Letícia Baldoni

Letícia Baldoni

(Lattes - Instagram - ResearchGate)


  • Pode nos contar um pouco de como você entrou na vida acadêmica?

Desde o terceiro ano da graduação comecei a estagiar no Laboratório de Zooplâncton da FURG, no início fui aprendendo mais sobre o mundo do plâncton e me adaptando ao uso da lupa e microscópio. Depois, como tema do meu TCC, surgiu a ideia de trabalhar com um grupo de gastrópodes marinhos pouco estudados no Brasil e no mundo. O trabalho era tanto que quis dar continuidade no tema durante o mestrado e acabei me apaixonando por dar aula e por fazer pesquisa. Então surgiu a vontade de continuar na área acadêmica, como pesquisadora e, posteriormente (espero) como professora também.

  • Como surgiu o interesse por ecologia do zooplâncton marinho?

O meu interesse surgiu durante as aulas de Planctologia II na graduação. Eu achava esses seres incríveis, tão pequenos, mas tão importantes e cheio de funções, formas, etc. Tudo isso me despertou e eu fui buscar estágio no laboratório, onde estou até hoje.

  • No que você está trabalhando agora?

Agora, digamos que estou realizando um sonho.... Faço doutorado no Programa de Pós-Graduação em Oceanografia Biológica da Universidade Federal do Rio Grande (FURG) e o tema do meu doutorado é a distribuição vertical do zooplâncton e como ele pode contribuir para o acoplamento pelágico-bentônico no Norte da Península Antártica.

  • O que você gostaria que todos soubessem?

Gostaria que todos soubessem que fazer pesquisa no Brasil é muito complicado, faltam recursos, falta respeito e reconhecimento do governo e de grande parte da população, e ainda por cima tudo isso em regime de dedicação exclusiva, ou seja, é um “emprego”, porém sem todos os benefícios e cumprimentos das leis trabalhistas do país. E sem pesquisa, meus caros, não teríamos os grandes avanços de tecnologia, saúde e etc que temos hoje em dia. Por fim, gostaria que todos soubessem que mesmo sendo difícil, eu amo o que faço, respeito e admiro todos os pesquisadores e todas as pesquisadoras desse país.

  • Como seria um dia perfeito para você?

Moro no sul do país e nos meses de inverno os dias podem ser bem cinzas e “chatos”, então um dia perfeito para mim é um dia com sol, eu e meus cachorros na praia, ouvindo uma boa música. Também adoro dias produtivos, onde cumpro tudo o que está na minha listinha hehe