Ederson Oliveira

Ederson Oliveira
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Pode nos contar um pouco de como você entrou na vida acadêmica?

Entrei na graduação em Biologia da UFRJ sem muita certeza do que esperar do curso, ao contrário de vários dos meus colegas. Pensando hoje, com maior distanciamento, percebo que foi um passo muito incerto e sem muito planejamento, mas que acabou dando certo pois me encontrei na área. Durante o curso fui me interessando cada vez mais pela Ciência e ficando cada vez mais animado em permanecer na vida acadêmica, apesar da pouco atrativa situação da área no país. Esse meu interesse posso dizer que veio em parte pela minha aptidão e pelos meus interesses pessoais e em parte pelos profissionais que encontrei pelo caminho, que se mostraram tão apaixonados pelo que faziam e conseguiram me cativar.

Como surgiu o interesse por Entomologia?

Desde que comecei a minha vida acadêmica nunca cogitei trabalhar com grupos que não fossem invertebrados. A enorme diversidade e os tamanhos diminutos sempre me encantaram, talvez por ser um entusiasta da macrofotografia. Durante a graduação trabalhei com fotografia científica e ambiental e, a partir do mestrado, entrei para o Laboratório de Entomologia da UFRJ para estudar os incríveis e bem-sucedidos besouros. Hoje consigo conciliar meus interesses: entomologia, fotografia e divulgação científica.


No que você está trabalhando agora?

Trabalho com besouros da família Curculionidae, conhecidos por gorgulhos ou bicudos. Minha pesquisa de mestrado envolve inventariar esses gorgulhos presentes na Reserva Ecológica de Guapiaçu, em Cachoeiras de Macacu - RJ, e descrever os seus estágios imaturos. Além disso, colaboro em alguns projetos de extensão que são parte fundamental da minha formação enquanto cientista: Guias da Conservação e Clube de Jovens Cientistas do Museu Nacional. E, claro, continuo desenvolvendo atividades relacionadas a fotografia de natureza.


O que você gostaria que todos soubessem?

Que a Ciência não é algo misterioso e inatingível, ela está presente nas nossas vidas em todos os contextos imagináveis e precisamos, enquanto cidadãos, nos empoderar dela. E que viver é muito mais agradável se formos gentis com os outros.


Como seria um dia perfeito para você?

Na praia, na cachoeira, na floresta, tirando fotos de bichos, olhando fotos de bichos, conversando com amigos, tomando um café ou uma cerveja, remando, dando uma corridinha, conhecendo uma cidade nova, coletando besouros, vendo filme, ouvindo podcasts… são tantas possibilidades.