Rosana Sobral

Rosana Sobral
(Instagram | Lattes)


Pode nos contar um pouco de como você entrou na vida acadêmica?

Meu contato e interesse pela ciência se iniciou na infância, sendo que a primeira profissão que eu escolhi foi Cientista. Sempre amei os animais, plantas e tudo que compõe a natureza, respeitando-a muito. No 3º ano do Ensino Médio decidi que seguiria na área da ciência e pesquisa, para isso cursei Ciências Biológicas Bacharelado. Entrando na UFS, me dediquei às disciplinas e alguns períodos depois fui tentar estágio na Entomologia, não deu certo, então fiz um curto estágio no Laboratório de Interação Inseto-Planta. Mas meu negócio é peixes, então ingressei no Laboratório de Ictiologia da UFS, onde fiz meu TCC, me graduei, entrei no mestrado e sigo até hoje. Me formei recentemente no Mestrado em Ecologia e Conservação e pretendo seguir na vida acadêmica, realizando doutorado na mesma área.

Como surgiu o interesse pela Ictiologia?

Através da disciplina de Cordados I, em que me encantei com o grupo dos peixes, tão diverso e interessante, além de o professor da disciplina ser muito didático, eu entendia tudo que ele dizia e aprendi muito facilmente a matéria. Então juntei o interesse e a mais nova afinidade com o tema e resolvi ingressar no Laboratório de Ictiologia da UFS.

No que você está trabalhando agora?

Desde 2017 tenho trabalhado com ovos e larvas de peixes – ictioplâncton. Já desenvolvi trabalhos relacionados aos desenvolvimentos embrionário e larval de Brycon orthotaenia, uma espécie de peixe migrador do rio São Francisco. Também participei de desovas induzidas de Megaleporinus obtusidens e Prochilodus argenteus em ambiente de piscicultura. E mais recentemente terminei meu trabalho de mestrado com coletas de ovos e larvas frescos no rio São Francisco, o que foi muito esclarecedor, pois agora a base ecológica do trabalho é mais forte.

O que você gostaria que todos soubessem?

Eu gostaria de dizer a todos que estão na área científica e acadêmica, e principalmente àqueles que pretendem entrar nela, que apesar das dificuldades, desafios e por vezes momentos de tristeza, acreditem no potencial de vocês, não deixem de fazer o que gostam, pois é gratificante trabalhar com o que se ama. Procurem uma boa rede de apoio e sigam em frente! Cada um de nós é necessário na Ciência.

Como seria um dia perfeito para você?

Além de estar com a família ou amigos comendo e bebendo, um dia perfeito para mim também envolve coletas, com meus amigos de laboratório. Entrar em matas, navegar em rios, fazer coletas de arrasto e de ictioplâncton para mim é tudo. Eu amo estar em campo e ter contato com a natureza, me mantém viva. Essa rotina de trabalho, estando em campo e no laboratório, foi do que mais eu senti falta durante a pandemia da COVID-19.