Quem Somos

Somos um grupo de voluntários, que, sensíveis às situações que estão acontecendo com velejadores por todo o mundo, por conta do Covid-19, nos juntamos para tentar ajudar àqueles que precisam de ajuda.

Situação anterior ao Covid-19:

O Brasil, com sua enorme linha costeira, é passagem, e as vezes destino, de veleiros de cruzeiro, dando a volta ao mundo, ou atravessando da Europa, África, Patagônia ou Caribe. Em tempos normais (sem a crise do Covid-19), nossos portos estão abertos, e a entrada desses veleiros é permitida, admitindo a tripulação por 90 dias, renovável por mais 90, e a embarcação, por até dois anos. Alguns desses veleiros fazem manutenções aqui, gerando oportunidades de receita para a indústria náutica brasileira. Outros, são deixados aqui, e sua tripulação retorna aos seus países de origem, para visitas breves, retornando depois, para dar continuidade nas suas viagens. Muitas dessas travessias com destino ao Brasil, podem durar acima de 20 dias, ou seja, planejamento foi feito antes de se imaginar a inimaginável crise do Covid-19.

Situação atual, com o Covid-19:

Até dia 31 de Março, a situação continuava similar à anterior, mas já com alguma animosidade em alguns locais, com a proibição (ilegal) pela parte de pescadores, residentes e autoridades locais (PM), expulsando alguns desses veleiros para fora das suas áreas.

Em 01/04/2020 foi criada uma Portaria (Portaria Nº 47/2020/Casa Civil/MJSP/MINFRA/MS), que logo foi revisada (MOC 13/2020-CGPI/DIREX (SEI 08205.000617/2020-92), proibindo a permanência dos veleiros estrangeiros sem emergência a bordo, em portos, marinas ou ancoragens, e o desembarque da tripulação em solo brasileiro. (Veja Original Abaixo)

Isso tem promovido ações variadas, seja pelo desconhecimento dessa Portaria, seja pela sua interpretação local, seja pela sensibilidade de autoridades em portos mais frequentados por esses veleiros, seja pelo conhecimento ou relacionamento que alguns veleiros já tem com pessoas ou autoridades locais, ou, mesmo por razões mais, ou menos, humanitárias, onde, alguns barcos tem sido normalmente admitidos, outros tem sido negados entrada ou mesmo permanência em solo ou aguas brasileiras, outros rechaçados com atos de violência.

Vale lembrar que, por regras internacionais estabelecidas entre todos os países, um veleiro entrando em território nacional, tem o direito de permanecer 72 horas para resolver qualquer situação que o impeça de prosseguir viagem, desde problemas de provisionamento (agua, comida, combustível), mecânicos, de saúde, de segurança a bordo, entre outros.

Criação desta Força Tarefa:

O Capitão circunavegador, Silvio Ramos, por ser muito conhecido e membro de algumas das maiores associações de Velejadores do mundo, e representar essas associações no Brasil, e ser um dos editores do site NOONSITE, o mais usado pelos circunavegadores, tem seus dados de contato, disponíveis nesses sites e associações, e é bastante procurado por esses velejadores estrangeiros, começou a receber uma série de contatos desses velejadores, pedindo ajuda para, entrar, ficar, ou sair do Brasil, entre outras ajudas como, provisionamentos, emergências de saúde (extração de dente) a bordo. Como membro do FNP, ele pediu autorização ao Marco Antônio Castelo Branco, Presidente do FNP, para formar essa Força Tarefa para, estudar e entender essas novas situações, e procurar soluções para os veleiros pedindo ajuda.