Meios diagnósticos

Cuidados e informações essenciais: 

• Para fins de confirmação de diagnóstico, a glicemia de jejum deve ser feita em dois momentos diferentes ou considera-se glicemia de jejum + HbA1c na mesma amostra de sangue;

• O diagnóstico de DM é geralmente estabelecido diante de glicemia de jejum ≥126 mg/dL e HbA1c ≥ 6,5%;

• Para possibilitar o início mais rápido do tratamento, o diagnóstico também pode ser estabelecido diante da presença de sintomas típicos de diabetes e glicemia ao acaso ≥200 mg/dL; 

• A diferenciação entre DM tipo 1 e DM tipo 2 é realizada com base na avaliação clínica, idade cronológica, análise do estilo de vida, histórico familiar e de doenças. A DM1 é mais frequente em crianças e adolescentes, enquanto a DM2 é mais registrada em adultos e idosos, que geralmente apresentam fatores de risco adicionais, como sedentarismo, alimentação inadequada, índice de massa corporal elevado e hipertensão. O tratamento prescrito é diferente para cada pessoa e o tipo de Diabetes diagnosticado.

• Em quadro de hiperglicemia associada a infecções, os exames devem ser repetidos posteriormente, devido à possibilidade de ser uma condição transitória ou mais grave;

• Em caso de dúvida quanto à classificação diagnóstica do DM pode ser solicitada a coleta de sangue para verificação da dosagem de autoanticorpos e do peptídeo C, métodos complementares sensíveis à detecção de Diabetes Mellitus tipo 1.

• A realização de exames de rastreamento de DM2 e pré-diabetes é indicada a partir dos 35 anos ou em idade inferior no caso de presença de pelo menos um fator de risco; 

• A frequência de rastreamento recomendada é de pelo menos uma vez a cada três anos ou em intervalos menores quando há fatores de risco como hipertensão arterial, colesterol alto e sobrepeso/obesidade.

(SBD, 2025)