Sérgio Rezende.

As reuniões são diárias e se dão no ambiente virtual para discutir a integração de esforços e diálogo entre os diversos canais envolvidos na luta contra a pandemia em todo o mundo, com soluções indicadas para os governadores dos nove estados que compõe a região o Consórcio.


Sobre o Consórcio Nordeste:

O Consórcio Interestadual de Desenvolvimento Sustentável do Nordeste é um instrumento jurídico, político e econômico de integração dos nove estados que compõe a região em um território de desenvolvimento sustentável e solidário em um momento de grandes desafios. O Consórcio Nordeste foi criado em 2019 e busca propiciar aos estados-membros ganhos de escala na contratação de serviços e bens, acesso a informações e know-how entre eles, propiciando troca de experiência, aprendizado em ciclo curto e o compartilhamento de boas práticas, além de compreensão e encaminhamento das necessidades e agendas políticas regionais, fortalecimento das capacidades dos consorciados a partir da fusão de recursos e ser catalizador para o estabelecimento de parcerias, ampliação de redes colaborativas e promoção da inovação a partir da interligação de setores comuns.

Informações:

Flávia Gianini

(11) 98442-2114

flavia.gianini@consorcionordeste.com


Boletim 02 – (03/04/2020)

O Comitê Científico do Nordeste para o enfretamento da COVID-19 se reuniu na manhã desta sexta-feira, dia 03, novamente sob a coordenação de Miguel Nicolelis e Sérgio Rezende, dando seguimento aos trabalhos para orientar e articular ações do Estados e Municípios no combate à pandemia para que estejam lastreadas em conhecimento científico.

Distanciamento social

O Comitê reafirma que as determinações de distanciamento social e medidas restritivas correlatas são, no momento, as medidas mais eficientes de combate à pandemia.

Subcomitês Temáticos

Foram criados Subcomitês Temáticos, sob orientação do Comitê Científico, cujos membros dividirão a tarefa de coordenar e convidar outros cientistas e pesquisadores, nacionais e internacionais, para que participem ativa e voluntariamente deste esforço. São nove os subcomitês, conforme segue:

Subcomitê 1 - Sala de situação: produzirá um clipping cientifico, um perfil dos membros do Comitê, coleta e análise de dados, aplicativos e suporte TI, simulações, estimativas e cenários, logística e comunicação pública;

Subcomitê 2 - Protocolos de assistência medica e ambulatorial, clinica e terapêutica, estudos clínicos, desenvolvimento de drogas;

Subcomitê 3 - Equipamentos hospitalares, ventiladores e alternativas, EPI e insumos, recursos hospitalares, e de UTI;

Subcomitê 4 - Interação entre indústria, startups e laboratórios, e unidades de pesquisa locais;

Subcomitê 5 - Fomento a redes de pesquisa, desenvolvimento tecnológico, fontes de recursos e novas linhas de financiamento;

Subcomitê 6 - Contatos nacionais e internacionais;

Subcomitê 7 - Virologia, vacinas e diagnóstico laboratorial;

Subcomitê 8 - Políticas públicas de intervenção (medidas econômico-sociais)

Subcomitê 9 - Epidemiologia, modelos matemáticos e medidas de enfrentamento

Máscaras caseiras

O Comitê reconhece o amplo debate que é feito pela sociedade em torno da eficácia, ou não, do uso de máscaras caseiras produzidas com diversos tipos de tecidos. Certos de que há uma controvérsia pública sobre o tema, após a criação dos subcomitês temáticos, compromete-se a apresentar o mais breve possível, um relatório específico sobre o tema.

Monitora Covid-19

Foi disponibilizado hoje pela Google Play o aplicativo do Consórcio Nordeste, Monitora Covid-19, que é articulado ao Registro Eletrônico de Saúde, podendo ser conectado a qualquer tempo e a qualquer outro sistema e solução de informação. A ferramenta permite o atendimento remoto dos pacientes e acompanhamento dos casos por georreferenciamento. O aplicativo também está em processo de liberação pela Apple Store. O Monitora Covid-19 é uma ação fundamental para melhorar a vigilância e controle dos casos em tempo real.

Microeconomia e o coronavírus

O Comitê Científico do Nordeste apoia medidas que, ao mesmo tempo, reaqueçam a microeconomia e envolvam toda a sociedade no combate ao coronavírus. Para isso, sugere que se mobilize costureiras, artesãos, pequenas e grandes empresas num esforço coletivo de produzir os insumos necessários e tecnicamente adequados para o combate ao coronavírus. Isto seria uma boa combinação entre políticas científicas de saúde pública com políticas econômicas e sociais de amparo à população financiadas por meio do Consórcio Nordeste

Rede de apoio internacional

O Comitê Científico do Nordeste pedirá a colaboração de cientistas e estudantes brasileiros e estrangeiros, aqui e no exterior, para formar uma enorme rede mundial de apoio ao combate ao coronavírus na região.


Boletim 01 – (01/04/2020)


O Comitê Científico do Consórcio Nordeste para o COVID-19, integrado por representantes de todos Estados da região e assessorados por cientistas e médicos de outras regiões do País e do exterior, tem como missão reunir informações para orientar e articular as ações dos Estados e Municípios para o combate à pandemia. Esta primeira nota contém as recomendações iniciais consensuais do Comitê visando minimizar os impactos negativos da pandemia.

São elas:

1- Medidas restritivas para o isolamento social

É essencial implementar medidas legais para minimizar os contatos entre as pessoas e interromper a cadeia de contágio do novo coronavírus. Essas medidas, que já foram tomadas por todos Governos Estaduais e por muitos Municípios por meio de decretos, devem ser mantidas e renovadas até que o número de casos confirmados do COVID-19 na Região diminua significativamente. Dentre as atividades que devem ser proibidas estão: Ensino presencial nas escolas e universidades; eventos esportivos; vendas presenciais no comércio de produtos não essenciais em estabelecimentos isolados e em shopping centers; atividades religiosas em igrejas e templos; atividades de lazer com aglomerações em praias, praça e parques; funcionamento de academias de ginástica, bares e restaurantes, etc.

2- Medidas para diminuir a importação do coronavírus

Implantar nos aeroportos e terminais de ônibus postos de saúde para a testagem dos passageiros e para orientação dos viajantes.

3- Medidas de mitigação dos efeitos sociais da pandemia

O Comitê apoia todas as ações de apoio material e financeiro às famílias mais necessitadas, moradores de rua, pequenos comerciantes que não possam exercer suas atividades, entre outros.

4- Articulação entre as secretarias estaduais e municipais de saúde

É essencial intensificar a articulação entre as secretarias estaduais e municipais de saúde para otimizar as ações de enfrentamento da pandemia. Para que o Comitê possa contribuir na superação das dificuldades e limitações que enfrentam governos em todo mundo, como a falta de insumos, materiais e equipamentos, é muito importante que em cada Estado o representante no Comitê científico do Nordeste.

5- Tecnologias digitais de monitoramento

É importante trocar informações sobre as soluções tecnológicas já desenvolvidos nos Estados para promover sua integração de modo implantar uma plataforma digital com informações atualizadas 24h sobre o cenário da doença no Nordeste, ficando disponível para a consulta pública.

6- Intensificar a articulação entre os grupos de pesquisa do NE em diversas áreas

É da maior importância promover, com a maior brevidade possível, a integração das fundações estaduais de apoio à pesquisa, das secretarias de Ciência e Tecnologia, e das fundações de apoio das universidades, para financiar a pesquisa por meio de redes interestaduais em temas desafiantes do COVID-19. A experiência anterior das redes de pesquisa e dos institutos nacionais de C&T implantadas pelo MCT há uma década poderá contribuir muito no processo de formação das redes de pesquisa.

Comitê Científico do Nordeste:

Coordenação Miguel Nicolelis e Sérgio Rezende.

Membros: Adélia Carvalho de Melo Pinheiro (BA); Antônio Silva Lima Neto (CE); José Noronha (PI); Ricardo Valentim (RN); Luiz Cláudio Arraes de Alencar (PE); Marco Aurélio Góes (SE) Marcos Pacheco (MA); Maurício Lima Barreto (BA); Priscilla Karen de Oliveira Sá (PB); e Roberto Badaró (BA).