Amauri Junglos

Amauri Junglos

(Lattes - Twitter)


  • Pode nos contar um pouco de como você entrou na vida acadêmica?

Desde o Ensino Médio já gostava da biologia e sabia que queria estudar esta área. Entrei na faculdade em 2007, sou formado em Ciências Biológicas (Licenciatura e Bacharelado) pela Universidade Regional de Blumenau (FURB) em Santa Catarina. Em 2010 passei no concurso para Técnico em Pesquisa no Centro Nacional de Primatas em Ananindeua - PA, onde trabalho até hoje. Em 2018 entrei para o mestrado em Ecologia da Universidade Federal do Pará (UFPA), onde defendi minha dissertação em maio de 2020.


  • Como surgiu o interesse pela primatologia?

Em 2008 comecei a fazer estágio no Centro de Pesquisas Biológicas de Indaial - Projeto Bugio, trabalhando com manejo de bugios em cativeiro apreendidos pelo Ibama e Polícia Ambiental por caça, cativeiro ilegal, eletrocussão, atropelamentos, ataque por cães. Após uns meses surgiu a oportunidade de trabalhar numa pesquisa de perfil epidemiológico de bugios em vida livre, onde me apaixonei pelo campo. Após esta pesquisa, trabalhei ainda com censo e iniciei as coletas para o TCC com comportamento destes animais em vida livre. Em 2010 passei para o concurso do Centro Nacional de Primatas e em 2013 saiu minha nomeação, onde saí de Santa Catarina e vim para o Pará, aqui trabalhando com manejo alimentar, sanitário, reprodutivo e bem-estar de primatas em cativeiro, além de auxílio em pesquisas biomédicas e de ecologia e conservação. Em 2008 ingressei para o mestrado em Ecologia da UFPA onde pesquisei sobre as respostas comportamentais de primatas neotropicais ao odor de onça-pintada.


  • No que você está trabalhando agora?

Continuo trabalhando no Centro Nacional de Primatas. Além disto, estou finalizando o artigo da minha dissertação para submeter à uma revista. Recentemente fui convidado para ser co-orientador de um aluno de medicina veterinária que irá trabalhar com ontogenia de comportamento de bugios em cativeiro.


  • O que você gostaria que todos soubessem?

Gostaria que todos tivessem consciência da importância do trabalho do cientista e de quem luta para a conservação da biodiversidade, do quão importante é a conservação dos remanescentes florestais e aquáticos, pois sem estes, estamos fadados a viver em um mundo caótico.


  • Como seria um dia perfeito para você?

No inverno, em uma casa de campo sentado na frente de casa tomando um café, apenas admirando a beleza da natureza.