Bruno Soares

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  • Pode nos contar um pouco de como você entrou na vida acadêmica?

Eu sempre quis ser pesquisador, então foi uma decisão relativamente simples procurar um laboratório para ter uma experiência de iniciação científica ainda no primeiro ano de graduação. A decisão de que era com animais era óbvia, mas depois disso era mais complicado. Eu gostava mesmo era de qualquer coisa remotamente perigosa: aranhas, tubarões e cobras. Participei de alguns laboratórios diferentes: aranhas, elasmobrânquios (tubarões e arraias), aves e peixes. Por algum motivo, não larguei o de peixes e acabei me afeiçoando a eles.



  • Como surgiu o interesse por ecologia?

Acho que sempre gostei de ecologia. Quando criança, costumava procurar escorpiões e aranhas no sítio dos meus pais. Via documentários sobre a natureza sempre que possível e lia muitos livros sobre animais. E, claro, achava que ia conseguir estudar dinossauros ao ar livre.


  • No que você está trabalhando agora?

Atualmente, estou começando a estudar macroinvertebrados aquáticos depois de muitos anos estudando apenas peixes. Meu projeto mais recente busca registrar e compreender a diversidade funcional de macroinvertebrados em diversos ambientes dulcícolas da região Neotropical. Para isso, estou montando listas de espécies de determinadas áreas e caracterizando os atributos funcionais dessas espécies, incluindo tamanho médio, como se reproduzem e como se alimentam. Depois da caracterização, vou buscar padrões gerais nesses atributos funcionais, como a existência de grupos de atributos que sempre ocorrem juntos (espécies de maior porte necessariamente respiram da mesma forma?) e se grupos taxonômicos sempre apresentam os mesmos atributos (larvas de moscas da família Ceratopogonidae sempre vão ser mais similares do que larvas de moscas de diferentes famílias?).


  • O que você gostaria que todos soubessem?

O caminho para uma sociedade mais justa e igualitária é o mesmo de uma educação de qualidade para todos. É o dever de quem sonha com esse mundo contribuir para uma educação mais democrática.


  • Como seria um dia perfeito para você?

Um dia em um lugar novo e interessante e, o principal, sem ansiedade para terminar alguma coisa. Talvez uma cidade nova, cheia de museus e com restaurantes com comidas pouco convencionais, que eu possa ir conhecendo sem pressa.

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