Collecção Militar Coroneis do Castro,

Quinta da Alvarinheira, Oledo

A casa e Quinta da Alvarinheira foi construída por volta do ano de 1890, mas a história da Família fundadora e as carreiras militares de alguns dos seus membros continuam a marcar uma presenca local. Os dois militares Pai e Filho, eram ambos coronéis de cavalaria. As suas vidas coincidem com o fim da monarquia, o declínio da agricultura e o despovoamento do interior do país.

Na casa preservam-se ainda elementos e objectos pessoais destes militeres que marcaram a vida daquela época. A base da colecção integra uma biblioteca, um pequeno arquivo documental e diversos objectos dos coronéis.

A colleccao é composta de cerca 600 livros, revistas, catalogos, etc sobre temas militares publicados entre 1804 e 1948, que inclui também revistas militares e ordens do exército. O arquivo documental é composto por cartas e manuscritos diversos.

Uma sobrevista das epocas indique a seguinte distribuicao:

7% ...ate 1870

48% ...1870 - 1900

17% ...1900 - 1920

28% ...1920 - 1948


Os Dois Coroneis

José Joaquim de Castro da Maia e Vasconcelos

Coronel de Cavalaria

1853-1931

Francisco José da Fonseca Coutinho de Castro

Tenente-Coronel de Cavalaria

1887 - 1953

Homem da Monarquia e do exército, casou-se com Ana Delfina, filha do Visconde de Portalegre. Atingiu o posto de Coronel e o cargo de Chefe do Estado-maior da 1.ª divisão militar durante o reinado do Rei D. Carlos. Foi mentor de balística, tática e topografia dos dois filhos do Rei, os infantes D. Luís Filipe e D. Manuel.

Recebeu como oferta a pistola com que o seu aluno, D. Luís Filipe, tentou alvejar os assassinos durante o regicídio de 1 de Fevereiro de 1908, tendo falhado e morrido (objecto cedido ao Museu de Évora.)

Depois foi responsável pelo envio de tropas de cavalaria para defender o Palácio Real durante a revolução de 1910.

Com o fim da monarquia deixou Lisboa para acabar os seus dias na Quinta da Alvarinheira, em Oledo.

Filho de militar monárquico, seguiu os passos do pai na cavalaria, de que viria a aposentar-se mais tarde com a patente de Tenente-coronel.

Em 1913 casou-se com Marianna Reynolds, uma senhora de origem inglesa criada em Estremoz. Não tiveram filhos.

Durante a Primeira Guerra Mundial, foi desacado para Moçâmedes, Angola.

Na década de 1930, ensinou na Escola do Exército e participou em acções militares com tropas nacionalistas durante a Guerra Civil Espanhola.

Foi Comandante distrital da Legião Portuguesa.