Beatriz Hörmanseder

Beatriz Hörmanseder

(Twitter)


  • Pode nos contar um pouco de como você entrou na vida acadêmica?

Eu nasci no início da década de 90, então sou uma paleontóloga "geração Jurassic Park". Desde muito nova me interessava por programas de vida selvagem como Discovery Channel e National Geographic. Essa influência me fez perseguir a paixão por animais, sempre apaixonada por répteis, entrei na faculdade no curso de biologia, aspirando me tornar uma herpetóloga e quem sabe uma doutora na minha área, igual os cientistas que eu via quando criança.


  • Como surgiu o interesse por paleontologia?

Foi no segundo período, quando tive aula de Paleontologia com uma professora, que vi que eu também poderia seguir essa carreira. Não é uma profissão de filme, nem masculina e muito menos só de norte americano. Nessa disciplina, o trabalho final consistia em visitar um museu de geociências, acabei visitando o Museu da Geodiversidade da UFRJ. Há um crânio gigantesco de Purussaurus brasiliensis em exposição neste museu. E foi esse fóssil que me fez decidir que eu iria trabalhar com crocodilianos fósseis.


  • No que você está trabalhando agora?
    Tanto na graduação quanto no mestrado eu me interessava por taxonomia e sistemática, porém graças a algumas disciplinas do mestrado, descobri que eu poderia unir minha outra grande paixão, a tecnologia, com a paleontologia. Hoje, trabalho com modelos 3D de crânios de crocodilianos fósseis, reconstruo a musculatura desses organismos pré
    -históricos e consigo calcular como esses animais mordiam e se alimentavam.


  • O que você gostaria que todos soubessem?
    Que é possível sim trabalhar com algo que você ama. Conheça pessoas, faça contatos, trabalhe em equipe!
    Quem sabe você não descobre uma grande paixão?


  • Como seria um dia perfeito para você?
    Um passeio em um Museu que não conheço. Se eu puder visitar a coleção científica esse dia seria ainda mais especial!