Domínios: Desenvolvimento sustentável e Educação ambiental
Temas: Vida Terrestre e Extinção de Espécies Animais
Este trabalho foi desenvolvido no âmbito do projeto de Cidadania e Desenvolvimento, pela turma 11ºI, tendo como objetivo dar a conhecer espécies em extinção, nos diferentes continentes.
Considera-se que uma espécie está extinta quando o último exemplar conhecido morre sem deixar nenhum herdeiro genético. Existe o mito da regra dos 50 anos que afirmava que se uma espécie não for vista durante esse período é considerada extinta, mas na realidade não existe uma margem específica de tempo. Determinar se alguma espécie está totalmente extinta é complicado, pois em algumas ocasiões foram descobertos exemplares de espécies consideradas extintas, é o fenómeno conhecido como Taxon Lazarus.
Para confirmar o desaparecimento de alguma espécie é fundamental consultar a Lista Vermelha da União Internacional para a Conservação da Natureza (UICN). Este documento, lançado há mais de meio século, junta informações de biólogos especialistas, conservacionistas e estatísticos para registar o estado de conservação das espécies.
Atualmente podemos distinguir dois tipos de extinções segundo a forma em que uma espécie desaparece:
Extinção filética ou pseudoextinção:
Uma espécie desaparece dando origem a outra mais evoluída.
A espécie inicial (ancestral) considera-se extinta, mas a sua linhagem permanece.
Não ocorre um aumento ou redução da diversidade.
Extinção terminal:
Uma espécie extingue-se sem deixar descendentes. Portanto, a diversidade diminui. Subdivide-se em dois tipos:
Extinção de fundo (ou normal):
Desaparecimento progressivo e contínuo ao longo do tempo.
Extinção em massa:
É global e com um fator desencadeante comum. Deve ser rápida e afetar um grande número de organismos não relacionados entre si. Para exemplificar, podemos citar os dinossauros.
Mais de 99 % dos organismos que viveram na Terra já não existem. Em linhas gerais, as espécies extinguem-se pelas seguintes causas:
Por um lado, as espécies com populações pequenas correm maior risco de extinção. Por outro, a seleção natural faz o seu trabalho mantendo as características genéticas benéficas e eliminando as deficientes. Existem animais com bom património genético, são fortes, com maior adaptabilidade a circunstâncias exógenas não previstas, e outros mais fracos.
A mão do homem é uma causa direta da extinção de espécies: dos oito milhões existentes, um milhão está em perigo devido ao excesso de exploração dos recursos terrestres e marinhos. Além disso, uma quinta parte da superfície terrestre está degradada — as florestas hospedam mais de 80 % das espécies terrestres — e o lixo marinho e a acidificação causam estragos nos oceanos.
A introdução de espécies exóticas invasoras de forma artificial, intencional ou acidental, em habitats que não são os seus pode alterar a biodiversidade dos ecossistemas. Os novos habitantes deslocam as espécies nativas que, na pior das hipóteses, morrem e extinguem-se. Na Europa, segundo a ONU, uma de cada três espécies está ameaçada de extinção na sequência disso.
O aumento da temperatura global e do nível do mar tem um impacto negativo na biodiversidade. De acordo com a ONG WWF, a metade das espécies de plantas e animais nas áreas naturais mais ricas do mundo poderia sofrer uma extinção local no final deste século devido às mudanças climáticas. Mesmo não ultrapassando os 2 °C estipulados no Acordo de Paris, 25 % das suas espécies poderiam desaparecer.
O mercado negro, que movimenta entre 8 e 20 biliões de euros por ano, coloca em cheque mais de 300 espécies que já estão à beira da extinção. Segundo o World Wildlife Crime Report, elaborado pelo Escritório das Nações Unidas sobre Drogas e Crime (UNODC), mais de 30.000 elefantes, 100 tigres e 1.000 rinocerontes são assassinados a cada ano.