Matheus D'Oran

Matheus D'Oran

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Pode nos contar um pouco de como você entrou na vida acadêmica?

Desde criança, sempre tive uma pequena inclinação para a área biológica, pois me encantava com a grande biodiversidade dos locais que visitava. Entretanto, a escolha definitiva do curso de Ciências Biológicas só ocorreu durante o cursinho, quando me preparava para prestar os vestibulares. As aulas de Biologia foram as que mais me encantaram e acabei decidindo seguir nesta área. Foi então que ingressei no curso de Ciências Biológicas na UNESP de Botucatu, em 2017, onde me encontro até hoje.

Como surgiu o interesse por Entomologia?

Sempre tive um interesse natural por insetos, afinal, seja no meio urbano ou rural, eles estão por toda parte. Porém, meu primeiro contato real com esta área foi em 2018, ainda na graduação, quando comecei o estágio no Departamento de Zoologia da UNESP de Botucatu, trabalhando com Taxonomia de Orthoptera, sob a orientação do professor Francisco de Assis.

No que você está trabalhando agora?

Atualmente, permaneço na graduação trabalhando com a Taxonomia de Orthoptera. Paralelamente, realizo divulgação científica da ordem Blattodea nas minhas redes sociais, tendo criado o projeto Baratas do Brasil – Blattodea (Blattaria), que tem o objetivo de reunir registros de baratas brasileiras e desmistificar a fama ruim destes insetos. Apesar de trabalhar com Orthoptera no meu estágio, Blattodea é de longe o grupo que eu mais gosto, justamente por ser composto por animais tão odiados e injustiçados como as baratas. Acredito que uma divulgação científica acessível possa mudar a visão que as pessoas têm sobre os insetos no geral.

O que você gostaria que todos soubessem?

Gostaria que todos soubessem que apesar de a maioria dos artrópodes não serem fofinhos ou bonitinhos, eles são extremamente importantes para a manutenção e reprodução da vida na Terra, sendo peças-chave de diversos processos essenciais para o ecossistema. Desta forma, devem receber o devido respeito e conservação, assim como as demais formas de vida que habitam nosso planeta.

Como seria um dia perfeito para você?

O dia perfeito para mim seria no meio do mato, coletando artrópodes e observando a biodiversidade, juntamente com alguns bons amigos.