O que falam sobre os livros

"Ter em mãos um novo livro de Cláudio, autor de, entre outros, o ótimo 'O uniforme' e dos 'Poemas hiperbólicos do fim da pampa', é aguçar a expectativa por uma boa aventura. É o que 'Maravalha' nos entrega.
Tudo se passa dentro de um bar, das sete e meia da noite às três da madrugada de um dia que virará memória. A um homem ('sem testículos') que curtia a solidão de umas cervejas surge um conhecido (o Romualdo) que diz ter matado outrem. A narração é toda a iminência da descoberta desse fato, ainda que o que mova a trama seja uma questão escamoteada: houve realmente esse fato? Pergunta que, ao fim da leitura, indica um lugar para o livro: é uma obra sobre parasitas da compaixão.
Daí a novela se autointitular 'grunge gaudéria', ou seja, suja e vadia, ou parasita. Suja (linguisticamente) por correr o risco de ser mal interpretada, mas passar ao largo de esquentar a cabeça com isso, o que é ótimo, trata-se de um livro sem pudores; vadia e parasita nas relações dos personagens, que exploram uns aos outros em diversos níveis. Aqui, nota-se um padrão no registro dos mesmos: são introduzidos pelo narrador sempre por comparação (uma loira, por exemplo, é mais bonita que laranja de amostra). Estrutura que delineia tanto um certo ambiente gaúcho, muito bem humorado, como o lugar de cada um no mundo.
Por falar em estrutura e lugar no mundo, as páginas de 'Maravalha' têm 'pouco texto', por ao menos dois motivos: um autoral e outro caracterizador. O autoral diz respeito à tendência de Cláudio para as narrativas curtas, de longe sua expertise literária. O caracterizador é a própria edificação daquele em relação ao qual tudo circula na trama, o tal homem sem testículos, assim-assim por ter uma posição passiva em relação a esse tudo: ao prefeito exibicionista, ao bêbado contador de piadas, à TV que invade seus pensamentos.
O grande acerto de Cláudio é estabelecer uma relação há muito em falta na literatura de hoje: a primazia da estética em relação à moral. É, portanto, um dos grandes livros de hoje, mais bonito que todas as loiras do mundo.

Severino Figueiredo, escritor e graduando em Filosofia pela UFPB.


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“... já li o Maravalha. Não conhecia tanto este teu lado mais Tarantinesco e gostei! Tens ali material para tornares isto num filme. Foi mesmo divertido lê-lo (e sei que ‘divertido’ não parece um bom elogio, mas garanto-te que, para mim, é). Acho incrível a tua capacidade de ires mudando de registo e estilos. Do caraças. Grande abraço.”

João Silveira, poeta, escritor e músico – Lisboa, Portugal.


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“Buenas, Cláudio!

Terminei de ler o Maravalha. Tchê, tu és um Bukowski bagual. Muito bom. Parabéns.”

Luís Dill, escritor.


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“Olá, CC!

Com o aviso claro que li com os olhos bem abertos. Sim é uma literatura de homens, no entanto gostei muito da forma como está descrita, porque nos vai prendendo a atenção, até ao final inesperado. Uma escrita rica em imagens que nos permite transportar para o local e imaginar a cena e as situações.

Gostei também das ilustrações, parabéns a ti e ao ilustrador.

Muito grata pela generosa partilha que me permitiu ler esta obra que me fez sorrir.

Beijos e abraços.”

Teresa Bonito, Lisboa, Portugal – sobre Maravalha - uma novela grunge gaudéria.


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"O livro Maravalha, de Cláudio B. Carlos, é uma bela publicação da Editora Saraquá em conjunto com a Editora Coralina. As ilustrações são de Thassiel Melo e o projeto gráfico de Angel Cabeza.

A história é definida pelo autor como uma novela grunge gaudéria, uma classificação, no mínimo curiosa, devido ao aparente descompasso entre mundos tão distintos. No entanto, cai como uma luva, pois a narrativa, requintadamente minimalista, mostra um lado 'sujo', ambientada num bar situado em alguma cidade qualquer do Rio Grande do Sul. Os personagens nem um pouco 'edificantes', por assim dizer, são pessoas comuns, medíocres, desbocadas, que estão o tempo todo indo ao banheiro, urinando, vomitando, e em situações escatológicas. O cenário é, na verdade, um microcosmo de relações humanas revelando vidas vazias, sem sentido. Ninguém tem realmente nada para dizer, para acrescentar. O texto evidencia o vazio da contemporaneidade, a falta de perspectivas, uma angústia corroendo as entranhas, um desespero talvez ignorado pelos próprios personagens, inconscientes de sua real situação ou ao menos tentando ignorá-la, escapando provisoriamente dela.

Todavia, o autor vai além, lançando o seu olhar desiludido sobre o mundo com maestria. Há uma situação tensa que vai se intensificando o tempo todo. Um ato foi cometido. Será descoberto? Haverá consequências? Nesta época doentia do século XXI, não há lugar para a culpa, como em Crime e Castigo, de Dostoievski. A preocupação não é ter cometido o erro. O que preocupa realmente é se ele será descoberto. Não se pensa em reparação. Ao contrário, é preciso fugir dela a qualquer custo. Não há senso de responsabilidade, de castigo. Ninguém assume nada. Ninguém está disposto a carregar o seu fardo, não há lugares para feitos 'heroicos', para romantismos. O escapismo tornou-se um recurso recorrente em nossa época. Assim como o entretenimento tomou o lugar da cultura e o excesso de informações roubou o lugar do conhecimento.

Ninguém se deixe enganar pela aparente banalidade da narrativa. Estamos lidando com um escritor contundente e visceral, capaz de dizer muito com pouco, criando cenas e situações com perspicácia. Há uma sutileza a exigir a atenção do leitor e vai conduzindo a ação, oculta sob detalhes sórdidos de vidinhas inglórias.

Maravalha até pode ser lido rapidamente. Mas continuará perturbando a mente do leitor muito tempo após ter sido encerrada a leitura."


Resenha do crítico literário Cleber Pacheco – sobre Maravalha - uma novela grunge gaudéria.


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"Maravalha é uma narrativa minimalista e inovadora. Num bar onde desfila a vida medíocre de cada dia, uma tensão se instala: será descoberto o que aconteceu ou não? E assim, numa cena aparentemente corriqueira, a inquietação se infiltra a cada instante, acentuando a decadência e trazendo à tona a face sombria do humano viver. Regional e universal se encontram em mais esta ousadia que só poderia vir do talento do escritor Cláudio B. Carlos."

Cleber Pacheco, crítico literário - na contracapa de Maravalha - uma novela grunge gaudéria.

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"Seja num diner à beira da Route 66, num pub na Finlândia ou no bar de uma pacata cidade no interior do Rio Grande do Sul, se prestarmos atenção, aquela atenção verdadeira que está lá nos olhos da alma, sempre veremos heróis, de constituição variada. Aqui, em Maravalha, o nosso 'herói sem testículos', que atravessa uma noite fria negociando com a fome para não faltar o dinheiro da cerveja e negociando com a sorte para não se enrascar de carona nos problemas alheios; ele que só quer paz, mesmo que à custa do entorpecimento.

Para nos contar esta história de resistência, nosso autor maneja, com a habilidade de quem conheceu o ambiente real, um tabuleiro onde interagem personagens típicos e ao mesmo tempo peculiares que compõem aquela fauna urbana: o delegado de polícia tomando um bíter após outro para se aquecer no meio do plantão, o locutor da rádio AM que cumprimenta a todos sem reciprocidade, o valente da moto que passa a mão na bunda das noivas alheias, as noivas alheias que talvez não se importem muito com isso, o amigo que consegue um carro emprestado com o cunhado dele para comer alguém, a filha ruivinha do delegado que 'merece uma homenagem'… e o frio, sobretudo o frio. E a dureza.

Somos brindados ainda com um repertório de adágios gaudérios (máximas do saber ancestral e popular do Sul) e momentos de pura sociologia, como naquele em que nosso herói eunuco, em frente ao vaso sanitário, espreme os olhos para ler os versos na parede: 'Neste lugar apertado / onde toda vaidade se apaga (…)'

Some-se e sinta-se tudo isso, e os amantes da prosa honesta, direta e contundente dirão que Maravalha (o livro) merece uma homenagem…"

Leonardo Brasiliense - na orelha de Maravalha - uma novela grunge gaudéria.


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“Recebi teu livro O Uniforme, querido Cláudio B. Carlos.

Chegou com um sotaque misturado, meio Pampa, meio Pampulha. Chegou magrinho, folgado em seu uniforme pardo todo decorado de selos e estampado de carimbos.

Abri teu livro, querido Cláudio B. Carlos.

E ele foi crescendo a cada palavra, até se agigantar.

Li teu livro, amigo Cláudio B. Carlos.

Li-o de um só fôlego. Que maravilha. Que solidez. Que imagens! Tens minha admiração irrestrita e irrevogável. Um obrigado e um abraço do tamanho da estrada que nos separa e nos une.

Em tempo: teu uniforme me serve.”


Tony Saad, escritor – Santa Cruz do Sul, RS.


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“Prezado Cláudio,

Acabo de ler Um arado rasgando a carne e O uniforme. Nas suas narrativas encontrei um ficcionista maduro, dono de uma dicção cortante, mas sobretudo consciente do seu ofício. Textos perturbadores, que poderiam integrar um único volume, constituindo uma novela (ou romance), tal o clima de coerência que os envolve, transformando-os num conjunto único. Para isso contribuem a presença fugaz, mas constante de personagens como o pai, mãe, primos, tios, o avô, os viventes da vizinhança. Destaque para as experiências inaugurais do narrador menino e as referências ao ambiente rural de hoje, tudo costurado com uma linguagem coesa e compatível com o narrado. Trechos como ‘O espetáculo’, ‘O rato’ e ‘O olho de vidro do finado Alfredo’ me remeteram a Kafka. Já ‘Revoada de trinta-réis’ e ‘O nosso herói’ me levaram a Borges; e ‘A caravana passa’ e ‘Realimaginário’ a Cortázar. De ‘As tias velhas, os primos rudes’ só posso dizer que é um conto antológico.

Enfim, meu caro. Apreciei muito seu trabalho. Não vou lhe perguntar se continua a escrever porque essa é a pergunta que mais me irrita como escritor. Mas se tiver coisas novas, terei o maior prazer em ler.

Grande abraço,

Sinval”

Sinval Medina, escritor – São Paulo, SP.

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“Cláudio B. Carlos é um poeta que pensa.”

Cleber Pacheco, poeta, contista, romancista, dramaturgo, crítico literário e artista plástico – Esmeralda, RS.

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“Bom dia, Poeta!

Amargoso é um doce que a gente não consegue largar.

Impressionante o grau de amadurecimento poético que se instalou em tuas veias, Cláudio.

És um poeta de fato. E dos bons. Parabéns!

E obrigado por este amargoso de leite. Deleite!

Abração.”

Mauro Ulrich, jornalista e escritor – Santa Cruz do Sul, RS.

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"O Uniforme é uma coletânea de microcontos e contos do escritor gaúcho Cláudio B. Carlos. A maioria parece carregar tons autobiográficos, embora isso seja apenas uma suposição de minha parte. Boa parte também evoca um ar regionalista, gauchesco, algo que confere ainda mais autenticidade ao que se propõe a obra.

Escrever narrativas breves é algo que só parece fácil na teoria. É necessário ser realmente um grande escritor para conseguir fugir das armadilhas que este formato carrega, sob pena de o conto se transformar em mera piada de internet ou resvalar na pieguice. Cláudio foge com habilidade de tais perigos, entregando um saboroso livrinho recheado de breves e potentes narrativas, tais como ‘A Degola’, que me fez recordar com vividez impressionante a ocasião - quando eu tinha uns dez ou onze anos, em uma estância em Bagé - em que penduraram uma ovelha para ser carneada e o capataz colocou o facão na minha mão e me disse: ‘Agora mete a faca no pescoço dela’”.

Zeca Sixx - escritor, Porto Alegre, RS.

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“Olá, Cláudio,

Acabei de ler teu livro isto não é um livro, publicado na Gueto. Eu amei!

Escrevo também e me identifiquei com o discurso direto, com a linguagem acessível e fluida e com o teu objeto de percepção, que abarca praticamente tudo, tudo no sentido de qualquer coisa, simples ou profunda.

O simples ganha um olhar profundo.

O profundo vira algo tão simples.

Muito legal!

Li com gosto.”

Sabrina Dalbelo – escritora, Bento Gonçalves, RS.

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"Antes das edições brasileiras das curtas 'ficções' desapegadas de gênero de Lydia Davis e dos textos de linguagem viva de Junot Díaz, estilos bacanas, Cláudio B. Carlos já tinha os seus Um arado rasgando a carne e O uniforme, que acrescem a uma coisa e outra a força de sua poesia. Em O aprendiz de poeta, prova que é um escritor capaz de comprar 'todas essas rosas'. Valeu a leitura, meu amigo!"


Alberto Bresciani, poeta – Brasília, DF.

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“Caro Cláudio, muito me agradou a leitura de seu O homem do terno de vidro. Muito teria a dizer, mas me atento apenas para um ponto: o peso que carrega este homem. A exasperante existência, a Cruz que nos jogam aos ombros no nascimento, o fardo sagrado e sacramentado que é a vida, o desespero mítico. ‘A vida pesa’ não por ser um peso morto, mas por ser uma leveza desesperadora, uma leveza que cresce e se levanta com o vento, feito pó da estrada. Tudo é caos: ao redor do homem do terno de vidro, ao redor de nós mesmos. Quem me dera reconhecer meu desserviço sendo poeta. Ou lançar-me no abismo da ignorância. Poesia é o que nos mata (e nos permite viver). Sabe-se lá. É impossível não se identificar com esse homem. Impossível não sentir sua ‘cobardia’, tão nossa. Impossível sair ileso da leitura e não reforçar ainda mais o coro: ‘é preciso acabar com o sonho tão logo ele nasça. do contrário ele pode se transformar em frustração.’ Contudo, é possível engolir tudo isso. Engolir as abelhas, as moscas, as orquídeas, engolir os sapos, os sacos, a menina do balão amarelo, o motorista, a puta velha. Engolir a cidade, o caos, a lama. Metamorfosear tudo isso num ritual antropofágico. O resultado de tudo isso se dá no belíssimo trabalho que tive a felicidade de ler. E, como diria Belchior: ‘a felicidade é uma arma quente’, e lendo O Homem do terno de vidro compreendo ainda mais esta metáfora que se esconde atrás do bigode de nosso rapaz latino-americano. Abraços, meu caro Cláudio.”


Flávio Otávio Ferreira, poeta – Araxá, MG.

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“Não vi o tempo passar lendo esta obra do poeta e amigo Cláudio B. Carlos. Recomendo com muito prazer, pois desejo que este livro faça tão bem aos meus amigos quanto fez a mim. (...) Cara, comecei a ler e só consegui parar quando 'ele' se perdeu na Av. Afonso Pena, cinco minutos atrás. Após concluir, me dei conta do quão simplórias haviam sido minhas leituras mais recentes, e de como vale a pena quando o texto realmente é bem construído.”


Daniel Zanette, editor – Caxias do Sul, RS.

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O homem do terno de vidro é, de fato, uma obra incrível, no sentido de ser impensável para a mediana literatura, mas possível para um gênio. Parabéns!"


Ádlei Carvalho, poeta e romancista – Belo Horizonte, MG.

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"Meu querido, já venho lendo e pinçando delícias, mais uma vez parabéns por nos fazer tão bem com suas palavras. Beijo carinhoso."


Marcia Kastrup Rehen – Rio de Janeiro, RJ.

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"Cláudio!

Muito obrigado. Aguardava esta leitura com curiosidade e muita expectativa. Um grande abraço."


Emmanuel de Ceriz, escritor – Porto, Portugal.

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"Cara, eu estava pensando sobre o seu livro: é deveras perturbador, porque o seu personagem carrega um pensamento/sentimento paradoxal muito interessante, que seria um bom motivo de dissertação de mestrado. Em minha opinião, você conseguiu construir um diálogo entre o ego e o alterego de um homem muito maior e mais profundo do que qualquer outro personagem com que já me deparei nas leituras da vida. Machado de Assis – com Bentinho – e Dostoiévski – com Ródia e Aliócha – também fazem isso. Mas em nenhum deles, esse exercício do pensamento/sentimento surge tão profundo... Você é genial!"


Ádlei Carvalho, poeta e romancista – Belo Horizonte, MG.

Posfácio do livro O homem do terno de vidro.

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"Cláudio,

acabei de ler o teu livro. Foi uma viagem dolorosa, como deve ser. Felizmente, não é o livro da minha vida mesmo que se pareça com isso, mesmo que só às vezes ou, se calhar, é engano.

Felizmente que me engano.

Não sei bem o que te dizer. Só sei que, agora, sinto como se estivesse a largar raízes dentro de mim, como uma espécie de eco muito longo. Muito obrigado por me teres deixado lê-lo, saber que ele existe e com esta força de abismo magnético.

Um grande abraço, Poeta.


Cláudio,

passou uma noite e ainda sinto a presença do livro. Em grande.


Abraço, J."


João Silveira, poeta – Lisboa, Portugal.

Orelha do livro O homem do terno de vidro.


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VIAGE(m) (ns)

Cleber Pacheco*

"Uma viagem ao nada, uma viagem ao inferno (existencial), rumo ao caos. Confissão sem esperança de uma via redentora. Memória ou diário da desordem. Indo de nada para lugar nenhum. Grito. Espasmo. Pedido de socorro. O HOMEM DO TERNO DE VIDRO é tudo isso. E muito mais. Uma tentativa (vã, provavelmente) de organizar o caos. Todavia, um caos que tem um sentido. Trajetória pessoal e universal, contemporânea e atemporal.

Prosa, poesia, música, insight. Flashes de uma memória, flashes do instante, do presente, vislumbres de realidades que se cruzam. Estética a serviço da inteligência.

Rasgos de sentimento.

Êxtase da angústia sem resposta.

Um livro inquietante, original, ousado, que nos desafia desde a primeira linha. Um livro que nos incita do início ao fim. Desassossego. Busca.

Uso primoroso da linguagem, às vezes quase delirante, utilizando os conceitos e a lógica para desafiar estes mesmos conceitos e a dita lógica.

Obra original que reverbera em nossa mente e fica ali, com seu inquietante rumor ecoando em nossos neurônios, em nosso coração, palpitante, viva.

Um livro com uma força incomum. Literatura que vibra. Talento.

Nenhum leitor pode sair incólume.

Impossível não recomendar este livro."

* Mestre em Literatura Brasileira e Especialista em Filosofia. Poeta, contista, romancista, dramaturgo, crítico literário e artista plástico.

Posfácio do livro O homem do terno de vidro.

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"Cláudio,

boa noite (ou bom dia).

Estou fascinado pelo homem do terno de vidro.

Refiz com você toda a viagem, o road-texto(?), imagem por imagem, o poético misturado à narrativa, a narrativa exagerada no poético, o texto vez-em-quando Roseano, as idas-e-vindas ao dicionário, à enciclopédia, à memória etc.

Parabéns!


Cláudio,

bom dia.

Desculpe o tom empolgado demais do e-mail de ontem, foi escrito sob o efeito de alguns uísques.

Gostei muito. Da fluência, da cadência, da sobreposição das imagens poéticas passando como se vistas da janela do ônibus em movimento, ou o filme ao qual o personagem às vezes afirma estar.

Abraço."


Gladstone Machado de Menezes, escritor – Brasília, DF.

Orelha do livro O homem do terno de vidro.

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"Caro poeta e amigo,

acabo de folhear sua obra.

A bela capa serve como convite para a leitura do que me parece uma prosa poética (até por influência da palavra 'rimance').

(...) Por suposto, li uma que outra frase, um que outro trecho, mas quero ler sua saborosa xácara de cabo a rabo. (...) fiquei tão tocado com o que li que não aguentei esperar o fim da leitura para expressar minha comoção.

(...) Seu texto me soa triste, porém saboroso ao paladar deste leitor.

Saudações e êxitos."


Z.A. Feitosa, poeta e escritor – Marizópolis, PB.

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"(...) óbvio que não resisti e já dei uma passadinha... 'a coragem de um homem é do tamanho de sua conta bancária.' Fabuloso, sem mais.

(...) corrigindo, era para ser só uma passadinha... mas não foi. Li todo o 'livro um', lerei novamente, com mais calma, é claro, porque é preciso. Tu é foda, CC!"


Leonardo Aver Pires – Caxias do Sul, RS.

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“'Tenho sido vela teimosamente acesa num corredor de janelas abertas.' Que imagem boa."

Luis Fernando Ferreira, jornalista – Santa Cruz do Sul, RS (sobre O homem do terno de vidro).

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"O livro é tudo o que eu havia antecipado, envolve o leitor desde as primeiras linhas. Sem falar na riqueza de conteúdos (linguísticos, estéticos, humanos...) que é imensa! Ainda iremos conversar mais, por enquanto quero que saiba que fiquei encantada: trama, personagens, cenários e diálogos internos e externos... enfim, tudo encanta em seu livro. Um detalhe: fiz a leitura enquanto viajava para Caicó, igualmente de ônibus. A viagem foi maravilhosa! Parabéns, tamanha é a sua fortuna literária!"


Hercília Fernandes, poeta, professora da Universidade Federal de Campina Grande (PB) - sobre O homem do terno de vidro.

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“(...) Inventário de desimportâncias, coletânea do grupo O Bodoque, é composto de narrativas. Assim está anotado na ficha técnica. Os autores são Cecília Cassal, Cláudio B. Carlos, Cleber Pacheco, Fábio de Souza e Gladstone Machado de Menezes. O segundo é o coordenador editorial do grupo e eu o conheço há alguns escritos. (...) Cláudio B. Carlos (meu conhecido de longas datas). Diz-se ‘poeta da nulidade, filósofo do nada e editor de livros marginais’. Seus continhos esquadrinhei há alguns anos e por eles quase me petrifiquei, qual sapo na lagoa, galinha no terreiro e gente na beira da vida. Há uma delícia de narração em ‘O círculo’: ‘Foi num junho que decidi que não gostava mais do meu pai. Dos perdigotos e arrotos à mesa. Da cara e das mãos de ferro fechadas – acho que as mãos de ferro do meu pai estavam enferrujadas, pois nunca se abriam para afagos’. Esse é escritor em qualquer sentido, indo e voltando.”


Fortaleza, 24/26 de janeiro de 2014. No blog de Nilto Maciel, escritor.

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Comentários sobre o poema "Gramatical" - no Facebook:

"Incrível, pela arte, pela palavra! Poeta!"

Abraão Vitoriano, escritor – Santa Helena, Paraíba.

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"Você, poeta, é um dos que fazem o facebook valer a pena..."

Drica Novo, cantora, compositora e guitarrista – Niterói, RJ.

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"Metapoema, grandioso! Ainda que os interlocutores sigam em polos opostos – não necessariamente antagônicos..."

Hercília Fernandes, poeta, professora da Universidade Federal de Campina Grande (PB).

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"Brilhante malabarismo de palavras."

Emmanuel de Ceriz, escritor – Porto, Portugal.

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"Bela celebração linguística."

Juscelino Pernambuco, escritor, professor do Mestrado em Linguística na Universidade de Franca (SP).

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"E ainda dizem que os melhores escritores brasileiros da atualidade são fulano e beltrano. Precisam conhecer esse Cláudio."

Nilto Maciel, escritor – Fortaleza, CE.

Leia o poemaaqui.

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"O célebre escritor italiano Tomasi di Lampedusa classifica os escritores em gordos e magros. Gordos são aqueles que explicam tudo ao leitor escrevendo grandes volumes repletos de detalhes. Já os escritores magros são sucintos e obrigam o leitor a participar de sua obra, a fazer conclusões por si mesmo, a completar o que não foi dito, a buscar as entrelinhas. Pois bem, Cláudio B. Carlos é um escritor magro no melhor sentido do termo. Incita-nos a refletir, preencher espaços, participar de cada verso, a continuar ruminando as palavras para melhor digeri-las e entendê-las. Para um poeta não poderia haver melhor elogio. Que os leitores saboreiem este livro sem pressa, pensando e sentindo junto com o autor, pois este é um poeta que pensa."


Cleber Pacheco, poeta, contista, romancista, dramaturgo, crítico literário e artista plástico – Esmeralda, RS.

Orelha de Sentimento Hiato (2ª edição).

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"Terminei há pouco de ler Memórias do Jirau. Creio que é o teu melhor livro de poemas. Belo trabalho com a linguagem: regional sem ser clichê. Vou recomendar por aí."

Luis Fernando Ferreira, jornalista – Santa Cruz do Sul, RS.

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"Estou lendo. Gosto como a sua escrita é cheia de emoções intensamente sentidas e sofridas como que resultando de 'um arado rasgando a carne'. Por vezes gostaria de pular o oceano. Um grande abraço."

Emmanuel de Cériz, escritor – Porto, Portugal (sobre Lírica Fedentina).

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"Recebi agora o Estância dos Eucaliptos. Fiquei emocionado em ver os desenhos impressos... Espero também continuar a parceria... Grande abraço."

Gladstone Machado de Menezes, escritor (e ilustrador do livro Estância dos Eucaliptos) – Brasília, DF.

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"Meu caro amigo Cláudio! Muito obrigada por dar-me a oportunidade de ler teu livro Estância dos Eucaliptos. Adorei! Sou de Livramento e, apesar de ter sempre morado na cidade, tive muitas oportunidades de passar as férias em casa de colegas ou de parentes, na Campanha. Então, tua narrativa (de excelente qualidade) me deu a oportunidade de voltar àqueles tempos. (...) Me senti lá em Pampeiro (no interior de Livramento), na casa do meu primo, que trabalhava como meeiro. Eu era uma menina, da idade do personagem do teu livro. Assim como ele, eu gostava de ficar observando as pessoas."

Verônica Baumhardt – Porto Alegre, RS.

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"Cláudio B. Carlos, minha madrugada foi melhor com sua leitura. (...) as madrugadas não são lá muito gentis, mas suas palavras, mesmo quando não o são, vêm com algum alívio de quem andasse pelos desertos do mercado e BLAM, encontra uma rocha verdadeira de onde se sai a água mais límpida."

Nina Rizzi, escritora – Fortaleza, CE (sobre Estância dos Eucaliptos).

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"(...) Adorei seu estilo conciso, bem costurado, de frase enxuta, que lembra Graciliano Ramos. Puxa, como você escreve bem!"

Rinaldo de Fernandes, escritor, doutor em Letras – João Pessoa, PB (sobre Estância dos Eucaliptos).

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"Vou na segunda leitura de Estância dos Eucaliptos, de Cláudio B. Carlos, e estou 're'adorando."

Célia Silveira Santos – Lisboa, Portugal.

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“Excelente livro. Adorei realizar a leitura das narrativas que o compõem. Chorei, inclusive, ao lê-las, especialmente a que oferece título ao livro. Bom texto é isso: transporta, emociona, nos faz viver.”

Hercília Fernandes, poeta, professora da Universidade Federal de Campina Grande (PB) - sobre O uniforme.

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"Em seu blog, Cláudio B. Carlos informa, irônico, que é um 'poeta da nulidade', um 'filósofo do nada', mas ele sabe preencher essa nulidade ou nada com livros, muitos livros. (...) descobri O uniforme por acaso. (...) seus registros são muito pessoais, que alcançam um bom tom. Quero dizer com isso que não me parecem piegas, longe disto. (...) são corajosos exercícios de estilo, onde estão recolhidas memórias e experiências. Seriam invenções? Claro, mesmo memórias podem ser inventadas, mas algo de verdade sempre deve transparecer em narrativas deste tipo. Vou procurar outras cousas deste industrioso sujeito."

Aguinaldo Severino – Santa Maria, RS.

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“Contundente, irônico, tragicômico, deixa a gente com um sorriso amargo na boca. Cláudio B. Carlos consegue dizer muito com um mínimo de palavras e isso não é para qualquer um.”

Cleber Pacheco, poeta, contista, romancista, dramaturgo, crítico literário e artista plástico – Esmeralda, RS (sobre O uniforme).

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"(...) e estou vendo que você é um contista dos bons, hein?

Já li e levei uma bela cacetada, com 'O Uniforme', o primeiro miniconto do livro de mesmo nome. Magistral!

No segundo conto você mostra sua destreza com as palavras e a inteligência de seu jogo quando escreve:

'Sei de gente que dispara. Sei de gente que diz pára...'

Já deu pra ver que só vem coisa boa adiante...

Dei uma espiada em 'Quem ama o feio...' Mamamia... Maravilhoso! Curto e pontudo!

Abração."

Airo Zamoner, escritor e editor - Curitiba, PR.

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"Cláudio B. Carlos é de São Marcos – Rio Grande do Sul – e já publicou várias vezes. O Uniforme é a quinta obra desse poeta e prosador na minha biblioteca. 'Nessa noite tive medo de dormir solito. Enfiei-me sob o bichará, e como um filhotinho de guaipeca me aninhei no braço forte e aconchegante do pai, que ressonava, exalando um leve cheiro de cachaça. Adormeci.'

'Eu era guri e fiquei impressionado: como podia caber tanta água dentro daquilo que os doutores chamavam de torneira...'

'Da minha coleção de bolitas, a mais bonita era o olho de vidro do finado Alfredo.'

Essas algumas frases pinçadas, mostrando o sotaque e o humor de Cláudio. O livreto é pequeno, poucas páginas, mas denso e exalando a já reconhecida sensibilidade do autor. Vale a pena."


Do blog de Ordisi Raluz, escritor - São Paulo, SP.

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"Terminei a leitura de Um arado rasgando a carne.

Gosto muito da voz-criança das narrativas: 'A Santa', 'O Primo Agnes', 'O jantar do comendador'.

Do regional-universal(?):

'Réquiem para Adalberon', 'O Deus', 'Como gato que fica sem dono', 'taedium vitae' e do conto-título.

Parabéns!"


Gladstone Machado de Menezes, escritor – Brasília, DF.

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"Um arado rasgando a carne traz narrativas intensas. Algumas se desenrolam como alucinações, outras como um desabafo profundo, revoltado e transgressor. A cada narrativa percebe-se uma faceta, uma máscara singular do escritor, que se desdobra em substantivos e adjetivos delirantes que ora desvendam sonhos, ora escancaram a realidade. O que fica claro nos textos de Cláudio B. Carlos é que tem talento, que sabe trabalhar os símios e signos para alcançar seu objetivo: atingir o leitor."

Larissa Marques, escritora – Sobradinho, DF.

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"Saber escrever não é tudo: Cláudio B. Carlos sabe ser contista, do título ao desfecho. Vejamos 'Réquiem para Adalberon'. Em poucas linhas, pinta – parecem rabiscos, traços fortes, como se rasgassem a tela – um momento da vida de alguém (narrador sem nome explícito): a visão do corpo de Adalberon 'pendurado na velha figueira'. Nenhum comentário, nenhuma fala. Quase nada: 'Galinhas, ao derredor da casa, ciscavam alheias'. Mais duas ou três frases ('o enrolei no poncho e o plantei próximo aos eucaliptos') e fim do fim: 'O cusco seguiu-me na modorra da tarde que se extinguia...'.

No conto breve, o escritor precisa não ser apressado. Não contar tudo no título. Esconder do leitor o desenlace, sempre necessário. Conto não deve parecer notícia. Nesta, não interessam ao leitor as galinhas que ciscam no terreiro. No conto, são essenciais.

Há, em Um arado rasgando a carne, narrativas (assim Cláudio denomina suas pequeninas histórias) de alto teor literário, poéticas, insubstituíveis: 'Chão de pregos em brasa', 'O jantar do comendador', 'O que se chama amor', 'O Deus', 'Anandaiê', que destaco. Algumas curtinhas; outras, nem tanto. Cláudio B. Carlos não é um contador de histórias. É um contista."


Nilto Maciel, escritor.

Contracapa de Um arado rasgando a carne, 3ª edição (2012).

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"É tão raro a gente se deparar com o talento real, puro, genuíno, que quando ele nos aparece, ficamos sem ação um tempo. Com o Cláudio é assim. Cada frase, cada palavra, está no lugar exato onde deveria estar. E antes que você pergunte, não, essa precisão não tira o sentimento do que ele diz, não, ao contrário: acentua. Que venham muitos outros."


Fal Azevedo, escritora – São Paulo, SP (sobre Um arado rasgando a carne).

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"Um sábio disse certa vez: 'Toda idade tem seu encanto'. Este livro segue esta linha que te leva a dar uma volta pelas várias fases da vida e o faz com tanta cumplicidade que manda o leitor interagir com a história. O texto porta-de-entrada do livro revela o inconsciente do artista e, por conseguinte, aquilo que o move: a dor. O livro segue com belas narrativas-fantasia como 'O Deus' (uma prepotência deliciosa) e 'Chão de pregos...' (onde uma dor não física tenta ser explicada por dores físicas). Depois somos guris sofrendo, entendendo, lembrando, bolinando. Ora somos velhos ou inválidos, ora meros espectadores respirando os bons ares do campo até o livro se encerrar e saímos pela mesma porta que entramos. Um arado rasgando a carne é um livro tenso que demonstra que as coisas mais importantes da vida só podem acontecer pelo viés da dor e que isso pode não ser uma maldição, mas a própria vida. Uma grande obra para a língua portuguesa."


Cezar Sturba, poeta – João Pessoa, PB.

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"É um livro sutil, cândido e cabal sobre um garoto que vive entre o campo e a cidade, poesia prosaica, prosa refinada, tanto faz, é um livro de se ler duma sentada e de se levantar com gosto de chimarrão e jovialidade, faz da dor a beleza e da beleza a leveza sem cair na melifluidade, vai, chega, atinge, sacia, e também ensina sem querer, parabéns ao autor."


Everton Bortotti, escritor – Londrina, PR (sobre Um arado rasgando a carne).

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"Foi lido de uma vez só. Sem pausa para água - apesar de ter ficado com a garganta seca. Foi lido de uma vez só, num único final de tarde de garoa em São Paulo. Antes de a noite começar. Antes de ficar com a sensação de ter levado uma pancada no estômago.

Amigo CC, adorei Um Arado Rasgando a Carne. Textos fortes, temas interessantes, linguagem bacana. Meus preferidos: 'Chão de Pregos em Brasa', 'O Rato', 'O Primo Agnes', 'O Jantar do Comendador', 'Balada para Adonai Mellendez', 'O Deus', 'Anandaiê'.

Parabéns pelo livro. Mesmo.

Um abraço,

Edu."


Eduardo Baszczyn, escritor – São Paulo, SP.

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"É fascinante quando o autor consegue levar o leitor ao ambiente onde se passa a narrativa e ali o prender em uma trama de detalhes. É assim que me sinto ao ler seu livro. Parabéns!"

Leonardo Aver Pires, Caxias do Sul, RS (sobre Um arado rasgando a carne).

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"Só posso dizer que recomendo, sinceramente. Excelentes textos em prosa, sempre precisa, madura, esteticamente bem construída e com momentos de verdadeiro brilhantismo."

Celso Boaventura, poeta – Natal, RN (sobre Um arado rasgando a carne).

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"O livro é para quem gosta de perder a respiração. Os retratos humanos propostos são de uma beleza e força ímpar. (...) o que devo dizer é que não é livro para uma só leitura, tem que se retornar nele de vez em quando, até decorá-lo. É o que faço com Dalton Trevisan, Hilda Hilst, e vou fazer com o teu livro."

Rubens da Cunha, poeta – Joinville, SC (sobre Um arado rasgando a carne).

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"Caro Cláudio!

Com muito prazer, tive a boa surpresa de receber o teu livro de narrativas. Narrativas densas e saborosas, que li de um só galope."

Roberto Fonseca, escritor – Brasília, DF (sobre Um arado rasgando a carne).

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"Olá!

(...) encontrei em uma livraria aqui em Jaraguá do Sul, SC, um livro seu: Um arado rasgando a carne. Lembrei-me do que já havia lido no blog e adquiri o livro, e não me arrependi!

'não sei nominar o que sinto

que nome se dá a um

arado rasgando a carne?'

abraços."

Ítalo Puccini, escritor – Jaraguá do Sul, SC.

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"Caro amigo,

Fiquei realmente muito contente ao receber o seu livro. Achei interessante o fato de classificar os seus textos como 'narrativas', em vez do tradicional 'contos'. Aliás, dizendo melhor, você buscou evitar as classificações. Outro motivo do meu contentamento foi o fato de encontrar força e qualidade em sua escrita. (...) cenas chocantes e de impacto, certo lirismo, um certo pessimismo, diga-se de passagem.

Felicito-o e aguardo novas produções."


Cleber Pacheco, poeta, escritor, mestre em Letras - Esmeralda, RS (sobre Um arado rasgando a carne).

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"(...) o livro proporciona uma leitura gostosa, faz com que o leitor viaje nos contos narrados por Cláudio B. Carlos. (...) é um livro inteligente..."

Lucas Mauro Lazzaron – Caxias do Sul, RS (sobre Um arado rasgando a carne).

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"Li hoje numa sentada 'Um arado...' (...) teu livro é um estopim. Ele desencadeia histórias que são plantadas e colhidas, embora não percebamos essa colheita. Nossa vida caminha numa carreira tão frenética que não temos consciência do chão que pisamos e semeamos. Não temos controle sobre nada, nem mesmo sobre os sentimentos. Eu gostei dessa ambientação na maioria de tuas narrativas: o rural, o campo, a montaria... (...) a perversidade e o sarcasmo atravessam o teu texto. É interessante porque não dá pra levar tudo a sério. Tem circunstâncias na vida em que deveríamos simplesmente ignorar a importância de tudo, sem razões, sentimentos e suspeitas. Ser frio e insípido. Mas não por mal, apenas para provocar a vida mesmo. Ser aquele rato morto que cai sobre o jantar...

Abraço."


João Batista (JB) - Joinville, SC.

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"Adorei O uniforme e Um arado rasgando a carne! Muitíssimo obrigado! Sua literatura é forte e das boas. Um grande abraço."

Mara Paulina Arruda, escritora – Chapecó, SC.

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"João Pessoa, 19 de junho de 2012


Cláudio B. Carlos


Gostei imensamente de O Uniforme e de Um Arado Rasgando a Carne. Havia muito não via histórias curtas tão densas. Lembram-me – por essa densidade e pela concisão – as peças igualmente breves, de Beckett. Lembram-me, pelo modo como você nos situa quase sempre numa realidade que não conhecemos e, de repente, conhecemos com minúcia, a técnica do non finito das artes plásticas. Veja isso no começo de uma dessas narrativas:


Das lembranças que tenho, a que sempre me vem COMO UM SONHO recorrente, É A DO PIJAMA AZUL de meu pai.


Isso me leva diretamente a um guache-aquarela de Egon Schiele – Esta Laranja era a única luz.


Você parece querer confirmar isso no final de 'Um Amor Distraído':


E conseguia perceber NO MEIO DO IMENSO NADA, a DISTRAÇÃO.


Ou seja: seus textos, imensamente bem escritos, descritos, nos põem de imediato num breve momento da vida gaúcha, quase sempre de um passado remoto, da infância, com aquele jogo precisão/imprecisão da memória de alguém consciente agora, sobre o que houve num tempo distante em que vivia mais do que analisava a vida.


De repente, plaft: o rato que cai na mesa durante a janta, na agonia nojenta mas finalmente engarfada.


De repente, o minúsculo mas exato ruído das patas da barata na madeira, 'como o de unhas batendo alternadas numa mesa'. E seu texto certeiro comenta: 'Ela era elétrica, rápida'.


O que melhor do que isto, em 'Balada para Adonai Mellendez'?:


morrera sentado, infiltrado pela mistura dos cheiros: cachaça, suor, nicotina, porra. e o cigarro queimara entre os dedos murchos.


Ou, em 'A Caravana Passa':


Fechou o zíper, puxou a descarga, voltou ao espelho e com o pente de um e noventa e nove, que retirara do bolso de trás da calça, penteou meticulosamente os cabelos estilo sertanejo pop.


Em 'O Corpo', o enevoado toma conta de tudo, com o personagem de olhos fechados. 'Ouço o barulho da rua ao longe, através das pálpebras cerradas sinto a luminosidade da televisão ligada (OUÇO AS VOZES AO FUNDO COMO SE ESTIVESSE COM A CABEÇA DENTRO DE UMA LATA), não consigo abrir os olhos, A CAMA PARECE FLUTUAR LEVEMENTE'.


Em 'A Santa', uma descrição soberba de algo também insignificante:


Uma medalhinha amassada com a imagem de uma santa que carrega um guri no colo.


Só vi algo tão bonito, a respeito disso, em Vinicius:


Lá vai São Francisco

Pelo caminho

Levando ao colo

Jesus Cristinho


Mais um detalhe insignificante que se torna tão poderoso quanto um garfo de Oldenburg:


Deu entrevero de gente. Todos queriam ver o resultado de mais de trinta dias de trabalho. (...) No centro, um dos engenheiros desatarraxava a geringonça. Eu era guri e fiquei impressionado: como podia caber tanta água dentro daquilo que os doutores chamavam de torneira...


Trabalho de mestre, Cláudio!"


Carta de W. J. Solha - romancista, poeta, artista plástico e ator de teatro e cinema (João Pessoa, PB).

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"Bocó de Mola reúne três livros breves de Cláudio B. Carlos (CC): O Desnascer do Nada, O Espelho de Narciso e O não-verbal. Produção independente, feita em casa, e, sobretudo, em edições invendáveis. Talvez seja este o adjetivo que melhor qualifica a poesia de CC. Não o invendável do hermetismo, da impossibilidade de ser lida por não eruditos, da poesia pretensiosa feita para três ou quatro iniciados, mas o invendável do poema que não se entrega, não arrefece nem alivia o grito. É uma poesia de posições firmes, mas não rígidas ao ponto de perderem o lirismo e caírem no panfletário: 'Sabes por que não temos/ oportunidades na vida?/ Porque elas estão nas novelas.' Denunciadora da condição humana, tanto em sua miséria, quanto em sua leveza. Poesia que não se vende às mentiras estabelecidas como verdades irrefutáveis ou às superficialidades inerentes ao nosso tempo. A linguagem de CC grita breves versos, quase como se fossem verbetes concentrados, definidores de si: 'Sou/ como o pão/ que nasce aos murros/ morre às facadas/ e nunca basto/ pra tamanha/ fome', da poesia: 'POESIA/ é o limite/ entre tristeza e contemplação', ou ainda uma das melhores definições do que é viver que já li: 'Viver é um eterno jus esperneandis'. Assim, seu olhar traz e traduz subjetivamente vários outros temas: o mundo, a política, o nada, Deus, a vida mesma nas suas esferas múltiplas de desordem e beleza.

Os poemas se espalham sobre a página. Outro aspecto interessante dessa obra é que ela expõe um poeta que habita fronteiras, não geográficas, mas existenciais: um tanto amargo, um tanto doce, um tanto irônico, um tanto esperançoso, um tanto certeza, um tanto névoa. É com essa dualidade que vamos observando detalhes ínfimos como uma geladeira que resmunga na cozinha, talvez pelo vazio que sente, ou a nossa antiquíssima mania de juntar quinquilharias, até que num dia de mudança percebemos que as coisas 'já não cabem no caminhãozinho do Godofredo', ou a existência de Deus comprovada na língua de um cachorro. Há também nesse Bocó de Mola uma investigação interna, ou o que poderia se chamar uma exteriorização da alma, para tanto a voz poética transita entre dúvidas e imperativos: 'HÁ QUE SE PÔR/ UM POUCO DE SAL/ G R O S S O/ PRECISAMOS IR AO FUNDO/ PRA SAIRMOS DO POÇO/ SOMOS TÃO INSIGNIFICANTES/ DIANTE DE TUA PORTA/ SOMOS TÃO NADA/ DIANTE DA VIDA/ DA MORTE'. 'Como me saber se é tudo um grande nada?'.

O leitor, que não seja um bocó de mola, transitará nesse território, identificando-se, tomando parte no grito proferido nesses poemas. Irá se assumir como parte integrante da poesia invendável de Cláudio B. Carlos."

Rubens da Cunha

Poeta e escritor.

Orelha do livro Bocó de Mola.

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"O poeta Cláudio B. Carlos veio até mim há alguns anos através de um livro: Um arado rasgando a carne. A leitura trouxe impacto. Eu que vivo no estremecimento, senti vibrar dentro. Eco que procuro em leituras e de leitura em leitura vou colhendo – trigo entre o joio, trigo entre o joio. Lembro que li Um arado rasgando a carne e o coloquei entre os livros – trigos maduros.

A poesia em nossos dias pode ser mesmo 'A Estrela na Sarjeta'. Esplendor sem fim acima de nossas cabeças. Algumas pessoas só lembram que ela existe quando encontram uma poça de água suja e ali encontram uma pequena luz refletida. Bastava levantar o olhar e deixar cair chuva de estrelas/poesias em suas cabeças.

Alguns vivem encharcados dessa luz e seguem derramando gotas/estrelas.

Poemas da Nulidade derrama estrelas sobre estrelas. O livro canta a maldição de ser poeta:

POETAS SEREMOS

bicho-de-goiaba goiaba é?

M

A

L

D

I

Ç

Ã

O

corpo de estranheza num ambiente...

O ambiente da poesia do Cláudio B. Carlos passa distante dos jardins assépticos.


O poema longo que abre o livro – 'A estrela na Sarjeta' – traz o Agenor – mamado, desmilinguido, fraquinho e torto. Os personagens deste poeta são retirados da realidade mais nua. O Bicho-Homem. A lembrar que a Poesia pode ser tanto água pútrida quanto Perrier. E entre poemas-narrativas e mil indagações estes Poemas da Nulidade traçam a certeza que a poesia trafega entre o nada e a flor:

Aqui não nascem flores

o chão é concreto

é chã

cimento

Assim abre a certeza na série 'Fractal | Variáveis sobre o mesmo tema ou sobre tema nenhum'. Ainda que pela meia-noite os ratos arranhem a madeira a poesia insiste em se espalhar sobre a mesa, nesta certeza:

& o que será amanhã

macieira em flor

pomar

as mudas crescendo caladas

O ser humano este 'Nada' narrado em poesias. O Nada de Fernando Pessoa que abre a Poesia – 'Tabacaria':

Não sou nada.

Nunca serei nada.

Não posso querer ser nada.

À parte isso, tenho em mim todos os sonhos do mundo.

O Nada (ninguém) de Emily Dickinson:

Não sou Ninguém! Quem é você?

Ninguém — Também?

Então somos um par?

Não conte! Podem espalhar!

Estas poesias dos meus ícones bailam em ondas em minha memória enquanto leio Poemas da Nulidade. Mar de certeza da pequenez humana que encontram eco neste livro.

O homem é o cão do homem na sua vida de boi...

Este pequeno livro fragmentado de estrelas, homens reais e certezas. As interrogações do poeta apontando as frustrações desde o Agenor – o bêbado da poesia que abre o livro – até a criança que espatifa agarrafa de Coca-Cola na calçada e assiste aos cães lambendo o líquido ansiado.

Os sonhos caindo na calçada e na sarjeta, estrelas molhadas de lodo.

O poeta é este ser que questiona o mundo e a humanidade em cada cena. E sabe que é:

MENDIGO o poeta deve ser maltrapilho

assim condiz com a realidade

(...)

não me chame pelo nome me xingue de poeta

Só o poeta sabe o estranhamento que causa. Bicho de goiaba. Palavrão em carne viva, segue moldando a palavra e estendendo a alma sobre a mesa."

Bárbara Lia

Poeta e escritora

prefácio de Poemas da Nulidade (2ª edição, 2011).

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"Recebi o seu livro Liberdade Vigiada e apoio totalmente sua iniciativa, mais uma vez. Aproveito para dizer que em seu livro mais recente você conseguiu ser conciso e preciso, e nos poemas maiores você manteve a palavra exata com muita felicidade. Sempre incisivo e contundente."


Cleber Pacheco, poeta, escritor, mestre em Letras - Esmeralda, RS.


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"Prezado escritor,


Agradeço pelos livros de poesia que remeteu. Andei lendo e observei o seguinte: textos com metalinguagem, erotismo (às vezes com toques agressivos, ou ao menos, crus), jogos de palavras, textos mais líricos, toques de concretismo. No geral, senti um amadurecer. São textos curtos, incisivos sempre. Há reflexão, questionamento, provocação. Felizmente você não é um conformado. Nem se acomoda. Gostei da ideia de fazer os livros em casa. O projeto gráfico é bom. As capas são simples e belas. Achei ótimo esse seu projeto. Pessoalmente, prefiro o temporais atemporais tempo temporão, mas isso é só uma questão de gosto."


Cleber Pacheco, poeta, escritor, mestre em Letras - Esmeralda, RS.

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"A Pedra da Realidade: 'Para sonhos de papel / o peso / da pedra da realidade'.

Assim começa uma viagem sem retorno ao mundo da realidade poética, pintada por Cláudo B. Carlos.

São poesias com contextos realistas traduzidos em tons intimistas, apresentando o cotidiano, o sexo, a vida, com humor e muita beleza.

Jogos de palavras, brincadeiras com a rima e poesia visual convidam à reflexão e ao prazer sensorial.

Sua poesia transcende ao papel. Alça voo. E com ela, a imaginação do leitor.

Como se tudo isso não bastasse, um charmoso livro feito em casa, pelas mãos do próprio autor...

Parabéns, Cláudio e... muito sucesso!"


Caroline Schneider, escritora e tradutora – Curitiba, PR.

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"Cláudio querido,

Pude acompanhar seus escritos através do seu blog e isso só fazia aumentar minha vontade de ter o livro 'em carne e osso'.

Minha alegria é agora completa, pois folheando vou sentindo suas palavras ora fortes ora suaves formando poesias que chicoteiam a imaginação.

Deliciosamente artesanal, motivo para maior admiração."


Márcia (clarinha), Rio de Janeiro, RJ - sobre A pedra da realidade.

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“Somente uma alma genuinamente boa seria capaz de escrevê-lo sem se perder no didatismo.”

Hercília Fernandes, poeta, professora da Universidade Federal de Campina Grande (PB) - sobre O aprendiz de poeta.

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“Literatura infantil para gente grande.”

Célia Silveira Santos – Lisboa, Portugal (sobre O aprendiz de poeta).

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“Ler O aprendiz de poeta recordou-me do quanto a poesia é janela para a alma. Nando, vendedor de rosas, representa, na verdade, o eterno aprendiz que somos no ofício de viver e poetizar a vida. O Pessoa. O Bandeira. A imagem do poeta ‘sendo poeta’. Que livro maravilhoso. Grãos de encanto no ar. Obrigado por fabulosa sensibilidade!”

Abraão Vitoriano, poeta – Santa Helena, PB.

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“Belo livro! O Abel é a sua cara, Cláudio B. Carlos. Ou seria o contrário? O Aprendiz de Poeta é muito bacana.”

Flávio Otávio Ferreira, poeta – Araxá, MG.

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"Devorei O Aprendiz de Poeta. Que bela ideia! Adorei o Nando terminando o livro ao repetir a trovinha de Fernando Pessoa.

Excelente! Gostosamente didático ao definir a indefinível poesia... Parabéns!"

Airo Zamoner, escritor e editor – Curitiba, PR.

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"Amigo Cláudio B. Carlos,


Recebi os teus livros os quais te agradeço do coração. Li O Aprendiz de Poeta e gostei muito. (...) O teu livro O Aprendiz de Poeta deu-me várias ideias de como escrever um livro em linguagem bastante simples e acessível ao público em geral.

Um grande abraço deste teu amigo do outro lado do Atlântico."

Emmanuel de Cériz, escritor – Valadares, Portugal.

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"O Aprendiz de Poeta é meigo, lindo, e será lido por todas as crianças aqui e com um agravante: sou amiga do Abel, que tem o cavanhaque igual ao do meu filho Lucas, fazendo Manhã Clara, sua menina de 1 ano e 4 meses, chamar sua caricatura de papai, rsssss.

É isso, meu querido, iniciativa nota mil, parabéns pelos trabalhos e criação!

Beijosssssss."

Márcia (clarinha), Rio de Janeiro, RJ.

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O aprendiz de poeta, de Cláudio B. Carlos, é livrinho de criança, principalmente as de vinte a quarenta anos de idade. As ilustrações de Fredy Varela lembram tempos antigos, de crianças a chupar picolé e adultos de olho em pipas no ar. A dicção de Cláudio não é infantil ou infantiloide. O personagem principal é Fernando e não Chico Pançudo ou Toquinho de Amarrar Onça: ... ‘vez em quando, após uma fungada, passava as costas da mão no nariz’. Nos diálogos, o leitor brasileiro (exceto o sulista) poderá encontrar alguma dificuldade, ante o tratamento usado pelo menino Nando e o versista Abel. Como na pergunta: ‘Abel, tu não anotas os poemas que tu crias?’ As crianças brasileiras, na sua maioria, fariam a pergunta assim: ‘Abel, você não anota os versos em papel?’ A presença da poesia de Manuel Bandeira e Fernando Pessoa na trama de O aprendiz de poeta poderá dar noção de pedantismo do gaúcho. Com a escola de hoje e essa mania dos educadores de se servirem apenas do jargão ditado pela televisão e pelo sociologismo moralista (aquele dos professores e doutores analfabetos, repletos de preconceitos tão nocivos quanto os que querem combater, e segundo os quais Monteiro Lobato é um mal), o opúsculo de Cláudio poderá terminar encalhado, se não for tachado de ‘fora da realidade’.”


Fortaleza, 24/26 de janeiro de 2014.

No blog de Nilto Maciel, escritor.

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“(...) livro que faz parte de formação da minha filha! CC é o maior e o melhor!”

Bianca Wandt, Niterói, RJ (sobre O aprendiz de poeta).


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O Homem do Terno de Vidro, do escritor Cláudio B. Carlos, pode ser lido de várias maneiras. Podemos considerar o livro como a reunião de três novelas interligadas. Podemos ler como um romance. Dependendo do ponto de vista, pode ser o relato de três viagens diferentes, de uma só viagem específica, de qualquer viagem. Mas em tudo diferente da tradicional literatura de viagem. É um texto original e inquietante, que oferece muitas possibilidades de leitura e de interpretação.

O viajante está em busca de algo, de um novo lugar, de uma nova possibilidade, talvez. Sobretudo, busca o sentido da vida, de sua existência, busca compreender de onde vem a sua dor, a sua sensação de desajuste, de ser gauche na vida, como diria o poeta Drummond. Ele conversa com um interlocutor desconhecido, mas não há diálogo. Trata-se de um monólogo, pois o personagem não encontra respostas para seus anseios, conflitos, para o seu drama existencial. A vida não lhe fornece maiores explicações. Nem as pessoas. Nem as suas experiências. Nem Deus. A pergunta, nunca respondida, vai lhe corroendo as entranhas num questionamento que nunca cessa. Trata-se mais de uma conversa consigo mesmo. As palavras expressam um desespero que está sempre presente, mas nunca leva a uma atitude extrema. Sempre remete à palavra seguinte, ao parágrafo seguinte, à viagem seguinte. Como Sísifo, o personagem está condenado às repetições. A angústia torna o suicídio algo iminente, mas que não se concretiza e que permanece enquanto possibilidade sempre à espreita. No entanto, nem mesmo isso representa uma saída ou uma solução. O que há, de fato, é a danação.

As tentativas de organizar a experiência e o mundo de um modo quase enciclopédico reforçam a quase inutilidade do conhecimento. A antiga máxima de Pitágoras ─ do Conhece-te a ti mesmo ─ não é redentora, não apresenta nenhuma possibilidade de salvação. Existir é desbravar a própria angústia.

Sem dúvida é um livro recomendado para quem aprecia a verdadeira literatura e não se satisfaz com a mediocridade editorial que assola nossos tempos. Afinal, grandes autores sempre exigem a participação do leitor, fazendo-o refletir, coisa que poucos estão conseguindo realizar neste século XXI.

Cláudio B. Carlos é um nome para ser lembrado. E que o tempo lhe faça justiça porque ele realmente merece.”

Cleber Pacheco, poeta, escritor, crítico literário, mestre em Letras - Esmeralda, RS.


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“Uma pequena grande obra. Livro belo, belo! Deve, merecidamente, ser adotado pelas escolas!”

Hercília Fernandes, poeta, professora da Universidade Federal de Campina Grande (PB) - sobre O aprendiz de poeta.


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“Cláudio, camaradíssimo...

(...) O que as (h)estórias têm de curtinhas (e talvez por isso mesmo), têm de impactantes, disparos à queima-roupa.

Grande abraço tigelétrico, muito grato. Novidade havendo, de seu conhecimento será. Até.”

O Poeta de Meia-tigela – Fortaleza, CE - sobre O uniforme.

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“Oi, Cláudio B. Carlos! Parabéns pelo seu livro! Eu e minha mãe lemos e ficamos encantadas com suas narrativas. Em especial ‘As tias velhas, os primos rudes’. Você escreve com humor e profundas reflexões e observações, mesmo em poucas frases! Muito bom! Continue escrevendo! Um abraço.”

Alexandra Scotti, cantora e compositora – Curitiba, PR - sobre O uniforme.

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“Nessas andanças a gente encontra algumas pérolas. Dia desses recebi este livro pelo correio. O Uniforme, que o Cláudio B. Carlos havia me enviado com seus escritos. Coisa boa ver coisa boa. Que massa o manejo com as palavras e os temas abordados em cada rabisco de pensamento.”

Santiago Neto, músico – Porto Alegre, RS.


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“Este livro de narrativas é sensacional! Me identifico com a crueza melancólica e subversiva do escritor. Recomendadíssimo! Valeu demais, querido Cláudio B. Carlos. Muito obrigado.”

Leo Campos, músico – Valparaíso de Goiás, GO - sobre O uniforme.

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“Oi, Cláudio, tudo bem? Como você está? (...) tenho lido e relido seu livro. Faço isso sempre, não só com o seu, mas com a maioria dos livros que recebo, de poetas novos como eu. Para mim, a poesia leva tempo e, quanto mais leio esses livros, mais vou compreendendo os poemas, de forma ampla. Alguns, como o seu, conforme mais vou lendo, mais vou compreendendo e gostando. (...) Precisei tempo para ir penetrando e percebendo o valor dos seus textos, afinal não é uma leitura fácil, e é disso que gosto. Gosto de ler novos autores, pois me inspiram em meus escritos também, por isso sempre leio esses livros antes de dormir. Penso que a poesia deve ser apreciada assim, através do tempo e com calma. Tem algo de inusitado em seus textos e ao mesmo tempo são simples e diretos, mas o inusitado tem um grande valor neles. São uma abertura ao mistério.”

Felipe Stefani, poeta e ilustrador – Rio de Janeiro, RJ (sobre O uniforme).

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“ENCANTADA e AGRADECIDA, Cláudio B. Carlos! Quem me dera ‘palavrear’ com tamanha maestria! O Uniforme e Estância dos Eucaliptos já namorados, agora em romance com O Homem do Terno de Vidro! Obrigada!”

Teresinha Carlos Giacomini, professora – Formigueiro, RS.

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“Acabei de ler, agorinha, Poemas Hiperbólicos do Fim da Pampa, muito bom!”

Marcelo da Veiga, escritor – Rio de Janeiro, RJ.

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“Meu caro amigo Cláudio! Como sou uma ‘senhôra’ que já viveu muito tempo (já trabalhei com mimeógrafo e até fiz cursinho de telex), não tinha conseguido até agora acessar teu novo livro, que tu, tão gentilmente me enviaste em PDF. Agora que adquiri a versão impressa e o tenho em mãos, posso te dizer que ADOREI! Teu trabalho me encanta, tanto em verso (como este) como em prosa. Parabéns! Estou muito feliz em poder sempre acompanhar teu trabalho, ao longo dos anos.”

Verônica Baumhardt, professora – Porto Alegre, RS (sobre Poemas Hiperbólicos do Fim da Pampa).


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“Tchê, com muito atraso (em função de umas leituras obrigatórias e outras prometidas) acabei de ler o teu livro. É uma delícia. Tem, ao mesmo tempo que a abstração, uma construção de imagens que até eu, que não sou leitor de poesia (não tenho essa alma sensível) consegui entender. E a capa fecha totalmente com o último poema, o do inventário das coisas de que o cara exilado em BH sente saudade. Muito obrigado pelo presente.”

Leonardo Brasiliense, escritor – Santa Maria, RS (sobre Poemas Hiperbólicos do Fim da Pampa).

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“É um senhor livro, Cláudio B. Carlos. São poucos os livros que pego pra reler. Assim, nem preciso repetir que tenho enorme apreço por sua obra. Que os Céus o bendigam com o merecido êxito. Bênçãos.”

Z.A. Feitosa, poeta e escritor – São Paulo, SP (sobre O homem do terno de vidro).

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“Estou gostando muito do que leio. É possível, sim, invertendo a paráfrase, que seja o livro da minha vida, por mais que possa não parecer.”

Hercília Fernandes, poeta, professora da Universidade Federal de Campina Grande (PB) - sobre O homem do terno de vidro.


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“CLÁUDIO B. CARLOS

Quando recebi seu livro com pequenos contos, diante do endereço no envelope, em Ouro Preto, supus que se tratava de um escritor mineiro. Engano. É um ótimo contista gaúcho, nascido em São Sepé. Excelentes, surpreendentes, seus pequenos contos.”

​Jerônimo Jardim, músico, compositor e escritor – Porto Alegre, RS (sobre O uniforme).

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“Hoje li um poema teu, no Facebook, que também gostei muito.

O tempo, a vida, as experiências, tudo isto junto e misturado te tornaram um poeta excepcional.

Na verdade, um dos melhores que eu conheço. E isto me deixa imensamente feliz.”

Mauro Ulrich, jornalista e escritor – Santa Cruz do Sul, RS.