María Silvina Bevilacqua
María Silvina Bevilacqua
Pode nos contar um pouco de como você entrou na vida acadêmica?
Entrei na vida acadêmica logo após me formar no ensino médio. Com 17 anos foi difícil escolher o rumo, sempre soube que iria para a área de ciências naturais, porém as ciências naturais é uma área enorme, e eu escolhi fazer o curso de Bacharel em Biotecnologia. Após dois anos desse curso eu soube que, mesmo sendo um curso que gostava, não era o que eu realmente me via fazendo no futuro, aí decidi trocar de curso para Bacharel em Biologia, e realizei este curso na Argentina, meu país de origem, e logo revalidei meu título aqui no curso de Biologia da UFRJ.
Como surgiu o interesse pelo desenvolvimento de ferramentas para avaliar a integridade biótica de ambientes aquáticos continentais?
O meu interesse nesta área surgiu de um estreito contato com atividades de biomonitoramento em diferentes projetos do laboratório de ecologia aquática da UFRJ. Ao terminar o meu mestrado, onde trabalhei com ecologia de Oligochaeta em riachos tropicais, senti a necessidade de ver a ecologia um pouco mais aplicada para a resolução de problemáticas atuais dos ecossistemas aquáticos continentais. Nessa busca de um novo tema para o meu doutorado surgiu a ideia de trabalhar com o desenvolvimento de índices multimétricos para avalição de integridade biótica de sistemas aquáticos continentais, especificamente riachos da Amazônia.
No que você está trabalhando agora?
Atualmente estou trabalhando sobre o tema do meu doutorado e começando a incursionar em novas linhas de pesquisa em biomonitoramento e desenvolvimento de ferramentas de avaliação de integridade ambiental.
O que você gostaria que todos soubessem?
Gostaria que quem leia os meus posts sobre o meu trabalho saiba que o caminho não foi fácil, mas foi muito bom. Fazer ciência é lindo, é bom, e somos privilegiados em certa forma, já que, pelo menos a mim, a ciência me levou a lugares que nunca pensei que chegaria. Sempre com muito esforço e dedicação, mas sem desespero, as coisas foram acontecendo. Hoje sou feliz com o que faço.
Como seria um dia perfeito para você?
No trabalho? Um dia perfeito seria caminhando no coração da floresta amazônico, tomando um banho em algum dos seus Igarapés de águas clarinhas e comendo uma maçã do lanche de campo. Nas férias? Um dia perfeito seria com minha família toda na Argentina comendo um churrasco feito pelo meu tio, sem dúvida.