Daniele Gomes

Daniele Gomes

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  • Pode nos contar um pouco de como você entrou na vida acadêmica?

Desde pequena eu sempre gostei de assuntos relacionados a ciência e natureza, da disciplina Ciências e da desenhos com cientistas malucos ou animais. Brigava com meu pai e amiguinhos sempre que via alguém jogando lixo no chão ou maltratando animais. Então desde nova eu sabia que queria seguir alguma carreira relacionada ao meio ambiente. Comecei a cursar ciências biológicas em 2013 e mestrado em ecologia em 2018 e em nenhum momento me arrependi das escolhas que fiz.


  • Como surgiu o interesse por primatologia?

Durante um estágio na graduação surgiu a proposta de trabalhar com parentesco de uma espécie de primata, o macaco-de-cheiro. Eu não sabia nada sobre ele, nem a imagem dele eu tinha na cabeça, mas daí em diante foi só amor. Conheci grandes primatólogos durante minha graduação que me fizeram admirar ainda mais a área. Sai da genética e vim para ecologia durante o mestrado (sempre preferi estar no campo), mas não deixei de trabalhar com os macaquinhos e pretendo continuar com eles.


  • No que você está trabalhando agora?

Estou finalizando o artigo que desenvolvi no mestrado sobre a distribuição de primatas em floresta inundável de várzea, realizado na reserva de desenvolvimento sustentável Mamirauá. As florestas de várzea possuem uma topografia muito variada, resultando em diferentes composições florísticas entre as áreas mais altas, que sofrem menos com a inundação, e áreas mais baixas, que sobrem mais. Então eu estudo como a distribuição dos primatas é afetada pela variação na composição da floresta.


  • O que você gostaria que todos soubessem?

Gostariam que todos conseguissem compreender a beleza a ciência e como ela pode responder a tantas perguntas, sem suposições sem fundamentos ou crendices populares. Além disso, entender que todos temos responsabilidade de cuidar bem no nosso planeta e sofreremos graves consequências se não o fizermos.


  • Como seria um dia perfeito para você?

Um dia perfeito seria poder sair com meus amigos, sem se preocupar com covid ou com o atual governo, irmos pedalando para o campo observar e fotografar vários macaquinhos e aves (minha segunda paixão) e depois tomar um bom banho de igarapé.