Alan Araujo

Alan Araujo
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Pode nos contar um pouco de como você entrou na vida acadêmica?

Eu comecei na graduação em licenciatura em Ciências Biológicas (UNEB), lá tive contato com a vida acadêmica principalmente com a Iniciação Científica, trabalhei com zooplâncton límnico. A partir daí fiz meu TCC (na área da entomologia) e quis continuar na pesquisa. Por isso adentrei no mestrado (Ecologia, UFRPE) trabalhando com interações entre anfíbios e invertebrados de bromélias e continuei no doutorado (Ecologia e Evolução, UFG).


Como surgiu o interesse pela Ecologia?

surgiu quando eu vi a possibilidade da junção de vários grupos de seres vivos que eu gostava de trabalhar, neste caso invertebrados e anfíbios. Eu já vinha com uma bagagem legal sobre invertebrados (tanto de insetos, quanto de diversos outros grupos pertencentes ao zooplâncton), mas o desejo de trabalhar com anfíbios era alto. Conversando com um professor nesta área, juntamos os grupos e vimos um grande potencial de estudo entre eles: uma interação interespecífica em que os anfíbios transportam invertebrados em sua pele. Chamamos essa relação de foresia.


No que você está trabalhando agora?

No momento estou trabalhando com anfíbios e invertebrados que vivem exclusivamente em bromélias. Eu investigo quais e de que forma os invertebrados utilizam anuros como meio de transporte, além de averiguar se de fato estes invertebrados conseguem se estabelecer na nova mancha. Além disso, estudo a acústica desses anfíbios, com foco na fenologia tanto diária, quanto no período chuvoso.


O que você gostaria que todos soubessem?

Que em pequenos locais, como entre as folhas das bromélias, há intensa interação entre os seres vivos. E que esta interação é importante para a manutenção do ecossistema e, consequentemente, na estabilidade do bem-estar geral, incluindo o nosso.


Como seria um dia perfeito para você?

Um dia com temperatura amena, com árvores floridas na rua soltando seus aromas. Terminando meu trabalho tranquilo e saindo para passear em boa companhia.