História da Quinta da Alvarinheira

A história dos dois coronéis liga-se com a Família Fonseca Leitão e o Morgadio de Oledo, em concreto com Francisco da Fonseca Coutinho e Castro de Refoios, o Visconde de Portalegre que faleceu em 1889. Esta foi uma personalidade marcante na história de Oledo na segunda metade do século XIX. O Visconde e o seu pai participaram nas guerras civis e na política da região.

O Visconde foi um grande mentor em Oledo, tendo sido responsavel pela construção da igreja matriz (1895), do chafariz e de muitas outras construções na aldeia. Morava na casa Senhorial da Rua do Corro, e jaz no cemitério velho de Oledo.

A casa da Quinta da Alvarinheira foi construída provavalmente nos anos 1890, presumivelmente pela filha do Visconde, D. Ana Delfina, que foi esposa do Coronel Joaquim de Castro, conselheiro do Rei D. Carlos.

A casa da Quinta da Alvarinheira foi construida por volta de 1890, presumivelmente pela filha do Visconde, D. Ana Delfina, esposa do Coronel Joaquim de Castro que passou os seus últimos anos residente da quinta.

Com raízes na Família Giraldes de Idanha-a-Nova, e vínculos às figuras antigas de São Hermenegildo e Amalarico, rei dos Visigodos, o morgadio de Oledo começou no ano de 1602 na pessoa de Antão da Fonseca Leitão. Em 1624, todos os membros desta família foram condenados pela justiça, devido à morte do filho do Comendador e Alcaide-mor de Castelo Branco. Antão da Fonseca Leitão e sua mulher foram condenados à pena de oito anos de degredo para o Brasil. Pedro Afonso Leitão, primeiro filho de Antão Fonseca Leitão, morreu andando fugido à justiça.

Manuel da Fonseca Leitão, segundo filho, fugiu para Castela, andou por Roma e voltou a Portugal após obter o perdão do Rei D. João IV. Tornou-se o 2º Administrador do Morgadio de Oledo.

No livro A Casa da Graciosa, Luís Bívar Guerra, descreve Manuel da Fonseca Leitão como um homem de costumes violentos que impunha a sua vontade como um senhor feudal. Ele e o seu irmão, João da Fonseca Leitão, cometeram no lugar de Oledo, várias tropelias com consequências graves, motivos pelos quais caíram na alçada da justiça.

No seu regresso a Portugal, após ter sido perdoada a pena, foi viver para a vila do Sabugal, tendo aí uma filha bastarda, que legitimou e a quem proporcionou esmerada educação e deu o nome de Maria da Fonseca Mendonça.

Após o nascimento da sua filha, para além de se tornar um bom pai, dedicou-se à administração do morgadio de Oledo, tendo-o valorizado.

O 2º Administrador do Morgado de Oledo faleceu em 1673 na vila do Sabugal, tendo-lhe sucedido, a sua filha Maria da Fonseca Mendonça como 3ª administradora deste Morgadio.

Algumas gerações depois, este morgadio acabou nas mãos de Francisco da Fonseca Coutinho e Castro de Refoios, Visconde de Portalegre.