Romullo Lima

Romullo Lima

(Lattes - Twitter - Research Gate)


  • Pode nos contar um pouco de como você entrou na vida acadêmica?

Desde criança minha família inteira botava na minha cabeça que eu tinha que estudar e fazer uma faculdade. Isso foi enraizando em mim e o principal motivo para eu entrar em uma universidade foi esse. A escolha da biologia se deu pois eu sempre gostei muito de animais, adoro fazer trilhas e estar próximo da natureza.

Já na faculdade, eu andei meio perdido até entrar no Laboratório de Ecologia de Peixes da UFRJ, que só aconteceu lá no quinto período. No lab, surgiu a oportunidade de fazer o mestrado, eu aproveitei a chance e atualmente sou aluno do doutorado.

  • Como surgiu o interesse por Ecologia de Comunidades?

Como mencionei acima, no quinto período ainda estava meio desorientado sobre o que fazer da vida. Estava pensando em sair da faculdade, principalmente por causa da falta de reconhecimento da profissão. Até que nesse período, na disciplina de ecologia animal, o Rafael Leitão deu uma aula sensacional de diversidade funcional e esse conteúdo me encantou, o que já me deu uma injeção de ânimo. Posteriormente, nessa mesma disciplina, fiz a prática de campo da professora Erica Caramaschi. Nela, do laboratório, estavam o Rafa, Vagner e Bruno (aqui do biodiv) e foi o melhor campo que tive na faculdade. Nessa prática me aproximei mais da diversidade funcional e das pessoas do Labeco. Isso me fez entrar no lab e estudar mais a fundo a ecologia de comunidades.

  • No que você está trabalhando agora?

No momento (fora os momentos de crises pândemicas) estou focado na minha tese de doutorado. Nela estou estudando a resposta das comunidades de peixes frente ao desmatamento da mata atlântica nas perspectivas da diversidade taxonômica, funcional e filogenética. Ao mesmo tempo testo o uso de análises relativamente novas e atributos da ecologia dos peixes quase não usados para tentar trazer mais informações sobre a importância dos peixes nos processos ecossistêmicos e a partir disso, acessar qual a implicância do desmatamento nesses processos.

  • O que você gostaria que todos soubessem?

Que a empatia, o amor e a fraternidade deveriam ser muito mais importantes que o dinheiro. Que estamos todos juntos e que ninguém deveria ferir os direitos do outro.

  • Como seria um dia perfeito para você?

Meu dia perfeito já aconteceu algumas vezes, só que de forma picotada. Então vou criar o dia perfeito juntando essas coisas que mais me deram felicidade.

Meia noite eu pegaria o carro com as pessoas mais próximas a mim. Sairíamos do Rio com destino a Caraguatatuba. A playlist rolando durante a viagem teria que ter obrigatoriamente: Disturbed, Stevie Ray Vaughan, The Offspring, Whitesnake e um rap pra fechar.

Por volta das 5 estaríamos chegando em Picinguaba, pararíamos na praia da fazenda para descansar ao e ver o nascer do sol. Descansados, voltaríamos para a estrada e nos encontraríamos com minha família na praia Caçandoca em Ubatuba lá pelas 8h. Jogaria altinha, alugaria caiaque, andaria pelo costão rochoso e comeria um pastelzão de queijo com coca-cola bem gelada.

Umas 12:30 estaríamos em casa, já em Caraguá. O almoço iria ser um churrasco com tudo incluso. As 14h, eu, meus primos e amigos estaríamos na quadra jogando futebol até umas 15:30.

Depois disso, ia para o centro da cidade pediria um milk-shake de Nutella com Ferrero Rocher e de lá pegaríamos um jato imaginário (só para dar tempo de chegar em São Paulo) com destino ao Playcenter, em época de Noites do Terror (parque de diversões que foi fechado, infelizmente, mas que estaria aberto ainda).

O primeiro destino do parque seria a montanha-russa Boomerang, depois eu iria nos outros brinquedos e quando desse 18h a gente estaria entrando nas atrações temáticas das Noites do Terror e correndo dos monstros espalhados pelo parque.

Após o Playcenter iríamos todos comer esfihas no Habibs.