Fabio Perdigão

Fabio Perdigão
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Pode nos contar um pouco de como você entrou na vida acadêmica?

Desde pequeno sempre me interessei pela área biológica, sendo apaixonado por documentários sobre a biodiversidade. Durante a passagem do meu ensino médio para a faculdade, acabei por ingressar no curso de biofísica da UFRJ. No curso percebi que a biologia, o estudo da zoologia, da ecologia e os campos, eram o que eu realmente sentia vontade de fazer, mesmo sabendo como é a vida de pesquisador no Brasil. Então, depois de cursar um período na biofísica, migrei para Ciências Biológicas, e a partir desse momento eu realmente não me via fazendo outra coisa a não ser biologia.

Como surgiu o interesse por limnologia?

No quarto período, em busca de um laboratório, acabei caindo de paraquedas no Laboratório de Ecologia de Peixes da UFRJ, interessado em um projeto de ecologia trófica de peixes amazônicos. A partir desse estágio, várias oportunidades de estudar o meio aquático surgiram, seja pelo próprio estudo da ecologia de peixes, ou por saídas de campo como monitor de riacho e disciplinas relacionadas à limnologia. Desde então, fui criando um carinho e interesse no ambiente aquático, em entender a dinâmica fluvial, a biogeografia relacionada à esses locais e, principalmente, a biodiversidade aquática, indo desde os macroinvertebrados, passando pelos peixes e chegando até anfíbios.

No que você está trabalhando agora?

Atualmente o meu projeto é voltado para entender a distribuição dos peixes loricarídeos (cascudos) no Rio de Janeiro, através do uso de ferramentas como a modelagem de nicho ecológico. Além disso, trabalho também com a diversidade funcional (DF) das comunidades de peixes da Mata Atlântica, e de certa forma, tento relacionar a modelagem de nicho ecológico com a DF.

O que você gostaria que todos soubessem?

Gostaria que as pessoas entendessem como somos conectados no mundo, não apenas como humanos, mas como forma de vida. Se todos soubessem como a o impacto antrópico gerado em uma espécie pode influenciar negativamente o seu próprio estilo de vida, talvez tivéssemos um cuidado e uma preocupação maior com o meio ambiente.

Como seria um dia perfeito para você?

Uma viagem com os amigos para a natureza, por exemplo, em Ilha Grande. Mas acima de tudo, para ser um dia perfeito, não poderia ter nenhuma preocupação na cabeça, como um trabalho para fazer quando voltasse.