Yuri Willkens

Yuri Willkens

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  • Pode nos contar um pouco de como você entrou na vida acadêmica?

Tive o grande privilégio de iniciar a vida acadêmica bem cedo. Logo que comecei a graduação em Ciências Biológicas em 2013, me inscrevi no Programa Jovens Talentos para a Ciência da minha Universidade, um programa que selecionava calouros como bolsistas de iniciação científica para incentivar o início na pesquisa. Fui um dos selecionados e consegui orientação com o Dr. Gleomar Maschio em Herpetologia, área de estudo de anfíbios e répteis. Meu trabalho inicialmente era com serpentes, caracterizando os parasitos de Sucuri (Eunectes murinus), uma espécie Amazônica. Foi este trabalho que abriu as portas da pesquisa para mim.


  • Como surgiu o interesse por herpetologia e parasitologia?

Eu sempre brinco que minha entrada na Herpetologia foi uma "seleção natural". Desde pequeno sempre admirei répteis em geral, então naturalmente procurei estágios nessa área quando entrei na biologia. Mas com a parasitologia foi diferente, era uma área totalmente desconhecida para mim. De certa forma, caí de paraquedas em um mundo novo e me impressionei com o tanto de coisas diferentes que poderia aprender com os parasitos desses animais.


  • No que você está trabalhando agora?

Desde a graduação sigo trabalhando com helmintos (vermes) parasitos de anfíbios e répteis da Amazônia. Meu projeto de doutorado tem foco nos nematódeos, eu busco caracterizar as espécies que ocorrem na fauna silvestre, suas relações de parentesco com espécies de outras localidades e tento reconstruir sua história evolutiva.


  • O que você gostaria que todos soubessem?

Além da pesquisa também faço divulgação científica. Além do meu blog pessoal chamado Caranguejo Samurai, onde falo de biologia em geral, tenho um projeto em parceria com meu amigo Giovanni Palheta chamado Rolê Científico, no qual falamos de várias áreas da ciência e combatemos pseudociências e desinformação.


  • Como seria um dia perfeito para você?

Acho que seria um dia de trabalho produtivo, com aquela sensação boa de resolver alguns dos desafios que temos na pesquisa, tomando uns goles de café enquanto me preparo para os novos questionamentos. Ou então produzindo conteúdo para divulgação científica vê-lo tendo um bom alcance e gerando boas discussões. E no fim do dia, sair com os amigos para comer um belo hambúrguer e tomar uma boa bebida porque ninguém é de ferro.