Breve descrição botânica: Planta perene, ereta, muito folhosa. O rizoma – com a superfície cinza-azulada e o interior branco-amarelado, é alongado e curvado para baixo, tem inúmeras ramificações laterais finas. As folhas saem diretamente do rizoma, chegam a 1m de comprimento e até 20 cm de largura. As hastes florais surgem após a queda das folhas, com inflorescências em forma de espiga de até 15 cm de comprimento verdepálido, com rosa nas pontas. O fruto é uma cápsula lisa, irregularmente deiscente, as sementes elípticas têm um arilo branco. A planta toda tem sabor amargo e cheiro de cânfora com notas de cardamomo e gengibre. É nativa da Índia, no Brasil é mais conhecida pelo uso de seus rizomas, que devem ser colhidos quando a planta perde totalmente suas folhas após a floração.
Nome científico: Curcuma zedoaria (Christm.) Roscoe.
Nome popular: Zedoária, falso açafrão,,açafroa, açafrão-da-índia, açafroeira, açafrão-da-terra, zedoária, batatinha-amarela, gengibre-de-dourar, gengibre-dourado, gengibre amarelo, mangarataia.
Família: Zingiberaceae.
Local onde a espécie pode ser encontrada no Brasil: cresce espontaneamente em altitudes das regiões tropicais, onde o clima é temperado e úmido. Prefere solos areno-argilosos, bem drenados e soltoscresce espontaneamente em altitudes das regiões tropicais, onde o clima é temperado e úmido. Prefere solos areno-argilosos, bem drenados e soltos
Habitat: Nativa da Índia, o rizoma da zedoária é usado popularmente em perfumaria e como um condimento
Hábito: subterrâneo
Órgão da planta utilizado: rizoma
Princípio (s) ativo (s): Óleo essencial (1 a 1,5%) composto principalmente de a-pineno D-canfeno, 1,8-cineol, D-cânfora, D-borneol, álcool sesquiterpênico, zingibereno, dimetoxicurcumina, bisdimetoxicurcumina, curcolonol, guaidiol, elemano, cadinano, eudesmano, guaiano, curcumina, zedoarona, curzerenona, etil-p-metoxicinamato, espirolactonas (curcumanolídeo A e B); sesquiterpenos; pigmento azul; amido, resina, vitaminas B1, B2, B6; sais minerais.
Forma (s) farmacêutica (s): Infusão: colocar 1 colher de chá de rizomas finamente fatiados em uma xícara e adicionar água fervente. Tomar em jejum e antes das principais refeições, como estomáquico. Para os casos de afecções pulmonares (expectorante, tosse, bronquite) colocar 3 colheres de chá de rizomas fatiados em uma xícara de água fervente, depois de morno adicionar mel e tomar 1 colher de sopa 3 x ao dia.
Posologia e Modo de Usar:
em ação tônico estimulante, carminativo, expectorante, diurético, rubefasciente, calmante, colerético, colagogo, antisséptica e antifúngico. Sendo indicado para gastrite, úlceras, mau hálito, intoxicação alimentar, flatulências, gota, cálculos renais, hipercolesterolemia, insônia, tosse, bronquites e piorreia alveolar. Atua principalmente no trato digestivo, promovendo seu bom funcionamento, pois inibe a secreção do ácido gástrico e aumenta a secreção biliar, evitando a azia e a má digestão, prisão de ventre, cólicas e gases intestinais e estomacais. É indicado na prevenção e tratamento de úlceras gástricas e duodenais, bem como nas doenças de fígado (cálculo biliar e colesterol alto). Atua contra o mau hálito, proporcionando uma agradável e duradoura sensação de frescor em todo o trato digestivo superior. É um poderoso depurativo do sangue ativando a circulação e promovendo ampla desintoxicação do organismo.
Uso interno
- Rasura: duas colheres de sopa para um litro de água, tomar de 50 a 200 ml ao dia.
- Extrato seco: 80 mg duas vezes ao dia.
- Pó: 1g por dose, duas a três vezes ao dia.
- Tintura: 5 a 25 ml ao dia.
- TM: 20 a 50 gotas ao dia.
Referências:
https://hortodidatico.ufsc.br/zedoaria-ou-acafrao-da-india/
https://dermomanipulacoes.vteximg.com.br/arquivos/Curcuma_Zedoaria.pdf