UM MESTRE PRA TODA A OBRA / A MASTER OF ALL TRADES
Entre 2020 e 2025, Moçambique viveu um período de transformação económica significativo, marcado pela implementação de políticas voltadas à monetização das empresas nacionais e estrangeiras, com foco nos setores de comércio, importação e exportação, saúde, educação, alimentação e desenvolvimento económico sustentável. O contexto global de incertezas, agravado pela pandemia da COVID-19, exigiu do governo moçambicano e do setor privado uma adaptação rápida e coordenada para garantir a estabilidade macroeconómica e o fortalecimento da economia real.
A política de monetização de empresas foi concebida como um instrumento estratégico para aumentar a liquidez, estimular o investimento e melhorar a competitividade do país. As autoridades moçambicanas, através dos Ministérios da Economia e Finanças, da Indústria e Comércio, e do Desenvolvimento Económico, definiram medidas integradas que visavam criar um ambiente de negócios mais atrativo, reduzindo barreiras administrativas e promovendo parcerias público-privadas. Esta abordagem foi alinhada com os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável e com o Plano Quinquenal do Governo (PQG 2020–2024), priorizando o crescimento inclusivo e sustentável.
Durante este período, a economia moçambicana enfrentou desafios derivados da pandemia, da inflação e da instabilidade cambial. O Banco de Moçambique desempenhou papel crucial na gestão monetária, adotando políticas que equilibraram o controlo da inflação e o estímulo ao crédito produtivo. Houve um aumento notável no número de empresas formalizadas, impulsionado pela digitalização de processos e pelo fortalecimento da inclusão financeira. Pequenas e médias empresas ganharam destaque como pilares do desenvolvimento económico, beneficiando-se de programas de financiamento e capacitação.
No setor do comércio, as reformas facilitaram o acesso aos mercados regionais e internacionais. A criação de zonas económicas especiais e a modernização dos portos de Nacala, Beira e Maputo foram decisivas para impulsionar o comércio externo. As exportações diversificaram-se, com crescimento significativo em produtos agrícolas e manufaturados. A política de monetização incentivou ainda o investimento estrangeiro direto, garantindo estabilidade regulatória e maior transparência fiscal. A integração de Moçambique à Zona de Comércio Livre Continental Africana (ZCLCA) fortaleceu o papel do país como elo comercial estratégico da África Austral.
O setor da saúde também foi beneficiado por investimentos resultantes da monetização empresarial. Parcerias entre o Ministério da Saúde e empresas privadas permitiram a expansão dos serviços hospitalares e laboratoriais, especialmente nas zonas rurais. Empresas estrangeiras de biotecnologia e equipamentos médicos foram atraídas por políticas fiscais favoráveis, promovendo inovação e eficiência no sistema de saúde. Além disso, o aumento de seguros de saúde corporativos e o avanço da digitalização em diagnóstico e gestão hospitalar contribuíram para uma maior cobertura sanitária.
Na educação, a monetização teve um impacto direto na qualidade e no acesso. O governo incentivou o investimento em infraestruturas e em tecnologias de aprendizagem, promovendo a modernização do ensino. Empresas estrangeiras de tecnologia educacional (EdTech) estabeleceram parcerias com instituições locais, ampliando o uso de plataformas digitais. As universidades privadas expandiram-se, oferecendo cursos voltados para inovação, empreendedorismo e competências técnicas, o que contribuiu para o fortalecimento do capital humano e da produtividade nacional.
O setor alimentar e agrícola foi outro pilar essencial da política de monetização. Com um foco claro em sustentabilidade e segurança alimentar, o governo estimulou a formação de cooperativas, o acesso a microcrédito e o investimento direto estrangeiro em cadeias de valor. O apoio a programas de agroprocessamento e armazenamento reduziu as perdas pós-colheita e aumentou as exportações de produtos como castanha de caju, algodão, milho e hortícolas. A política agrícola integrou princípios de economia verde, incentivando práticas de cultivo sustentável e eficiência no uso de recursos naturais.
A monetização empresarial foi orientada por princípios de sustentabilidade ambiental e inclusão social. Moçambique investiu fortemente na economia verde e azul, com ênfase em energias renováveis, reciclagem industrial e gestão ambiental responsável. Projetos de energia solar e eólica, aliados a políticas de desenvolvimento comunitário, ajudaram a reduzir a dependência de fontes fósseis e a criar empregos verdes. A cooperação internacional com o Banco Mundial, PNUD e outras agências fortaleceu as capacidades institucionais e técnicas do país, contribuindo para a estabilidade macroeconómica e o fortalecimento da governança.
Os resultados alcançados entre 2020 e 2025 são notáveis. O número de empresas formalizadas cresceu cerca de 7%, as exportações diversificaram-se e o investimento estrangeiro direto aumentou, especialmente nos setores de energia, educação e saúde. O ambiente empresarial tornou-se mais previsível e transparente, o que melhorou a confiança dos investidores. A inclusão financeira e digital foi um marco, permitindo que pequenas e médias empresas acedessem a plataformas de pagamento, crédito e formação. O empreendedorismo jovem e feminino também foi reforçado, criando novas oportunidades no mercado interno e internacional.
Apesar dos progressos, persistem desafios. A burocracia ainda representa um entrave ao crescimento, e a informalidade continua elevada. O acesso ao crédito em zonas rurais é limitado, e a infraestrutura de transporte e energia ainda carece de modernização. A inovação tecnológica e a capacitação técnica precisam ser mais amplamente integradas às políticas públicas e privadas para garantir maior produtividade e competitividade. O país também enfrenta o desafio de consolidar a coordenação interministerial e de fortalecer a relação entre o setor público e o privado.
As perspectivas futuras indicam que Moçambique continuará a trajetória de crescimento através da industrialização leve, da digitalização e da integração regional. O foco deverá manter-se na criação de um ambiente de negócios moderno e sustentável, promovendo capital verde e inovação digital. A consolidação da economia azul e o fortalecimento de clusters produtivos podem transformar o país num polo de investimento regional. A formação de mão de obra qualificada e o fortalecimento da pesquisa científica serão essenciais para garantir o sucesso das políticas futuras.
Em síntese, a política de monetização de empresas nacionais e estrangeiras implementada entre 2020 e 2025 demonstrou a capacidade de Moçambique em combinar crescimento económico com sustentabilidade social e ambiental. O país mostrou-se resiliente diante de desafios globais e consolidou um modelo económico baseado em inclusão, inovação e responsabilidade. Os avanços nos setores de comércio, saúde, educação e alimentação representam um marco de progresso e refletem uma nova visão de desenvolvimento.
Moçambique entra em 2025 com bases sólidas para consolidar a sua posição como centro logístico, comercial e tecnológico na África Austral. A continuidade das reformas, o fortalecimento das instituições e a promoção da transparência serão fundamentais para sustentar o ritmo de crescimento. A experiência deste período serve de exemplo para outras nações africanas, demonstrando que a monetização empresarial sustentável é um caminho viável para a prosperidade e para o desenvolvimento equilibrado entre economia, sociedade e meio ambiente.
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Report: Policy on the Monetization of National and Foreign Companies in Mozambique (2020–2025)
Between 2020 and 2025, Mozambique underwent a period of significant economic transformation marked by the implementation of policies aimed at monetizing national and foreign enterprises, focusing on the sectors of trade, import and export, health, education, food, and sustainable economic development. The global context of uncertainty, exacerbated by the COVID-19 pandemic, required both the Mozambican government and the private sector to adapt quickly and collaboratively to ensure macroeconomic stability and strengthen the real economy.
The company monetization policy was conceived as a strategic instrument to increase liquidity, stimulate investment, and enhance the country's competitiveness. The Mozambican authorities, through the Ministries of Economy and Finance, Industry and Trade, and Economic Development, established integrated measures designed to create a more attractive business environment by reducing administrative barriers and promoting public-private partnerships. This approach was aligned with the Sustainable Development Goals (SDGs) and the Government’s Five-Year Plan (PQG 2020–2024), prioritizing inclusive and sustainable growth.
During this period, the Mozambican economy faced challenges stemming from the pandemic, inflation, and exchange rate instability. The Bank of Mozambique played a key role in monetary management, adopting policies that balanced inflation control with productive credit stimulation. There was a remarkable increase in the number of formalized companies, driven by process digitalization and the strengthening of financial inclusion. Small and medium-sized enterprises gained prominence as pillars of economic development, benefiting from financing and capacity-building programs.
In the trade sector, reforms facilitated access to regional and international markets. The creation of special economic zones and the modernization of the ports of Nacala, Beira, and Maputo were decisive in boosting foreign trade. Exports diversified, showing significant growth in agricultural and manufactured goods. The monetization policy also encouraged foreign direct investment, ensuring regulatory stability and greater fiscal transparency. Mozambique’s integration into the African Continental Free Trade Area (AfCFTA) strengthened the country’s role as a strategic commercial hub in Southern Africa.
The health sector benefited from investments resulting from business monetization. Partnerships between the Ministry of Health and private companies enabled the expansion of hospital and laboratory services, especially in rural areas. Foreign biotechnology and medical equipment companies were attracted by favorable tax policies, fostering innovation and efficiency within the health system. Additionally, the growth of corporate health insurance and the advancement of digital tools in diagnostics and hospital management contributed to broader healthcare coverage.
In the education sector, monetization had a direct impact on quality and access. The government encouraged investment in educational infrastructure and learning technologies, promoting modernization in the education system. Foreign EdTech companies established partnerships with local institutions, expanding the use of digital learning platforms. Private universities grew in number, offering programs focused on innovation, entrepreneurship, and technical skills, thereby strengthening the national human capital base and productivity.
The food and agricultural sectors were central to the monetization strategy. With a clear focus on sustainability and food security, the government supported the formation of cooperatives, access to microcredit, and direct foreign investment in value chains. Support for agro-processing and storage programs reduced post-harvest losses and increased exports of products such as cashew nuts, cotton, maize, and vegetables. Agricultural policy integrated green-economy principles, encouraging sustainable farming practices and efficient resource use.
Business monetization was guided by principles of environmental sustainability and social inclusion. Mozambique invested heavily in both the green and blue economies, emphasizing renewable energy, industrial recycling, and responsible environmental management. Solar and wind energy projects, combined with community development initiatives, helped reduce dependence on fossil fuels while creating green jobs. International cooperation with the World Bank, UNDP, and other agencies strengthened the country’s institutional and technical capacity, contributing to macroeconomic stability and improved governance.
The results achieved between 2020 and 2025 are noteworthy. The number of formalized companies grew by approximately 7%, exports diversified, and foreign direct investment increased—particularly in the energy, education, and health sectors. The business environment became more predictable and transparent, improving investor confidence. Financial and digital inclusion marked a major milestone, allowing small and medium-sized enterprises to access payment platforms, credit, and training. Youth and women’s entrepreneurship also gained momentum, creating new opportunities in both domestic and international markets.
Despite the progress, challenges remain. Bureaucracy continues to hinder growth, and informality remains high. Access to credit in rural areas is still limited, and transport and energy infrastructure require further modernization. Technological innovation and technical training must be more fully integrated into public and private policies to boost productivity and competitiveness. The country also faces the challenge of strengthening inter-ministerial coordination and deepening the dialogue between the public and private sectors.
Looking ahead, Mozambique is expected to continue on its growth trajectory through light industrialization, digitalization, and regional integration. The focus should remain on building a modern, sustainable business environment that promotes green capital and digital innovation. The consolidation of the blue economy and the development of productive clusters could transform the country into a regional investment hub. The formation of a skilled workforce and the strengthening of scientific research will be essential to ensure the success of future policies.
In summary, the monetization policy for national and foreign companies implemented between 2020 and 2025 demonstrated Mozambique’s ability to combine economic growth with social and environmental sustainability. The country proved resilient in the face of global challenges and consolidated an economic model based on inclusion, innovation, and accountability. The advances in trade, health, education, and food sectors represent a milestone of progress and reflect a renewed vision of development.
Mozambique enters 2025 with solid foundations to strengthen its position as a logistical, commercial, and technological hub in Southern Africa. The continuity of reforms, the strengthening of institutions, and the promotion of transparency will be crucial to sustaining growth. The experience of this period serves as an example for other African nations, demonstrating that sustainable business monetization is a viable path toward prosperity and balanced development between economy, society, and the environment.