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Semana da Leitura, 2023

Poesia na Corda - Concurso dirigido à comunidade educativa

No âmbito da comemoração da Semana da Leitura'23, a comunidade do AE Canedo foi convidada a dar asas à sua imaginação, expondo a sua veia poética. 

Nas categorias Criança contabilizaram-se 88 participações; Jovem 11 e Adultos 33. Alunos, professores, assistentes operacionais, encarregados de educação... aderiram ao desafio. 

Os resultados surpreenderam!  

Bem vindos!!

Este espaço é reservado à publicação de textos produzidos por alunos, professores, formandos, formadores, assistentes operacionais, administrativos, encarregados de educação… todas as pessoas que gostam de pegar numa caneta e versar os seus pensamentos. Todas as tipologias de texto são permitidas: quadras, poemas, textos narrativos, páginas de diário… tudo é permitido.

Deixem-se guiar pelo momento, para além do arco-íris… à procura de um mundo sem limites!

Contos de Natal (textos de alunos)

Nas aulas de Português, sob a supervisão da Prof. Fernanda Ribeira, os alunos dos 8º e 9º anos elaboraram textos relacionados com esta quadra natalícia. A qualidade e a criatividade literária destas produções foram tão notáveis que decidimos publicar aqui algum destes textos. Porque a solidariedade, a partilha e a humildade são valores que devem marcar todos os dias do novo ano de 2015! 

 O DESAPARECIMENTO DO MENINO JESUS

Eduarda, 9ºC 

No dia da consoada, o céu fica ainda mais cinzento com o fumo que foge das chaminés. A meio da tarde, quando toda a aldeia cheira a canela e açúcar queimado, as crianças juntam-se no largo da igreja. E esperam, impacientes.

Finalmente, aparece o sacristão com um grande cesto vazio. Os miúdos correm a tirar-lho das costas um pouco curvadas. E, como cabritos, num instante estão empoleirados nos penedos. Com as mãos, retiram das pedras compridos torrões de musgo, tufos de erva, heras muito verdes. Quando o cesto fica a transbordar, levam-no a custo para dentro da igreja. Depois, na sacristia, pegam numa chave muito velha, muito grande, que fica todo o ano pendurada junto da janela. E abrem a porta dum armário antigo. De repente, faz-se um grande silêncio. Com muito cuidado, retiram as velhas figuras de barro e levam-nas para junto do altar-mor.

Pacientemente, montam as ripas, pregam-nas. Colocam caixotes e pedregulhos. E cobrem tudo com musgo, hera e ervas. E eis que tudo se transforma: lá está ela, a gruta de Belém. E os montes, os penedos, os caminhos, as linhas de água… Vagarosos, aparecem os pastores e os rebanhos. Uma vaca com um chifre partido, e um burrico sem uma orelha metem-se dentro da gruta. E ficam muito quietos a bafejar à beira da manjedoura, forrada com palha.

Cansados, chegam José, depois Maria. Finamente, gorducho sem roupa, Jesus deita-se sobre a manjedoura. E, indiferente ao frio, não para de rir. Os miúdos ficam um ror de tempo a olhar para ele, assim tão mal agasalhado!

Por isso, no ano anterior o sacristão apanhara um grande susto. À noitinha dera pela falta de Jesus. Aflito, batera em todas as portas. E toda a aldeia sorrira, quando o encontraram. E onde é que ele estava?

Muito bem aconchegado, de olhos abertos e sempre a rir, deitado na cama da Mariana

O NATAL DO SR. FELISBERTO

Carlos Silva – 9ºD 

Numa aldeia isolada, do norte do país, vivia um velhinho, o senhor Felisberto, cuja família partira para fora do país, há já alguns anos. Não se viam há muito tempo, pois a família só o veio visitar nos primeiros anos. Durante o ano, a saudade era muita, mas aproximando-se a época natalícia, a saudade tornava-se insuportável e as lembranças do passado eram a sua única companhia.

      Só havia um menino que o visitava, pois como era ainda criança, não valorizava o mau feitio que o velhinho tinha, mas sim o olhar meigo com que observava tudo ao seu redor. Depois da escola e nos dias em que não tinha muitos trabalhos de casa, o menino ia a casa do velhinho e, com o seu sorriso traquina, amolecia-o, de tal maneira, que este até brincava com ele ao xadrez e às damas.

      Numa dessas visitas, o velhinho deixou cair uma lágrima, quando imaginou os seus netos e as brincadeiras que com eles poderia fazer. Então, o menino, inocentemente, perguntou:

         – Porque choras, Sr. Felisberto?

         – Eu não estou a chorar! Os velhinhos como eu não têm idade para chorar. – respondeu, esboçando um sorriso.

         – Mas está triste, isso não pode negar! – afirmou o menino, abraçando o velhinho.

      Nesse abraço verdadeiro, o Sr. Felisberto contou ao menino que a lágrima representava toda a saudade e tristeza de não ter o seu filho e os netos, em sua casa, no Natal. Depois, sentou o menino no colo e pediu-lhe que nunca abandonasse a sua família, mesmo quando crescesse e andasse muito ocupado, pois o natal só teria a sua magia se todas as famílias se reunissem, numa grande noite de paz e carinho, onde os presentes eram apenas um pormenor.

     



O menino não dormiu nessa noite e só pensava nas palavras do Sr. Felisberto. Foi então que teve uma ideia. Saltou, rapidamente, da cama e foi ter com a mãe:

         – Mãe, mãe! Preciso da morada do filho do Sr. Felisberto!- pediu, quase sem respirar.

         – Porquê? – perguntou a mãe, ainda ensonada.

         – Amanhã vou escrever-lhe uma carta a pedir que venha passar o Natal cá à terra e explicar-lhe qual o verdadeiro significado desta época, para a família. – respondeu, entusiasmado.

      E assim foi. Logo depois da escola, o menino escreveu a carta e levou-a aos correios, com a ajuda da mãe, que não escondia o orgulho que sentia pelo seu filho.

      O tempo passava e o menino pensava todos os dias na alegria que seria, se o velhinho pudesse passar o Natal em família.

      Até que a véspera chegou e o menino, entristecido, pediu à mãe que o levasse a casa do Sr. Felisberto para lhe dar um abraço. Quando lá chegou, tal foi a surpresa, ao ver que a casa se alegrava com as luzes, a árvore de Natal e, principalmente, com os netos a correr de um lado para o outro.

      Não conteve a alegria e correu a abraçar o velhinho, que num sussurro lhe agradeceu, mas desta vez conseguiu segurar a lágrima, de tanta felicidade que sentia. 

O NATAL DO JOÃO

Rúben Marques, 9ºD 

  Acordei e, num sobressalto, saltei da cama, não sabia se pela ansiedade de abrir os presentes ou pela vontade imensa de ver os meus primos, que já não via há muito tempo.

  Mal cheguei à cozinha, o cheiro da canela deu-me a certeza que sim, tratava-se da véspera de Natal, eu não estava a sonhar. No meio de tanta confusão, a minha mãe pediu-me que a ajudasse:

 - Tiago, podes ajudar-me aqui com os doces?

 – Mãe! Queres que te ajude a fazer os doces ou queres que os prove! – disse eu, já pronto a beliscar os sonhos ainda quentinhos do forno.

  –  Não faças isso! – reclamou a minha irmã a tentar fazer cara de má.

 – Por favor! – pedi, com aquele ar de traquina, que nunca a deixara indiferente.

  – Podes comer, mas só um. Já percebi que na cozinha não serás de grande ajuda. Vai ajudar o pai com os enfeites de Natal! – ordenou, sorrindo.

      Se na cozinha havia confusão, no salão o meu pai entendia-se melhor com os enfeites, o que me tranquilizou, pois rapidamente estava livre para ir jogar à bola com os meninos da instituição, que ficava na minha rua.

      Assim foi. Pedi com aquele meu ar de traquina, que enternece sempre o meu pai, e ele libertou-me para ir brincar. Era véspera de Natal, os enfeites e o cheiro a canela trazem-me todos os anos as memórias de quando era menino e brincava na rua, onde o Natal tinha aquela magia.

      Quando cheguei ao campo, feito por nós de uma forma bem improvisada, não encontrei ninguém. Nenhum dos meus amigos, que adoravam futebol tanto como eu, tinha vindo. Algo se passava: eles não teriam desistido do nosso jogo, sem que tivesse acontecido algo. Fui então à instituição.

      Já ao portão da instituição, hesitei, não sabia se deveria entrar. Poderiam estar ocupados a preparar a ceia de Natal. Dei por mim, a voltar para casa quando uma voz se fez notar:

         – Tiago, queres entrar? O João vai gostar de te ver, ele está doente, mas não pára de falar do jogo que tinham combinado.

      Foi então que percebi que o João, que me acompanhava a meio-campo, não iria faltar a um jogo, se não estivesse doente.

      Decidi entrar e percebi que o Natal numa instituição não tinha o cheiro a canela, nem o brilho das luzes, embora soubesse que tinha o carinho e a ternura da Sr. Rosa, a auxiliar. Ao estar com o João, percebi que ele precisava mais do que eu de presentes.

      Corri para casa, fui ter com os meus pais e pedi-lhes que fossemos levar doces e os meus presentes à instituição.

      Os meus pais não conseguiram esconder o brilho no olhar e logo aceitaram. Com a ajuda dos meus primos, conseguimos arranjar um presente para cada menino.

      Quando bati no portão, a Sr. Rosa e os meninos não esconderam a emoção e esse foi o melhor Natal de todos.

A MAIS BELA HISTÓRIA DE NATAL

Sílvia Tavares, 9º D 

O relógio marcava as doze badaladas. As ferramentas, as vozes dos médicos e a voz de Edward eram tudo o que ouvia. A dor era enorme, Edward devia estar de acordo, devido à força com que apertava a minha mão; estava exausta, o suor misturava-se com as lágrimas, pensava em desistir, até que ouvi um choro.

  – “ Já está, menina Everdeen, bom trabalho!” – felicitou ele, entregando o recém-nascido aos seus colegas, para tratarem dele, dela devo dizer: era uma Emily. Inspirei e expirei vezes sem conta, tentando recuperar o fôlego, Edward beijou a minha testa sussurrando um parabéns.

 – “ Quer segurá-la?” – perguntou a Dr.ª Anne, segundo a placa de identificação. Assenti.

Não podia acreditar: ela era tão linda, o melhor presente de Natal que podia pedir. Emily tinha os olhos ligeiramente abertos e soluçava. Passei a mão pela sua cara, numa tentativa de a acalmar. Edward estava maravilhado, brincava com as mãozinhas dela e sorria que nem um doido.

 – “ Feliz Natal” – exclamaram os médicos em coro, abandonando a sala. A Dr.ª Anne limpava algumas ferramentas, acabando, por fim, por colocar Emily no berço.

Ouvimos umas batidas na porta de entrada. Edward focou o seu olhar, esperando que a figura aparecesse.

– “Merry Chistmas!!” – clamaram todos, começando a cantar uma música natalícia. Não podia acreditar no que estava a assistir: toda a família e amigos se reuniam em torno da cama, pousando prendas ali e acolá. Olhei para Edward surpreendida, aproximei-me dele, o seu nariz roçava no meu, até que por fim…

 – “Eww, não mamã, avança, isso é nojento!” – disse Emily fazendo uma cara engraçada.

– “Um dia não irás dizer “Eww” – troçou Edward, o que me fez dar-lhe uma leve cotovelada.

– “Continua, está a ser a mais bela história de Natal ”- disse ela.

– “Okay ” – concluí sorrindo – “Então… Tinha tudo o que precisava, tudo o que alguma vez podia ter desejado. Estavam todos fascinados contigo. Sabes, quando senti as contrações fiquei aborrecida, pois queria ver pela milésima vez o filme “Sozinho em Casa”. Estávamos todos à lareira, aninhados no sofá a rir às gargalhadas. A cara do teu pai quando me rebentaram as águas foi hilariante.

 – “Cala-te!”- ordenou Edward envergonhado – “Era inexperiente” – riu – “Bem, querida princesa, no dia seguinte, dia 26, tu e a tua mãe regressaram a casa e festejamos o Natal de novo, foi o melhor Natal de sempre” – concluiu ele sorrindo.

 – “E vivemos felizes para sempre” – rematou Emily bocejando, deitando a sua cabeça no meu colo acabando por adormecer.

DIÁRIO DE O PAI NATAL (excerto)

Leonor Lopes e Pedro Moreira – 8ºD 

1 de dezembro de 2004

Outra vez dezembro, o pior mês do ano para um Pai-Natal. Lá vou eu novamente para a minha grande fábrica de brinquedos, aborrecer-me com os duendes. Sendo eu o único Pai-Natal do mundo, o mês de dezembro é de grande fadiga. Depois deste desabafo, lá vou eu fazer mais alguns brinquedos.

 10 de dezembro de 2004

Já se passaram nove dias e já fiz brinquedos para crianças de mais de setenta países. Os duendes da minha fábrica muito gostam de brincar, mas com esta barriga nem os consigo ver e esta cor avermelhada também não ajuda nada. A Mãe-Natal já me disse para perder peso e variar as cores, mas nunca lhe dou ouvidos.

 16 de dezembro de 2004

Já só faltam nove dias para o Natal e ainda só fiz presentes para 130 países: faltam mais 61. Tive uma ideia repentina: como já estou muito velho e cansado, decidi dar a tarefa ao meu filho e atribuir-lhe o título de Filho-Natal. Apenas tem de frequentar umas aulas de condução de trenó.

20 de dezembro de 2004

É o primeiro ano em que estou aqui sentado a beber o meu chocolate quente. Meu Deus, isto é que me vai ajudar na dieta! Enquanto eu estou aqui, longe de qualquer tipo de preocupação, o meu filho está na Montanha da Neve e os duendes estão a ultimar os presentes. Será que devo confiar? Talvez não, mas não vou voltar atrás com a minha decisão.

24 de dezembro de 2004

Amanhã é Natal e o meu filho ainda está a aprender a conduzir, mas, felizmente, as prendas já estão todas prontas. Hoje à noite, enquanto o meu filho se encarrega das prendas, eu fico aqui no quentinho a ver o ”Tonight show”. Vamos ver o que me espera…

 25 de dezembro de 2004

Este natal correu lindamente! Mas foi só para mim! A entrega das prendas foi um desastre porque a maioria das crianças ficou com prendas trocadas e o Filho-Natal sofreu um pequeno desvio. Quem quero eu enganar? Ele quase caiu do trenó. Para o ano vai ter de ser diferente, mas comigo na mesma a ver o “Tonight show”!

Contos de Natal

Durante o mês de Dezembro, decorreu o Concurso “Conto de Natal” em mais uma iniciativa da BE/CRE em colaboração com os professores de Português dos vários Ciclos de Ensino. Apelando à originalidade, criatividade e à correção ortográfica e textual, os alunos foram desafiados para a elaboração de um conto de Natal. Mais uma vez, esta atividade foi muito bem sucedida com muitos participantes. Um bem-haja a todos!

Deixamos aqui um excerto dos contos vencedores para cada Ciclo. Parabéns a todos!

1º Ciclo

Ana Catarina Ferreira Silva, T5, EB1 de Mirante 

A noite de Natal

Era uma vez uma menina chamada Joana.

Essa menina era muito tímida e passava quase o tempo todo a construir casinhas de palha. Às vezes, pensava que as casinhas que construía eram para os amigos pequeninos anões. Ela brincava no seu jardim debaixo de uma árvore cheia de flores e frutos deliciosos.

Joana, um dia, estava encarrapitada no muro quando passa um garoto cheio de trapos velhos vestido… 

2º Ciclo

Catarina Oliveira Silva Gomes Pinto, 6ºE 

Era uma vez um menino chamado Daniel. O pai do Daniel era polícia e a mãe médica. Ele e a sua irmã mais velha, a Mónica, passavam a maior parte do tempo na casa dos avós, o senhor Manuel e a senhora Gracinda, pois os seus pais, o senhor Gustavo e a senhora Madalena, estavam sempre a trabalhar.

O Daniel, desiludido com a situação, dizia tristemente à avó:

– Avó, por que é que a mãe e o pai quase nunca estão em casa?

– Meu querido neto, o teu pai e a tua mãe estão a ajudar os outros. O teu pai está a prender os ladrões que fazem mal às pessoas e a tua mãe está a curar os doentes, e tenho a certeza que se pudessem estariam aqui, contigo e com a tua irmã – respondia a avó.

O Daniel ao ouvir as respostas dos seus avós sentia-se muito melhor, mas o mesmo não se passava com a irmã...

3º Ciclo

Alexandra Poças da Silva, 7ºC 

Era uma vez, há muito tempo, uma princesa chamada Rosa que vivia num reino encantado de Natalícia, com a mãe, a rainha Margarida.

Natalícia era um reino sem igual. Era lá que vivia o Pai Natal, a rainha do gelo e os duendes de Natal.

O Pai Natal e os duendes trabalhavam todo o ano para terem tudo pronto na noite de Natal. E a rainha do gelo fazia nevar na Terra.

Um dia, a rainha adoeceu, e como achava que a filha ainda era muito nova, mandou chamar a sua irmã Anabela para governar.

Quando o povo soube de tal acontecimento, ficou muito preocupado porque só uma rainha de coração puro podia fazer voar o primeiro floco de neve para a Terra, e toda a gente sabia que não se podia confiar em Anabela…

Provérbios dos tempos modernos

No decorrer do primeiro período, sob a orientação da professora de Português, Elsa Afonso os alunos do 7ºD abordaram a temática da Literatura de tradição oral. A este propósito, a professora pediu-lhes que atualizassem determinados provérbios populares. Aqui fica o desafio inverso: saberão os nossos visitantes decifrar estes provérbios vanguardistas e reencontrar as suas versões originais? 

Tostão a tostão, enche a malta a carteira;                                                       • Longe dos olhos, mas perto do Messenger;            

• Em terra de Fiat, quem tem um Audi é rei;                                                       • Quem faz asneiras, colhe castigos;           

• Não deixes para amanhã, o T.P.C marcado hoje;                                             • Diz-me como estudas, dir-te-ei que notas tens;

• Ano a começar, livros a chegar;                                                                         • Quem tem boca, come gomas;             

• Zangam-se os professores, descobrem-se os perturbadores;                      • Dá Deus chuteiras, a quem não sabe jogar;       

• Em tempos de pesquisa, quem tem Net é rei;                                                  • Quem tem muita letra, não pega na marreta;

• Voz da turma, voz da união;                                                                               • Recreio à porta, brincadeira torta;                

• Nem o rato faz o computador, nem o teclado faz o monitor;                       • Dá Deus telemóveis, a quem não tem dedos;          

• Quem semeia amizade, colhe Amigos.