Breve descrição botânica: O mangarito, pertencente à família Araceae, é nativo do Brasil e ocorre em sub-bosque na Mata Atlântica. É uma hortaliça herbácea, tuberosa e perene, com porte de até 60 cm de altura, pecíolos eretos e folhas membranosas, delicadas e flexíveis, que secam no inverno ou em períodos de estiagem.
Nome(s) vulgar(es): Taioba, taro-do-mato, mangará, nabo-do-mato, inhame-mirim, coração-roxo, malanga, chonque.
Família vegetal: Araceae.
Local onde a espécie pode ser encontrada no Brasil: O mangarito (Xanthosoma sagittifolium) é uma planta nativa da América Latina e é comumente encontrada em várias regiões do Brasil. Ela pode ser encontrada principalmente em áreas tropicais e subtropicais, especialmente em regiões úmidas e úmidas, como florestas tropicais, matas ciliares, margens de rios e áreas alagadas. No Brasil, você pode encontrar o mangarito em estados como Pará, Amazonas, Acre, Rondônia, Maranhão, Piauí, Bahia, Minas Gerais, Rio de Janeiro, São Paulo, Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul, entre outros. Ele tende a crescer em condições de sombra parcial a plena luz do sol, em solos úmidos e bem drenados.
Principais componentes benéficos para a saúde (vitaminas, minerais, etc): Vitaminas: O mangarito é uma boa fonte de várias vitaminas, incluindo vitamina A, vitamina C, vitamina E, vitamina B6 e ácido fólico (vitamina B9). Essas vitaminas desempenham papéis importantes no sistema imunológico, saúde da pele, visão, função cerebral e metabolismo. Minerais: Ele também contém uma variedade de minerais essenciais, como potássio, cálcio, ferro, magnésio e fósforo. Esses minerais são importantes para a saúde dos ossos, função muscular, equilíbrio eletrolítico, transporte de oxigênio no sangue e muitas outras funções corporais. Fibras: O mangarito é uma fonte de fibras dietéticas, que são importantes para a saúde digestiva, controle do açúcar no sangue, redução do colesterol e prevenção de doenças cardíacas. Fitonutrientes: A planta também contém fitonutrientes, como antioxidantes, que ajudam a combater o estresse oxidativo e proteger as células contra danos causados pelos radicais livres. Esses compostos estão associados à redução do risco de doenças crônicas, como câncer e doenças cardíacas.
Habitat: Florestas Tropicais: O mangarito pode ser encontrado em florestas tropicais úmidas, tanto em áreas de floresta primária quanto secundária. Ele pode crescer nas margens de rios, em clareiras e em outras áreas onde há sombra parcial. Manguezais: Em algumas regiões costeiras, o mangarito pode ser encontrado em manguezais, onde as condições são úmidas e salinas. Áreas Alagadas: Esta planta prospera em áreas alagadas, como pântanos, brejos e margens de lagos e lagoas. Sua capacidade de tolerar solos encharcados é uma característica importante do seu habitat natural. Encostas Úmidas: Em algumas regiões montanhosas com clima úmido, o mangarito pode crescer em encostas e áreas inclinadas, desde que haja um suprimento constante de água.
Hábito: Planta Herbácea Perene: O mangarito é uma planta herbácea perene, o que significa que ela tem um ciclo de vida longo e geralmente continua a crescer durante vários anos. Rizomas: O mangarito cresce a partir de rizomas subterrâneos, que são caules modificados que crescem horizontalmente sob a superfície do solo. Esses rizomas armazenam nutrientes e também produzem novos rebentos, permitindo que a planta se propague vegetativamente. Folhas Grandes e Cordiformes: As folhas do mangarito são grandes, cordiformes (com forma de coração) e geralmente têm um longo pecíolo (haste). Elas podem variar em tamanho, mas geralmente são bastante grandes e podem atingir até um metro de comprimento. Flores e Inflorescências: O mangarito produz inflorescências eretas, chamadas espádices, que são compostas por pequenas flores agrupadas em uma estrutura em forma de espiga. As flores podem ser brancas, amarelas ou verdes e são frequentemente rodeadas por uma espata (estrutura semelhante a uma folha) de cor brilhante. Frutos: Após a polinização, o mangarito produz frutos pequenos contendo sementes. Esses frutos podem ser vermelhos, alaranjados ou amarelos, e são frequentemente consumidos por aves e outros animais, ajudando na dispersão das sementes. Adaptação a Condições Úmidas: O mangarito é bem adaptado a ambientes úmidos e alagados, crescendo naturalmente em áreas como pântanos, margens de rios e florestas tropicais úmidas.
Órgão da planta utilizado: No mangarito (Xanthosoma sagittifolium), parte da planta usada comumente para consumo humano é o rizoma, que é uma estrutura subterrânea semelhante a um caule. O rizoma é a parte da planta que armazena nutrientes e energia, e é geralmente a parte colhida para consumo. No entanto, outras partes da planta também podem ser utilizadas, dependendo da cultura culinária e das tradições locais. Por exemplo, as folhas do mangarito também podem ser consumidas e são frequentemente cozidas e preparadas de maneiras semelhantes às folhas de outras plantas comestíveis, como espinafre ou couve.
Formas de usar e preparar a planta como o uso comestível: As folhas da raiz podem ser usadas em saladas, em sopas, caldos, cremes, cozido, assado, frito e salteado.
Receita:
Receita de como fazer um mangarito sauté
Ingredientes: 10 rizomas (300 g a 400 g); Sal; salsa; orégano e cebolinha a gosto; 1 colher de sopa de manteiga
Modo de preparo: Lave bem os rizomas para retirada dos resíduos de terra; Em seguida, cozinhe por 5 a 10 minutos, dependendo do tamanho dos rizomas; deixe escorrer, corte os rizomas em pedaços e frite na manteiga até ficarem dourados; tempere com ervas.
Referências:
https://ainfo.cnptia.embrapa.br/digital/bitstream/item/161005/1/folder-mangarito.pdf
https://veggybanana.wordpress.com/2020/06/12/mangarito/(Imagem)