Nossa companhia, a Cia. Libélulas, nasceu de um desejo em comum, de um momento em que paramos para refletir sobre nosso papel enquanto fazedoras de arte. E desse primeiro encontro veio a ideia de construir um espetáculo infantil sem subestimar a inteligência e a capacidade emocional das crianças. Foi em 2015 que começamos a nos reunir e a preparar o espetáculo O Príncipe Feliz, baseado na obra de Oscar Wilde. Nós éramos em três, e cada artista contribuiu com a peça de um jeito: Agnaldo com o texto e as músicas, Laura com a composição visual, Dani com seus conhecimentos de luz e de movimento. Todas nos ajudamos, trocamos ideias, compartilhamos coisas. Descobrimos, desde aí, que nossa força está no coletivo, pois cada artista traz dentro de si qualidades peculiares, que se combinam e se tornam algo maior em prol de uma obra. Trabalhamos em um ambiente de pesquisa, experimentação e, principalmente, de um fazer artístico múltiplo e coletivo, com o intuito de comunicar às pessoas nossos questionamentos e nossa esperança por um lugar onde se vê o outro com um olhar mais sensível, compreensivo, humano.