Clarissa Brazil Sousa

Clarissa Brazil Sousa


Pode nos contar um pouco de como você entrou na vida acadêmica?

Eu decidi fazer biologia ainda no ensino médio. Eu entrei no curso de Ciências Biológicas na UFRJ com a certeza de que iria fazer Biologia Marinha. Mas fui me encantando por Ecologia e no final do 3º período entrei no Laboratório de Ecologia de Peixes da UFRJ. Iniciei minha Iniciação Científica trabalhando com alimentação de peixes e efeitos de represamentos na dieta desses organismos. À medida que o tempo foi passando fui me interessando por questões mais amplas e teóricas dentro da Ecologia, até que comecei a estudar a variação que existe entre indivíduos de uma mesma população, fugindo da abordagem tradicional que atual no nível populacional ou superiores.


Como surgiu o interesse por Variação Individual?

Quando eu trabalhava analisando dieta de peixes, eu sempre observava que os indivíduos variavam. Além disso, eu sempre gostei de evolução. Mas apenas no mestrado eu conheci essa temática de estudo. Quando minha orientadora me entregou um artigo sobre variação individual para pensarmos no plano de mestrado, eu me apaixonei. Achei incrível pensar que poderíamos trabalhar sob outro ponto de vista. Afinal, são os indivíduos que formam as populações!


No que você está trabalhando agora?

Eu sou professora de Ciências e Biologia do Colégio Pedro II, o que toma a maior parte do meu tempo. Entretanto, sigo buscando conciliar a parte acadêmica voltada pra Ecologia e estou escrevendo um artigo que busca entender se a posição que um organismo ocupa na teia trófica influencia o grau em que a dieta dos indivíduos de uma população varia.


Como seria um dia perfeito para você?

Um dia de Sol, em que eu pudesse desfrutar de uma floresta, um rio, uma cachoeira, uma praia vazia...