Samuel Washington

Samuel Washington
(Lattes| Instagram)


Pode nos contar um pouco de como você entrou na vida acadêmica?

A biologia me encantou desde criança, sempre gostei muito de mamíferos especialmente os marinhos, acabei escolhendo fazer minha graduação em ciências biológicas na UFRJ. Pretendia entrar futuramente no Bacharel de Biologia Marinha, porém depois de uma aula no meu segundo período sobre as eras geológicas e as grandes extinções que ocorreram durante parte delas, acabei me interessando sobre o assunto e junto com alguns amigos da faculdade fui no laboratório do professor Fernando Fernandez; que foi responsável pela aula e pedi um estágio, onde eu estou até agora.


Como surgiu o interesse pela Paleocologia?

O meu interesse surgiu durante o estágio, é uma das linhas do laboratório que eu faço parte e que eu acabei me ligando mais, muito por ser uma área onde eu consigo trabalhar com populações diferentes do que se tem atualmente e entender como os processos ecológicos passados afetaram essas populações, meio como um detetive ecológico. Meu interesse maior se teve pelas populações humanas do final do Quaternário e início do Holoceno.


No que você está trabalhando agora?

Meu trabalho atual tem como objetivo entender a colonização da América do Sul pelos seres humanos, quando ocorreu, como ocorreu e por onde ocorreu, como foi a relação dos humanos que chegaram no nosso continente com a fauna presente e a flora, através da análise de dados de sítios arqueológicos e a produção de mapas de localização.


O que você gostaria que todos soubessem?

Gostaria que as pessoas entendessem que somos uma espécie entre inúmeras, influenciamos e somos influenciados pelo mundo ao nosso redor e devemos ter responsabilidade sobre nossas atitudes perante a natureza. Durante toda nossa história tem exemplos de como nossas atitudes afetaram negativamente o nosso ambiente e precisamos urgentemente nos organizar para impedir que novos impactos irremediáveis sejam gerados.


Como seria um dia perfeito para você?

Um dia perfeito na minha vida acadêmica seria um dia em que eu consiga fazer meus mapas sem nenhum bug novo que eu tenha que descobrir como resolver (perrengues normais de pesquisa), que tenha algum seminário do laboratório onde alguém apresente algum artigo interessante e a gente discuta e aprenda junto, ou um dia com alguma atividade de campo (amo essa parte). Um dia perfeito na minha vida pessoal é um dia com os meus amigos logo depois de algum trabalho bem difícil, aquele clima de alívio e nenhuma preocupação é muito bom!