Frances Alves

Frances Alves

(Instagram e Twitter: @frantossintese)


  • Pode nos contar um pouco de como você entrou na vida acadêmica?

Como toda criança curiosa e que teve oportunidades e privilégios para tal, o acesso a pesquisa se deu de forma natural na minha trajetória acadêmica (não tão natural, viva a universidade pública e a lei de cotas), seja em projetos de extensão aos campos e laboratórios da vida. Como dito, desde a infância assistindo desenhos e filmes me imaginava sendo pesquisador/cientista e a vida acadêmica surge como um caminho para alcançar o tão sonhado título e profissão, vivenciar na prática o que seria solucionar problemas e realizar experimentos malucos, que no fim teria uma explicação -- sem romantização para o que o pesquisador brasileiro vivencia todos os dias quando no poder estão negacionistas.



  • Como surgiu o interesse por interações interespecíficas?

Biodiversidade é um tema que sempre chamou atenção, até porque somos parte dessa teia. Como não se preocupar com algo que nos mantêm vivos e em equilíbrio? Achava que era uma resposta simples e fácil, mas não foi bem assim, principalmente, a juventude que se acostumou e acomodou a vivenciar as problemáticas das crise ambiental e climática e daqueles que tentam ecoar suas vozes e não são ouvidas. Estamos vivenciando uma extinção em massa causada por ação humana, reverter a crise e a perda da biodiversidade é urgente. Porém, na minha jornada, a juventude, ainda, não tem voz ou não sabe por onde começar, nossas vozes não são ouvidas, as decisões que impactam nosso presente e futuro não são tomadas por nós, então percebi o inevitável, precisava me empoderar e empoderar mais jovens na temática da biodiversidade.



  • No que você está trabalhando agora?

Atualmente, sou pesquisador de mestrado na área de tecnologia da madeira e atuo em ongs socioambientais, na temática de biodiversidade e empoderamento das juventudes.



  • O que você gostaria que todos soubessem?

Da importâncias das instituições públicas de ensino e pesquisa.



  • Como seria um dia perfeito para você?

Acordar com os galos cantando, comer um cuscuz com ovo, ir pro laboratório e tudo funcionasse como planejado, voltar pra casa sem máscara porque a pandemia já teria sido solucionada e ver notícias nos jornais sobre a importância dos pesquisadores! Em concomitância, articular com as juventudes projetos e campanhas para reverter a crise ambiental e climática, sem precisar perder a sanidade mental!