Fabiane Ventura

Fabiane Ventura

(Instagram)


  • Pode nos contar um pouco de como você entrou na vida acadêmica?

Então, eu entrei na Biologia sabendo que eu gostaria de estudar animais. E procurava por estágio desde o primeiro período da faculdade, até que no início do segundo período uma amiga me contou que teria uma entrevista para trabalhar com besouros no Museu Nacional. Fui na entrevista, fui aprovada e pedi demissão do meu emprego que não era da área. Dentro do laboratório comecei a conhecer tudo sobre o mundo da entomologia, as pesquisas, as técnicas, características dos animais, participei de congressos, projetos de extensão, eventos de divulgação científica e aprendi a importância de todo o trabalho dos entomólogos.

  • Como surgiu o interesse por besouros?

Sendo bem sincera, eu só queria estudar algo que gostasse. A faculdade abriu a minha visão de áreas profissionais que eu nunca havia imaginado, mas principalmente aprender a trabalhar fora do campus do Fundão e estar no Museu Nacional motivou ainda mais a minha participação na pesquisa e no laboratório. Quando criança eu brincava com insetos, fazia casinhas para eles, coletava e ficava cuidando, era meu maior hobbie. Quando comecei na área foi uma realização.


  • No que você está trabalhando agora?
    Bom, atualmente o meu projeto é sobre Coleoptera (besouros) associados a Arecaceae no Brasil, onde meu principal objetivo é realizar um levantamento das espécies de Cerambycidae que utilizam Arecaceae como planta hospedeira com a finalidade de avaliar o potencial de extinção de uma família de Coleoptera que se desenvolvem em Arecaceae ameaçadas de extinção no Brasil.


  • O que você gostaria que todos soubessem?
    Gostaria que a sociedade como um todo soubesse que é possível conviver e ter uma relação harmônica com a natureza, que soubessem que não estamos a parte dela e que sim, fazemos parte.


  • Como seria um dia perfeito para você?
    Um dia perfeito para mim seria um dia sem pressa, sem hora marcada pra começar e terminar algo. Estar no meio da natureza, com amigos, vivendo devagar.