Aluska Santos

Aluska Santos

Pode nos contar um pouco de como você entrou na vida acadêmica?
Desde criança sonho ser cientista, e sempre gostei de animais, então quando fui escolher o curso para o vestibular Biologia falou mais alto. Escolhi bacharelado e no primeiro semestre já buscava laboratório para estagiar. No segundo semestre passei na seleção para trabalhar no laboratório de Taxonomia e Sistemática de Insetos e desde então segui para o Mestrado e agora o Doutorado, estou onde sempre sonhei estar.

Como surgiu o interesse por biologia?
Sempre amei animais, todos eles, e os marinhos assim como os felinos me fascinavam. Estagiei em um projeto de Tartarugas Marinhas inicialmente mas no segundo semestre da Graduação, conheci o que seria minha orientadora do TCC, ela era especialista em Insetos, e me apaixonei na primeira aula, os insetos e Coleoptera em especial, são incríveis e conquistaram meu interesse imediatamente.

No que você está trabalhando agora?
Agora no Doutorado estou trabalhando com Feromônios Sexuais em Chrysomelidae (Coleoptera), que nada mais é do que uma comunicação química desenvolvida por vário organismos, incluindo os insetos. Os feromônios sexuais tem papel fundamental na busca por parceiros sexuais e são espécie-específico, tornando-se bastante relevante para o estudo desses organismos. Além disso, estou desenvolvendo trabalho de Revisão Taxonômica no gênero foco da minha tese, Acanthoscelides (Bruchinae, Coleoptera). Duas áreas com bases distintas mas que são complementares uma a outra.

O que você gostaria que todos soubessem?
A vida acadêmica no Brasil não é um caminho fácil a se trilhar, a nossa Pós-Graduação ainda é elitista, falamos muito pouco sobre o racismo, a misogenia, o xenofobismo e homofobia que nossos colegas sofrem diariamente, além de termos pouco espaço para a inclusão de diversidade em algum dos nossos programas. Porém, acredito que a ciência tem ferramentas que pode nos ajudar a alcançar uma sociedade mais justa e igualitária. Acredito piamente que a Educação e a Ciência são para todos.

Como seria um dia perfeito para você?
Um final de tarde, sentindo a luz do pôr do sol no rosto, lendo um bom livro e tomando um café.